segunda-feira, julho 30

Portugal: O resort que já foi país



Hoje recebi uma notícia de mer... Como se já não bastassem os outros que foram adoptados por outras cidades, um grande amigo meu vai para fora do país ver da vida que este, mesmo com um curso, não lhe garante. E assim in a blink of an eye faz-se a mala, muda-se de casa, cidade, país sem certezas de retorno quase em versão actualizada das idas para o "ultramar" mas dos novos tempos. Do meu grupo são alguns os que por motivos profissionais foram para fora. Vejamos os carimbos "amigos" do passaporte: Itália, Inglaterra, Irlanda, Macau, Dubai, Cabo Verde, França, Espanha. Tenho a sensação que ainda me falta algum... Só vejo algo positivo: somos o suficiente bons para irmos para fora, lá somos reconhecidos. Sejamos do Técnico, da UBI, da UC, de Braga, etc.
Já por outro lado é triste que no nosso país as competências que o mesmo se encarregou de nos fornecer e de disponibilizar não sejam aproveitadas. E ainda diz o zé que nos estamos a qualificar... Estamos a fazer sim uma troca estúpida que qualquer dirigente político, até do Zimbabué, concluiria que trocar pessoal especializado por mão de obra não qualificada é estúpido! A estupidez vem de cima. Não se criam condições e a malta vai embora. A malta quer fazer vida e tem ir para fora. A malta quer estabilidade e para tal tem que pôr pé no avião e a única coisa que cá deixa é saudades e o dinheiro do bilhete de ida, em low cost nem a TAP vê qualquer "cobre".
Conclusão: Portugal está a ficar um resort turístico. Só serve mesmo para passar férias e cada vez se resumirá a isso, com o apadrinhamento governamental - 57 empreendimentos de luxo a serem inaugurados por todos o país, por isso aconselho. Fechem todos os cursos já que o país faz um fraco aproveitamento dos mesmos e abram-se escolas de hotelaria até perder de vista! Vai ser o futuro...

domingo, julho 29

20 valores


Os bons exemplos devem ser sempre reconhecidos e premiados. Ora é nessa perspectiva que escrevo sobre um grupo de alunos de Braga que acabou o secundário com média igual a 20 valores! São 8 de um universo de 75 que conseguiu o feito. Excelente, para eles, para os pais, para os professores, para a escola e para o país se os souber tratar bem. Esta insuperável média assenta nos pilares que advogo para que se banalizem mais estes casos de sucesso. Alunos com interesse, professores capazes, pais interessados e exigentes com os miúdos e uma escola que disponibilize não condições excêntricas mas as necessárias. De referir que este jovens, não prodígios, mas profissionais, interessados, adultos e brilhantes irão ser acompanhados por mais duas dúzias de colegas de escola que alcançaram média suficiente para ingressar em medicina (o cálice sagrado).
Do método inovador deste colégio apenas transpareceu uma situação: Desde o início do ano e pela importância do mesmo, os teste de avaliação (confeccionados pelos professores de todas as disciplinas) realizaram-se aos sábados pela manhã numa conjuntura em tudo igual aos exames nacionais, isto é, duas horas de duração, vinte alunos por sala dispostos por ordem alfabética e... aos sábados pela manhã. E deixo a questão dos sábados após reticências porque, não sendo isto uma descoberta estonteante e que eu estranhe, é sem dúvida uma medida que se orienta no interesse de todos, mas tal só é possível quando as regras são passíveis de serem moldadas consoante as características próprias do meio. As escolas por todo o país devem oferecer condições para que os meninos aprendam, mas as escolas devem ter possibilidade de reformar as suas características de acordo com todos os agentes educativos (meninos, pais, professores) no intuito de procurar a excelência que é isso que deveria ser o objectivo de tudo, algo diferente do que se sente.
A arrogância das medidas de Lisboa, no que se refere à propaganda da aposta na formação dos que abandonaram a escola, tolda as mentes das pessoas e passa a ideia de que a formação é uma realidade. Estas medidas só têm comparação com as passagens administrativas do após 25 de Abril. Não há muita gente que visite este blogue mas se por coincidência algum jornalista passar por aqui os olhos aconselho-o a investigar isso, a saber como decorreram as aulas e como foi feita a avaliação, as regras que o ministério enviou depois e talvez se depare com uma realidade interessante - professores sem saber o que inventar e a oferta de diplomas a analfabetos e pior que tudo, sem que os mesmo mostrem interesse por aprender nada. Evidente que existem excepções mas... E para quê? Para fazer boa figura lá fora nas estatísticas da UNESCO. Adiante...
Excelência sim mas em tudo. Assim sendo espero que, necessitando o país igualmente de outros profissionais, o empenho pela melhor média seja uma realidade nacional mas que não se afunilem os gostos apenas a medicina, porque sem um electricista o Mercedes do médico não anda!

sexta-feira, julho 27

Será, naturalmente, possível?



Numa época em que o desporto parece, e mal, se resumir ao futebol eis que nas últimas semanas surgiu o Tour e o início das tardes, possíveis, transformou-se num divertimento. Longe das repetidas conquistas de um americano extraordinário, o Tour voltou a reorganizar-se, renovou a força, a disputa típica, o espectáculo cativante que o consagrou como uma das provas desportivas reconhecidas mundialmente. Ora isto era há três dias atrás daí para a frente... desgraça. Mais uma vez o doping, confirmado e suspeito, voltou a bater à porta da prova e desta vez como uma maça vinda do inferno! Dois casos confirmados sendo que um deles foi, para mim, particularmente triste. O adepto não merecia mas provavelmente depois de tanto encontro e cabeçadas com o asfalto, não restou mais saída que uma "pica" - mal, este ano até tinha desculpa para a estranha posição classificativa. Quando se perde a honestidade, perde-se quase tudo.


Não refeitos da tristeza, zááásssssss o manto da suspeição cai sobre o homem de amarelo a pontos de que começam a chover assobios e apupos no lugar de palmas, tendo o mesmo sido forçado a desistir. Digo forçado porque ele passou 16 testes anti-doping durante a prova e nada acusou. Ora das duas uma: ou os testes (sendo falíveis) não detectaram nada e aí ele é bode expiatório e deveria permanecer na volta, ou os testes realmente são defeituosos - sendo que neste último caso todos os ciclistas podem estar a beneficiar dessa defeito, ou seja, são todos suspeitos! Algumas coisas são certas: o Tour talvez demore a voltar ao que era; Se existe doping a culpa é da organização que, ano após ano, aumenta a dificuldade da mesma e ao mesmo tempo brincando com o fogo; sobre os ciclístas desce um manto negro que apenas o tempo e a honestidade poderá apagar, para já não falar que até os resultados obtidos pelos Hindurains, Amstrongs, Lemons, Landis, Pantanis, etc poderão ser, por coerência, postos em causa.

Futebolez



"Faaaaalta!"

Quem fala verdade não merece castigo, diz a sabedoria popular. Ora pegando nessa perspectiva e noutra, a profissional que é o mesmo que dizer a do dinheirinho, uma das novas contratações do S.L. Benfica (Di Maria) teve a seguinte reacção à sua contratação: "Sei que o Benfica é um clube enorme e que luta por grandes títulos. Por isso, espero fazer uma grande temporada em Portugal e ir depois para o Chelsea". No mínimo, curioso e implacavelmente sincero.
PS: Camisolas cor-de-rosinha, jogadores "Di Maria" hmmmm... não sei não, que virá a seguir?

"Penalty e expulsão"

E José Couceiro lá recebeu a, tardia e mais que merecida, guia de marcha. Como é óbvio não se coloca aqui em causa a pessoa de José Couceiro, mas sim o José Couceiro de "fato de treino". Mas não abona muito ao primeiro não ter sido capaz de despir as cores das quinas ao segundo afirmando coisas como: "Saímos de cabeça levantada, mas saímos tristes"; "Não foram os resultados que queríamos, mas somos a sexta equipa da Europa em 51 países, não me parece que seja assim tão mau"

Relembro que a selecção portuguesa de Sub-21 falhou o apuramento para os Jogos Olímpicos na Holanda e a equipa nacional de Sub-20 não foi além dos oitavos-de-final, no Canadá e que em oito jogos no conjunto das duas fases finais, Portugal só conseguiu ganhar a Israel e à Nova Zelândia.
Só mais uma: "Os Sub-21 são uma equipa mais madura, mas os Sub-20 não perderam até agora. Vamos ter o verdadeiro exame agora no Mundial." Parece que chumbámos.

Poema . 5



Faz-me o favor...

Faz-me o favor de não dizer absolutamente nada!
Supor o que dirá
Tua boca velada
É ouvir-te já.

É ouvir-te melhor
Do que o dirias.
O que és nao vem à flor
Das caras e dos dias.

Tu és melhor -- muito melhor!
Do que tu. Não digas nada. Sê
Alma do corpo nú
Que do espelho se vê.

Mário Cesariny

Imagem . 1



Sempre que um momento fascinante me encontrar...

By Yun photo

quarta-feira, julho 25

Curtas


Curta . 1 - O solitário, cidadão espanhol detido na Figueira da Foz, ao sair do tribunal foi recebido com apupos pelos populares. Parece-me mal e já agora de onde é que sai sempre tanta gente nestas situações? Figurantes como na apresentação pública governamental do plano tecnológico da educação?

Curta . 2 - Após 150 anos foi condenado o primeiro criminoso da ilha de Norfolk (uma ilha situada nas proximidades da Austrália e a Nova Zelândia). Como na ilha não existem prisões o condenado terá que cumprir a pena numa cadeia australiana.

Curta . 3 - Se dúvidas houvesse sobre as mudanças climáticas basta ver as cheias na Inglaterra e o calor extremo que o resto da Europa sofre. E tudo a uma hora de avião... Uma montanha russa(?) climática.

Curta . 4 - Semáforos, repuxos e WC públicos pagam serviço público de rádio e TV. Os autarcas queixaram-se mas o Governo não quer saber. Palavras para quê...

O pão dos pobres



O preço do pão vai aumentar e isso não é bom. Apesar dos industriais da panificação reclamarem que apenas querem aumentar de modo residual para abaterem os custos dos transportes e da energia, o certo é que o valor do pão está bem acima do mero valor monetário, tem valor social. O pão mede o peso da pobreza duma sociedade ou seja quanto menos recursos uma sociedade tem, mais as famílias recorrem ao pão pelo seu reduzido preço em comparação com a carne, o peixe, o leite, os legumes, a fruta. E se bem que o aumento de 1 cêntimo não é muito para uma pessoa que compre 2/3 pães por dia o mesmo não poderá dizer quem compra 20 pães para uma família inteira. Para já não falar que não é o cêntimo em si é o cêntimo vezes os pães vendidos e isso é muito dinheiro, não retirando neste raciocínio que efectivamente o preço dos combustíveis, como aliás tudo neste país, só tem um sentido - a subida. Diz-se que existe retoma na economia mas não havendo criação de empregos o país continuará na mesma e isso vai-se "ler" no pão, não tarda.

Arquivamento elevado ao infinito


Hoje foi arquivado o processo (de más intenções) disciplinar que pendia sobre Fernando Charrua. O arquivamento teve o cunho da Ministra que tutela a pasta e a Directora Regional de Educação do Norte posteriormente deu fé dizendo "...foi bem tomada." a decisão, entenda-se. Ora, se a decisão de arquivar foi bem tomada parece-me que ela entra em contradição com a sua posição de instigadora do dito cujo - quando não se tem nada de bem para dizer é melhor ficar calado. Mas o caso, qual novela brasileira, promete mais emoção ao retardador (justiça de cá...) já que o "amordaçado", livre das mordaças, promete não dar tréguas. Seguem-se cenas dos próximos capítulos.

No entanto não deixo de notar algo na justiça (sobretudo em processos em que o estado fica mal na foto): existe um exagerado arquivamento processual. O estado sempre que se julga no direito de cobrar, processar ou intimar os cidadãos serve-se de uma enorme velocidade, concluindo esses mesmos actos como se o mundo acabasse amanhã. Já quando os papéis se invertem a demora é o mote e se não se fizer barulho nos meios de comunicação os casos arrastam-se indefinidamente. Não entendo como um estado mau pagador é visto aos olhos da lei como pessoa de bem - "À mulher de César..." Existem dois pesos e duas medidas e no caso do estado, quando a conta é grande, o "taberneiro" tem que assentar mais uma no calote (arquivamento).

Curtas



Até ao dia de ontem... 100 abortos após uma semana de vigência da lei.
Nem sei que diga.

Semper fi


No dia de hoje a PJ deitou a mão ao "most wanted" espanhol que os meios baptizaram de solitário. A alcunha não deixa de ter um rasgo poético não fossem as acções que levaram o às páginas dos jornais. É também de sublinhar que apesar da detenção ter sido feito após uma parceria com a polícia espanhola, a PJ não deixa de sair bem na foto e, no meu entender, bem o merece. Merece-o pelos anos a fío de trabalho consequente e profissional algo que, nos últimos tempos, parecia ter passado despercebido depois dos casos menos conseguidos das meninas desaparecidas no Algarve (a Joana e a Madeleine) e as situações menos claras de desvios de bens em custódia resultantes de operações, por parte de alguns inspectores da referida força. Uma maçã pobre não estragará todo o cesto.

segunda-feira, julho 23


No último ano foram detidos dois participantes do reality show/ experiência sociológica que foi o Big Brother. Portugal, pela mão da TVI, entrou de cabeça nesta novidade no início do milénio com grande pujança, sendo qualquer novidade da "casa mais vigiada do país", notícia de primeira página nesse ou no dia seguinte. Foram feitas quatro edições no entanto o balão foi perdendo gás até esvaziar por completo o conceito. A modificação de vida de alguns dos jovens participantes foi natural mas a sua preparação para tal situação era pouca ou nenhuma. Não foi preciso esperar muito tempo para que os mesmo fizessem notícia por motivos menos coloridos, bem diferentes dos que anos atrás colava as famílias aos ecrãs. O extremo surgiu nos últimos meses aquando da detenção de dois participantes da edição I e II, detenções essas envolvendo suspeitas (confirmadas no 1.º caso com pena de prisão de 7 anos) de participação em crimes violentos. Naquele então falou-se muito nas questões sociológicas que o programa suscitava mas após estas notícias seria interessante ouvir o que os mesmos intervenientes teriam agora para dizer. Em certo modo o filme The Truman Show retrata essa realidade, ainda que muito superficialmente e sempre norteado para o espectador. Quanto à análise dos sociólogos e do fenómeno... provavelmente já não vende no grande ecrã.

sexta-feira, julho 20

Naïf



Diz-se, quase como mito urbano, que as pessoas ser tornam piores com o tempo, com a idade, com o contacto social. Olho-me ao espelho e não me vejo nem bom, nem mau, vejo-me e revejo-me e pronto, pareço igual. Mas uma situação de pouca deferência fez-me mudar ou moldou-me as acções, para pior. Sinto-o, agi em conformidade com outros, não meus, estranhos, sociais e aceites rascunhos de existência que parece quererem chegar, qualquer dia destes, a testamentos comportamentais. Senti e houve quem sentisse também o mesmo e me tivesse relembrado umas palavras que, tempos atrás, tinham um peso enigmático mas que hoje a tinta branca das palavras no monitor, com qualquer chuvinha miuda, seriam arrastadas para bem longe e rápido, até do esquecimento mas deixando-as confirmandas no tempo. Talvez seja raciocínio naïf mas não devia ser assim, não senhor.

Implusões da cepa torta



Mais uma notícia que a ser verdade só mostra estupidez profunda de gabinete.

Na manchete do Correio da Manhã de hoje diz-se que pelo menos 2500 professores... "pertencentes aos quadros de várias escolas do País, que sofrem de doenças consideradas incapacitantes (do foro oncológico e neurológico) e até agora definidas como protegidas, ou seja, que não implicavam a marcação de faltas ao serviço, vão ser colocados, em Setembro, no quadro da mobilidade especial da Função Pública" o que é o mesmo que dizer que, e deixem-me ser agoirento, serão colocados para funções administrativas paredes-meias com o fim do mundo com dezenas quilómetros a fazer todos os dias, sem respeito pela sua condição de saúde o que perjudicará a sua existência. Ou seja no pior dos casos a malta fica doente, leva com tratamentos invasivos, dolorosos e como prémio ganha uma cadeira torta, numa sala bafienta, a dezenas de quilómetros de distância com o único intuito de acelerar a sua morte. Excelente, a panaceia do sistema nacional de saúde e da segurança social! Bravo "mike", aliás zézinho. E quem se opuser vai no prazo de dois anos para a rua mas não desesperem porque dois anos não viverá ele!Parafraseando Wanderley, "extchi paízz di merdaaaaah!!"
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Com o apoio de... desGoverno da República das Bananas.
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Triste, triste será será se o meu lado agoirento se confirmar.

Curta visão



Não faz muito tempo que aqui discorri sobre o problema da natalidade. Por então considerei que a falta da renovação da população era um dos principais óbices para alguns dos problemas que existem em Portugal e sendo este um dos poucos que têm o dom de serem transversais a toda a sociedade. Pois bem chegaram novidades... curtas, no meu entender, e muito pouco realistas. É notícia da edição online do diário Público que o governo, na pessoa de José Sócrates, anunciou durante o debate da nação, um programa de apoio à natalidade e às famílias mais carênciadas. Bom relativamente a essas famílias, não estou contra, no entanto veja-se ou estude-se alguns itens como o comportamento escolar dos filhos, caso tenham, o dinheirinho gasto em bens de consumo não essenciais (telemóveis, tv cabo, etc), a situação de emprego do agregado e depois decida-se. Por aqui me fico. Relativamente à questão da natalidade. Acho que vou ser repetitivo mas... De acordo com Sócrates, destina-se a apoiar as famílias mais numerosas nos segundo e terceiro anos de vida das crianças - "período em que o acréscimo de despesas é mais relevante e onde o actual abono de família é substancialmente mais baixo". Bom resumindo, voltamos às famílias mais carênciadas porque nos dias de hoje só elas é que põe filhos no mundo "à desgarrada". O problema não está só nas famílias numerosas, aliás fiz questão de frisar há uns tempos atrás que as ajudas não têm que ser necessariamente monetárias. Existem outros tipos de carências que os JOVENS CASAIS têm e que não lhe permite a empreitada que é um bambino. Não tem somente a ver com dinheiros, nem com o número de bocas a alimentar, porque nos dias de hoje já é herói quem se decide por uma gravidez. Problemas, e apesar da letra da Lei, no que concerne ao posto de trabalho, problema de infantários (listas de espera de loooooooooongo meses), a inexistência de horários flexíveis, que em alguns casos em que isso seria possível e que faz a diferença para as empresas com boas práticas e muitas outras coisas. E claro os dinheirinhos nalguns casos. O problema, senhores, não se cinge apenas aos "probrezinhos" e aos "muitos" mas sim a todos. Mas cego é aquele que não quer ver ou que tem vista curta.

quinta-feira, julho 19

Poema . 4



Mesa dos sonhos


Ao lado do homem vou crescendo

Defendo-me da morte quando dou
Meu corpo ao seu desejo violento
E lhe devoro o corpo lentamente

Mesa dos sonhos no meu corpo vivem
Todas as formas e começam
Todas as vidas

Ao lado do homem vou crescendo

E defendo-me da morte povoando
de novos sonhos a vida.


Alexandre O'Neill

Moleirinha



Tinha intenção de semanalmente colocar, à semelhança dos poemas, pequenos problemas ou curiosiaddes matemáticas no blogue e apesar da grande adesão ao primeiro (por sinal ainda ninguém resolveu totalmente) a intenção ficou diluída no tempo, no caminho. Pois bem estou de volta com o segundo, espero que mais fácil e tão participativo como o anterior. Divirtam-se e tal como antes, qualquer dúvida dirijam-se... "à caixa central".
A. Divida 110 em duas partes de modo a que obter dois números que se relacionem porque um é 150% do outro. Que dois números serão esses?

B. Descubra quatro números primos consecutivos que somados perfaçam o número 220.

Charada portuguesa


Portugal possui características muito própria, mais próprias que todos os outros da união europeia. Os rendimentos saltam entre extremos, ora muito altos ora muito baixos, sendo que o custo de vida é dos mais elevados por essa razão e porque tudo o resto ajuda. Os veículos e os combustíveis são os mais caros, as habitações na mesma linha, sem um verdadeiro mercado alternativo como poderia ser o do arrendamento, o que leva a que se contraiam endividamentos vitalícios. E depois a questão dos mercados: vendeu-se a ideia nas telecomunicações, combustíveis, medicamentos, electricidade etc que com a liberalização dos mesmos os portugueses iam ter uma vida mais desafogada com a introdução de concorrência finando-se assim monopólios de anos de abusos. Resultado: Tretas. Os combustíveis não deixam de aumentar sempre que um sheik árabe acorda com azia não fazendo o movimento inverso quando o homem está bem disposto; as telecomunicações permanecem monopolizadas num teatro em que os actores se dizem desmonopolizados; nos medicamentos genéricos (é hoje notícia) conseguiu-se a proeza de ter os genéricos mais caros da Europa! (acredito que os haja mais caros que os medicamentos normais); o mercado livre de electricidade apesar de estar consagrado há algum tempo permanece em águas de bacalhau... "burrocracias" ou manobras de proteccionismo parecem afastar potenciais concorrentes do papão EDP. Para não falar no veículos automóveis que apesar da boa fé do governo a mudança de tributação apenas penaliza o de sempre. E outros casos como a água e os bem de primeiro consumo. Surge-me uma questão: O estado diz à boca cheia que tem enormes encargos mas o que seria dele e das suas participadas (EDP, GALP e todos os impostos que cobra) se não existissem os contribuintes? Sim eu sei, o sistema baseia-se numa dinâmica "uma mão lava a outra" mas parece que nós esfregamos mais. Será isto uma charada tipo a "galinha e o ovo"? Não me parece, os ovos de ouro ficam sempre do mesmo lado e a galinha parece condenada a continuar a fazer força. Pensamento positivo amigos: ainda não somos canja! Ou será que...

quarta-feira, julho 18

Tempo



A propósito de uma esplanadinha de ontem... Vou-me debruçar sobre um tema que temos por garantido mas que outrora não era assim. Vou falar do tempo medido, das horas contadas, acertadas ao longo dos tempos. Mas antes disso como se mede o tempo? Com um relógio responderá, é certo mas nem sempre foi assim. O tempo inicialmente foi medido atráves da posição do Sol ou da Lua e através de areia. Nada disto é informação nova mas o que é novo é que existiam discrepância muito grandes entre diferentes locais. O primeiro relógio que deu precisão (até ao segundo) à medição do tempo foi o relógio de pêndulo do Holandês Christiaan Huygens 350 anos após o início da utilização do Sol para esse efeito. No entanto este era susceptível à Temperatura e à humidade o que dava origem a variações na contagem das horas, em Londres seriam 11h35 enquanto que em Glasgow poderiam ser 11h20. Com a revolução industrial, a introdução do comboio e das tabelas horárias, a necessidade da uniformização temporal apertou e no 1.º de Dezembro de 1847 foi estabelecida a primeira zona temporal e o relógio que daria o tempo de referência ou, como é ainda hoje conhecido, GMT - Greenwich Mean Time. E a partir dessa data todos os relógios se basearam no tempo medido em Greenwich. Mas os relógio continuavam a carregar o problema do atraso e da precisão e para certas medições era necessário utilizar relógios muito precisos. Então em 1949 é pela primeira vez utilizado o relógio atómico na medição temporal, construido pelo NIST - National Institute of Standards and Technology, americano claro, já que eram eles que dominavam a tecnologia atómica.
Então e como funciona um relógio atómico? Tal como um pêndulo, os átomos também têm a capacidade de oscilar através do seu movimento vibracional. Descobriu-se que o átomo de Césio tem uma frequência de ressonância de 9,192,631,770 oscilações, passando a ser este o valor que definiria e define o nosso segundo. No entanto, tal como o micro-ondas, também os relógios atómicos se tornaram banais e neste momento existem cerca de sessenta países possuidores deste tipo de relógios, o que origina que cada país tenha a sua hora, por insignificante que seja a diferença. Então, para lá confusão que vão ver, criou-se o UTC - Universal Time, Coordinated - que não é mais do que o fuso horário de referência que resulta da média de cerca de duzentos relógios atómicos existentes em 50 laboratórios espalhados pelo globo. O UTC resulta do TAI - Tempo Atómico Internacional - é a escala de tempo calculada pelo Bureau international des poids et mesures (BIPM) sediado em Sèvres, França. O BIPM zela da uniformidade mundial das medidas e da conformidade com o Sistema Internacional de Unidades (SI) e entre elas está o tempo. Confuso não? Bem não acaba aqui porque esta média demora a fazer seis(!) semanas, ou seja só sabemos o tempo de agora daqui a seis semanas o que não deixa de ser... paradoxal.
Como cereja no topo do bolo existe mais uma nota a reter: Devido ao facto do tempo de rotação da Terra oscilar em relação ao tempo atómico, o UTC sincroniza-se com o dia e a noite o que leva a que se some ou subtraia segundos de salto (leap seconds) quanto necessário, por norma em Julho ou Dezembro. Desde que se utiliza a medida UTC já se fizeram 33 acertos = 33 segundos ganhos. Para escrever este artigo demorei... 22 minutos.

terça-feira, julho 17

Egoísmos



Tenho-me servido deste espaço para uma periódica e necessária catarse. Não o faço numa tentativa, nem quero, de comparar os meus motivos próprios, remanescentes de situações de vida individuais, com os que utilizam este espaço para passar uns minutos. Faço-o por mim primeiro (sim sou egoísta) e só depois me interessam as reacções ao que escrevo. Neste momento estava aqui sossegado quando a sustentável leveza de outros seres me entrou de rompante pela TV agarrando-me pelo braço deixando-me interessado e em standby.
O programa reporta para a problemática para a colheita de orgãos, mais concretamente para o caso da colheita pulmonar. Relata o caso de uma pessoa que aos 27 anos é-lhe diagnosticada uma doença de foro pulmonar. Nesse momento afunila a vida a um máximo de três anos. Ideias base: A colheita de orgãos neste país caminha no caminho errado, passamos de 4.º lugar a nível mundial para 11.º (pulmões apenas 2 no ano anterior quando podia ser perto de uma dúzia); os orgãos existem em Portugal mas a recolha dos mesmos é deficiente ao ponto de serem desaproveitados por questões logistico-burocrática; o pulmão é o "Rei" nas dificuladdes das doações já que tem muitas especificidades (tempo de transplante, mais difícil de transportar, mais sujeito a infecções já que é o orgão vital mais exposto do corpo humano e a qualidade de vida do próprio doador - fumador por exemplo - interfere bastante); para já não falar em questões de compatibilidade pós-operação. Não havendo em Portugal uma resposta adequada (não é crítica porque em nenhum país a resposta é 100% eficaz) sabe-se que é possível fazer melhor e nessa base os portugueses que necessitam de transplante pulmonar deslocam-se à Corunha, na Galiza onde, apesar das configurações serem semelhantes às do lado de cá, a organização parece ser melhor beneficiando o doente, o sistema e o país.
Resumindo e entrando num lugar comum: os nossos problemas são sempre os piores nem que seja porque são os nossos. No meio do meu egoísmo lá vou rompendo uma lança aos egoísmos compreensíveis de todos nós.

segunda-feira, julho 16

Proeza duplamente negativa



Se se tivesse tentado há anos atrás o mais certo era rachar a cabeça no esforço. Hoje em dia foi possível mas apesar da dureza não o deveria ter sido. O nadador de resistência Britânico Lewis Pugh levou a cabo a maior, mais difícil e provavelmente mais idiota façanha da sua vida: Percorreu um quilómetro inteirinho nas águas do Pólo Norte. Escusado será dizer que as mesmas estavam geladas, mas não congeladas. E a origem do acto baseou-se exactamente nisso, hoje em dia é possível dar umas braçadas no Pólo Norte. Este possível não entra na categoria de "hmmm não estou a fazer nada, hoje em vez de andar de bicicleta vou dar um mergulho aos pólos". Voltando... Lewis tomou a iniciativa na tentativa de demostrar que o aquecimento global é algo do presente e não do futuro. Se fosse há dez anos atrás a única coisa em que teria mergulhado seria (mesmo no pico do Verão) numa placa de gelo, hoje no mesmo lugar existe água no estado líquido apesar dos 1,8º abaixo de zero na escala Celsius (devido ao sal que diminui o ponto de fusão da água). O quilómetro foi percorrido com a ajuda de uns míseros calções, óculos e touca de banho em pouco menos de 19 minutos. Ficam aqui as palavras de Lewis no relato do acontecimento - "De imediato toda a minha pele ficou a arder. É o mais assustador e perigoso local para nadar na Terra". No link seguinte fica o video do treino levado a cabo por Lewis.



domingo, julho 15

Os nossos heróis



Um MTO BOM AMIGO (HNG, mano) alertou-me e, com toda a razão do mundo, para dois ATLETAS (e sim os dois caps foram propositados) que dão brilho às nossas cores e fazem com que neste mundo "A Portuguesa" seja um motivo de orgulho para os que estão cá dentro mas também aos que estão lá fora. Exemplos de humildade, força mental e espírito de sacrifício que outrora caracterizava claramente este povo, vencem provas como quem come cerejas! Falo de, e me penitêncio porque vou muito atrasado, de Vanessa Fernandes e Bruno Pais, ambos atletas de triatlo. Falar de Vanessa Fernandes é e será sempre falar pouco. A rapariga, mentalmente, é um aglomerado de virtudes sendo que fisicamente é só fribra. E é muito nova por isso, e para gáudio e orgulho lusitano, vamos ter Vanessa durante muito tempo. Já o Bruno foi segundo na mesma prova na variante masculina, não tem a dimensão mediática da Vanessa Fernandes mas os seus resultados são inequívocos do potencial deste jovem atleta Português que, para além de ser o campeão nacional da modalidade, amealha bons resultados por esse mundo fora. Pena é que esta malta talvez (e faço sobressair o "talvez" porque falo de cor) não tenha o apoio que deveria ter e de que os adversários gozam noutros países com piores resultados. Pode dizer-se que é o "fado português". Fica a notícia da última prova, o link da Federação de Triatlo de Portugal e o dois atletas. Bem hajam

Perpétua . Notícia

Pobreza



Só uma nota ainda a propósito das eleições de Lisboa. Acompanhando alguns directos, e não convém ver muitos porque uma pessoa corre o risco de ficar idiota, foi possível ver a pobreza do partido governante e ganhador (isso o futuro dirá porque vão ter que fazer cambalachos para formarem governo) na noite de hoje que teve que recorrer a autocarros para esvaziar o Portugal profundo numa tentativa de encher a sede de campanha! Pobre muito pobre este PS, este Governo e estes militantes "profundos", profundos na imbecilidade, na demência, na cegueira e eu sei lá! Estupidez gananciosa e tristes argumentos partidários é disto que vivem os partidos neste país. Quem tem cartões às cores, sem ser árbitro, que pegue no carro e vá até ao cabo Espichel pode ser que a brisa atlântica...

Greve até nas urnas


Bom as palavras que agora escrevo não variariam muito se a vontade tivesse sido plantada no meu espírito mais cedo. Abstenção à volta de 60%. Palavras para quê. Os lisboetas preferem olhar para o lado, para o areal repleto de gente, com o sol a sussurar de fininho na moleirinha, com as geleiras compostas e o mar no movimento amor-ódio de vai vem, do que se prestarem ao lodaçal político. E, como no caso do zequinha, não se se ria se chore. Os lisboetas e em geral os portugueses preferem alhear-se da responsabilidade sabendo que qualquer que seja a personagem eleita como principal, o filme será sempre o mesmo. Compadrios, falta às promessas, governação sobre e baseadas em cartilhas partidárias, negociatas com terrenos e pdm's e coisas dessas. E enquanto isso, durante as campanhas, a malta come, bebe, dança à pala dos "pedintes políticos" porque já sabe que para além disso e do autocolante e bandeirinha da ordem pouco ou nada mais vai lucrar com tamanha gente. Por isso e fazendo eco de um livro dum Nobel português, faz-se greve por tanta coisa porque não se faz greve às urnas? Gostava de ver alguém apoiar a abstenção. Gostava que os meus olhinhos vissem uma dia votação zero. Gostava de saber o que se faria, o que será que diz a constituição para estes casos? Fariam-se sacrifícios humanos nos candidatos? É que sacrificados já andam os portugueses aos anos.
E ficam as seguintes informações por esta altura: Ganha António Costa seguido por Carmona, Negrão, Roseta, Rúben e Fernandes. Os resultados espelham algumas coisas: António Costa ganha sem maioria o que pode ser um sinal de castigo ao Governo, mas sendo que ganha o castigo parece mais uma carícia; Carmona em segundo: Depois de tanta controversia o "candidato padecente" sai de cabeça no alto, principalmente em relação do PSD, ao contrário dos votantes se as negociatas causadoras das intercalares se provarem em tribunal; Negrão em terceiro: Porrada no PSD no seu lider e na sua intervenção em Lisboa com o anterior candidato e no seu lider; Roseta: Entrou, fez e faz sua bandeira o pelouro da habitação, a ver vamos se agora o poder dos "ajuntamentos" não a dilui. Os restantes a conversa é a de sempre (da treta) resta uma palavra para o CDS que nem a poder de Portas se safa e o caminho é ir indo pela dos fundos... Cúmulo: os representantes de PS e PSD nem votaram porque não são moradores em Lisboa! Sou eu ou isto parece anedota? E já agora, hoje nas televisões não vai haver mais nada... Irra Portugal é mesmo Lisboa! E eu que moro na paisagem...


PS: O politólogo (realmente na escola não me explicaram que havia destes tachinhos) residente, nestas andanças, da RTP disse que a abstenção é "técnica", isto é, nunca será zero porque entretanto pessoas morreram e tal. Mas que raio de conversa é esta? Da treta? O problema não é que ela seja zero, o problema é que seja 60%! É pá façam lá um desenho ao homem!

Curta



É a seguir a Eusébio o maior futebolista Português de sempre. Uma vezes chamado de "pesetero", arrasta a fama de apenas se mover ao som do bater dos euros. Não considera um regresso ao Sporting por muito grande que seja a vontade dos adeptos. Este é o Luís Figo. E se bem que, em minha opinião, a sua hipotética vinda tivesse grande carga poética, o efectivo retorno poderia resultar num acréscimo aquém do que o clube precisaria e de um gorar da imagem do próprio jogador. Apesar de ainda ter muita bola nos pés, penso eu de que. Mas ao que interessa que isto era suposto ser uma curta. A qualidade vê-se não nas "publicidades" mas nos "anonimatos" e hoje faz capa de um jornal desportivo diário que o Luís pagou uma operação ao seu, por breves tempos, colega Cherbakov um daqueles que não enganava dentro de campo mas que a vida aliciou para uma cadeira de rodas. Muito bom gesto de quem pode e de quem, por vezes ainda mal habituados certamente, pedimos mais. Sempre um Senhor, sim senhor.

sábado, julho 14

Cor-de-rosinha


Muito se comentou sobre a opção tomada com o equipamento alternativo cor-de-rosinha do S. L. e Benfica. Mas desde a reacção do jogador Petit durante a apresentação, a mostrar algum pudor e se bem que ainda a denotar pouca familiaridade com a cor os tiques estavam lá, desde o volume de vendas que segundo dados fazem dele um verdadeiro furo de marketing! Ora bem surgem-me muitas coisas na cabeça: a entrada em força no nicho feminino que agora irá por certo adquirir a nova farpela com melhores olhos, será mais fácil identificar os tais 6 milhões... só que a ideia de pai de família Benfiquista vai cair por terra. Quem irá açoitar no dia da derrota? O bigodinho, o palitinho ficará bem no meio de tamanho "berro cromático"? Só o futuro dirá. Relativamente à cor já muito foi escrito, principalmente pelos gatinhos e como tal deixo deixo aqui esses momentos.


Ou 8 ou 80


E parece ser assim que as selecções da bola e do nosso coração se comportam por esse mundo fora. Fizemos notícia onde desta vez? Passámos o charco e zás o... mau vinho, em vez do bom, despontou no Canadá. Não sei se fiquei mais surpreso e envergonhado ou com vontade de rir no momento em que o Zequinha, avançado da selecção, farto de avançar não avançando e sempre colidindo contra os defesas chilenos, se armou de... desvairio e num movimento furtivo e "à matador" se apoderou da(s) cor(es) do árbitro, do treinador e de todo o Portugal presente nas bancadas e na TV. Houve cereja no topo do bolo? Houve sim o rapaz acho que não se apercebeu da idiotice e da burrada feita e jorrando bába, ranho e raiva foi escoltado fora do campo com um ar de "o que é que eu fiz!? O árbitro é um gatuno! Um banano, hooooooooooomem!"
Este episódio culmina uma(?) mão cheia de atitudes inconcebíveis que passaram pelo gancho do João Pinto ao árbitro, pelo estilhaçar das casas de banho em ClaireFontaine, pelos castigos remanescente da mão de... de Deus? Como a Argentina? Nãaaaaaao! Do Abel Xavier, que Portugal é cristão mas só tem créditos para... adiante. Medidas precisam-se e educação urge para mudar a imagem de rúfias que a "malta das quinas" carrega a par do requintado e admirado Futebol, esse que não esteve presente nem está por perto de... e isso leva-me a - Não tenho nada contra o José Couceiro mas tenho contra a inaptidão e, se há algo que o José Couceiro não é, é treinador e o condutor de homens que a tarefa carece. Tomem-se medidas.

Parabéns



Manuel Carvalho da Silva Doutorou-se não na vida, dessa leva certamente mais que meia dúzia de Doutoramentos e podia ensinar muita coisa a muita gente (ele bem tenta), mas sim academicamente em Sociologia. Grande Sindicalista e, aos meus olhos, provavelmente o maior representante do movimento sindical de que este país já desfrutou e espero continuar a ouvir. Estou a ser injusto bem sei porque este país goza de poder contar, ou já ter contado, com gente com espírito altruísta e de missão que se sacrifíca em prol de uns ideiais, no mínimo, nobres, ideiais esses que ao longo do dia são incoerentemente maltratados. Manuel Carvalho da Silva aglomera no seu ser esse espírito que outros não viram ou vêem reconhecidos e por isso hoje é dia de felicitar-lo a ele bem como aos anónimos "maneis". Manuel Carvalho da Silva entra na vida sindicalista por acaso e não é certamente por acaso que, a par de toda a actividade sindicalista, compaginou a família com uma Licenciatura e finalmente um Doutoramento. Dou valor a isso porque essa realidade viveu perto, numa altura mais difícil, em que tudo (ou quase) era permitido e as armas não eram as mesmas.
O que me dá mais gozo no meio de tudo é que este Manuel sindicalista, nunca se vendendo, perdendo ou diluindo as suas convicções mostrou aos que se gostam de chamar doutores, e que já nascem com esse carimbo ainda antes de o mesmo o serem, que ele também foi capaz e que outros serão (espero). Agora seria possível ver alguns dos "fatos" desta praça lutar, sofrer contra forças maiores, não melhores, por ideiais honestos, justos e leais saindo no final sem mácula com louvor, distinção e aclamado como o Manel saiu? Duvido. E a luta contínua (outras e as mesmas)!


PS: Já agora o PCP teria e muito a ganhar com este senhor à frente. Abram a pestana

quinta-feira, julho 12

Coincidências


É interessante a relação que existe entre as eleições, autárquicas neste caso, e as notícias sobre incumprimentos, negociatas e demais assuntos duvidosos e obscuros com que os políticos desta praça se confrontam de tempos a tempos. E quanto mais perto do "acto-de-fé" mais as notícias se sucedem. Este tipo de tácticas prejudica os visados e é claro e beneficia o resto mas será que é apenas a altruísta vontade de informar que levará os meios de comunicação a colocar estas notícias? Também mas não só "penso eu de que". As redacções são geridas por pessoas que são sujeitas a pressões e dão-se (neste caso mal) a afinidades perversas que assim condicionam a isenção e o que é mais grave, disciplinam o poder informativo e crítico dos leitores/ouvintes/telespectadores. Para já atingiram, com razão ou não a ver vamos, o PSD e o CDS depois do PS ter levado tareia durante uns tempos. Será retaliação? Mudou-se de alvo? Ainda faltam alguns dias, o resto que se cuide. Já agora, e pensando negativo, se há patrocínios quem os dá?

quarta-feira, julho 11

Rebentos



Eu não sou pessimista, hoje são os jornais :) Ontem fiz menção a isso num artigo, hoje os diários usam os meus amigos números e renovam a ideia noutra linguagem, o renovado alerta. Nascem poucos putos! Não me vou alongar, deixo apenas dois links, um da notícia outro do que me parece ser o reverso da medalha. Só uma nota: Pelas contas do INE, as mais péssimista é certo, em 2050 a população portuguesa será de 7,5 milhões de pessoas, ou seja, seremos menos 1/4 dos que somos. Caminhamos para a auto-extinsão?


http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1299105


http://primeirodrt.blogspot.com/2007/07/dia-mundial-da-populao.html

terça-feira, julho 10


Abram-se as nuvens e que o Sol brilhe neste blogue e nestes artigos algo deprimentes. Procurarei trazer, e neste caso juntar dois, videos curiosos. Hoje sobre dois amores - carros e música. Enjoy



segunda-feira, julho 9

Ponto de situação



Por esta altura a tida, em tempos, como geração rasca encontra-se à porta dos trinta anos. Isto devia prefazer com que a mesma se encontrasse empregada(e bem se tivesse obtido pelo menos um canudo) com família de fresco (dependendo dos objectivos individuais) com uma vida a caminho da estabilidade e pronta para abraçar projectos paralelos (empresariais, de investimento na formação, agrícolas, musicais, tecnológicos, turisticos ou projectos de base e importantes para o país regional e nacional - ou então sem projectos que assim também sabe bem). Falo assim (escrevo, aliás) porque era essa a minha intenção, e a de muitos outros com quem troco ideias, por esta altura. Que ponto se pode fazer: Seja com diploma ou não as coisas estão complicadas. Os projectos, mesmos os básicos, de vida estão por concretizar. Professores, engenheiros, advogados, arquitectos e demais estão (quase) igual ao que estavam no final do curso, só que já sem o cariz sonhador do "isto agora é que vai ser!". Parece também evidente que ninguém contava que ia ser fácil mas o investimento iria compensar. Neste momento uma licenciatura já não chega, noutros locais o problema é a idade ou a falta de experiência - "Multinacional contrata engenheiro de... com 5 anos de experiência até 27 anos etc etc", - coisas por vezes impossíveis, no entanto a malta envia, resultado. Ao envio de CV ninguém dá sequer sinal de vida, qualquer coisa do tipo: "Agradeçemos mas...". Nada, nicles, népia, niente, zero, pevas, patavina...
E então a emigração surge de novo no horizonte deste país e de muitos deles (nós) e dos não tão jovens, sendo que, os que emigraram em tempos e regressaram entretanto, começam a mostrar o seu arrependimento da decisão tomada. Sejam diplomados ou não, a procura de novos lugares é uma realidade num país que começa a parecer apenas um entreposto de turismo das gentes do norte da europa e de fantochadas internas. A natalidade ressente-se com tudo o que foi referido e não sendo eu um iluminado, parece-me que aí é que reside o problema. Com esse arrastam-se outros, parecendo este o jogo da corda onde é por demais evidente que a "imobilidade dos jogadores" tem uma causa e não beneficia ninguém. As famílias, quando se formam, acontecem mais tarde. Mesmo com formação superior a segurança de um emprego ou trabalho não se verifica e para lá de pensar em filhos, a minha geração vê por vezes as relações como uma miragem. Não têm tempo. O dinheiro não estica, aliás encolhe ou então o custo de vida é um desrespeito. Cá para mim é tudo junto. Os horários e tudo o resto não coincidem com um projecto a dois quanto mais familiar. E os políticos? São eles que deviam arranjar isto não é? Hmmmmm divertem-se a brincar às europas e às suas regras e agora falam em flexiseguranças e flexibilidades tais que apenas os cartões partidários parecem poder um dia suportar. O descontentamento pela política verifica-se e pelo país por arrasto. Para onde é que raio isto irá parar? Sinceramente dou voltas à cabeça e não consigo chegar a uma conclusão decente. Não deveria Portugal andar para a frente? Sim eu sei que os nossos pais, globalmente, estavam piores que nós com a nossa idade - Já não se até que ponto acredito nisso - É verdade mas nós deviamos estar melhor pelo esforço feito (por nós, pelas famílias). E volto a dizer, protela-se uma política de incentivo à natalidade (e não estou a pensar em apoios monetários) a qual nos coloca cada vez mais rápido no olho do furacão. Resumindo: A democracia veste-se de vermelho, ou seja, acaba por estar a dar os mesmos passos utópicos que o comunismo. Está a tornar-se impraticável, qualquer dia torna-se indamissível. E a seguir a isso? Bem o resto parece ser história.

PS: E pensar que nunca houve uma geração tão literada como esta.

sábado, julho 7

À sombra de casa...


Olhando pela janela o calor sente-se nas cores do campo, dos telhados das casas e no bafo à boleia que a lenta aragem teima em passear.

Liguei a televisão, para dar corda a uma tarde calorosa e deparei-me, com alguma surpresa, com o mundialito de futebol outdoor na SIC. É justo que é perto da praia e que a brisa ajuda ao destempero mas numa época em que a relação com o Sol não deixa muita margem de manobra (eu também não queria estar em casa mas...) e faz notícia em todos os canais parece-me, no mínimo, insensato que ele se tenha que realizar após o almoço. E também não deixa de ser verdade que a malta é jovem, mais resistente mas as bancadas estão cheias de gente até de petizes. E o ser jovem não é sinónimo de indestrutibilidade, os azares podem acontecer. E já agora a brisa apenas faz com que a camada de ar mais quente perto da pele não esteja assim tão quente, os efeitos na pele do Sol persistem (queimaduras e tal). Não acho sensato...

sexta-feira, julho 6

Poema . 3


Amostra sem valor


Eu sei que o meu desespero não interessa a ninguém.
Cada um tem o seu, pessoal e intransmissível:
com ele se entretém
e se julga intangível.

Eu sei que a Humanidade é mais gente do que eu,
sei que o Mundo é maior do que o bairro onde habito,
que o respirar de um só, mesmo que seja o meu,
não pesa num total que tende para infinito.

Eu sei que as dimensões impiedosos da Vida
ignoram todo o homem, dissolvem-no, e, contudo,
nesta insignificância, gratuita e desvalida,
Universo sou eu, com nebulosas e tudo


António Gedeão ~ Rómulo de Carvalho

quinta-feira, julho 5

Números, cartilha e o mau ajuizar


São públicos e têm surgido alguns casos relativos às decisões da Caixa Geral de Aposentações, (CGA) aquando a avaliação da capacidade ou incapacidade do exercer da actividade lectiva por parte de alguns docentes, que tiveram o terrível desfecho que se conhece (link). Isto mostra algumas carências por parte dos governantes que a poder de moralizar um sistema que, valha a verdade, se encontra(va) acomodado nas regalias, se permite nessa moralização, atitudes "quixoquestas", personificadas em disposições adoptadas ao extremo por parte dos que usufruem dum certo poder decisório. Digo poder e não avaliar ou arbitrar ou ajuizar porque os senhores que fazem parte da CGA para realizarem a sua tarefa de acordo com qualquer dos termos últimos teriam que, para além de seguirem a cartilha governamental, conseguir ver para além da "Dura Lex". Isso é ajuizar. A lei mostra as disposições mas não se pode cair em ridículos ou, principalmente, em tragédias. Acontece que nos dias de hoje tudo é números (eu também sou, no que me cabe e para já o 577) e não pessoas. Acontece que nos dias de hoje não se sabe mais do que as ordens (escritas ou não) que vêm de cima (repetir martelado e inconsciente da velha condição administrativa). Acontecerá por vezes que esta combinação não é feliz e essa infelicidade de números e posições, disposições e seriações de alguns é um vazio na vida de muitos outros... números de alguém, também.
Exercer uma profissão de modo digno e profissional requer uma constante reflexão do feito, do que há a fazer e da repercussão das nossas acções. Porque se assim não for resignamo-nos à condição de um qualquer acto de titere ou de titereteiro afastado da realidade sejamos médicos, ou professores, ou varredores, ou pescadores, ou juizes, ou advogados and so on and son on. Dura Lex, seja ela qual for não pode, não deve ser, Sed Lex. Porque assim para que é que precisamos da cabeça?

Não sejam animais...


Começou o Verão e as contas começam a ser feitas sem ter em conta a rapaziada não humana que deambula pela nossa casa com consentimento, vulgo o bobi ou o tareco. E depois à última lá troca o animal o almofadado amor do dono pela dureza do empedrado da calçada. Aninal também se sente por isso durante as férias não entretem pelo caminho mais fácil. Não sejam animais.

De volta "ao viveiro"


Permitam-me divagar sobre o meu clube... O Sporting C.P.

Bom foi ontem que o Sporting iniciou a época. Com os bolsos não tão endividados, mas ainda bastante, graças à venda do Nani e do Custódio. Desertou um e os outros foram para novas paragens depois de surgirem como promessas que não se confirmaram. Reservou-se o direito percentual em futuro negócio e emprestaram-se alguns. Das caras novas, tirando o Derlei, a expectativa (minha pelo menos) é calma mas impaciente! E porquê? Bom por algumas razões: O Sporting, tirando o Vukcevic, contratou sem fazer barulho; os reforços foram escolhidos num plano de coerência, qualidade e necessidade posicional e não a vulso ou tipo "pacotão"; gastou-se pouco dinheiro, mesmo aquele remanescente para lá do valor da cláusula da venda ao MU do Nani; continua-se a fazer a aposta nos jovens e numa 1ª fase em jogadores emprestados evitando-se desta maneira "floops" e desadaptações - isto perfaz a calma. A impaciência surge porque com tanta e boa teoria, já se quer confirmar com a prática. Surge agora a questão do Caneira que ruma ao Valência. Com esta situação cria-se um problema, no meu entender, porque o Caneira é um valente jocker já que faz todas a posições defensivas sem comprometer e arrasta um carácter, um peso e uma mística de grandes palcos difícil de substituir principalmente e por ser internacional Português num clube Português (tem peso no grupo). Assim sendo... a ver vamos. A correcta aposta em jovens perpétua-se e o populismo afugenta-se. Havendo só um vencedor no que toca ao campeonato, já houve dois clubes a prometer esse mesmo desiderato. Ora prefiro o discurso do trabalho, da honestidade e da luta leal em todas as frentes em detrimento da demagogia populista ou a conversa da treta de pré-época. E o treinador licenciou-se e vai mantem-se. Deixo uma palavra (não que eles a leiam) de apreço aos administradores Miguel Ribeiro Teles e José Eduardo Bettencourt, ao Carlos Freitas e ao Presidente por, segundo me parece à distância, ser estar a trilhar um caminho sustentado, realista, atento e profissional. Spooooooooooooooorting!

terça-feira, julho 3

Peugada ecológica



Alguma vez pensaste na quantidade de Natureza necessária para manter o teu estilo de vida? Já imaginaste o impacto no Planeta das opções que tomas, de modo quase inconsciente, no dia-a-dia? Daquilo que consomes, dos desperdícios e dos resíduos que geras? Não!? Nem tudo está perdido! No seguinte link tens um questionário e com ele ficarás a conhecer melhor qual é a tua contribuição para o meio ambiente e qual é o valor do teu impacto. Querendo, responde sem stress e em consciência... não custa nada e é rápido.

Prepotências


Ora antes de mais quero esclarecer algo. Não é qualquer tipo de xenofobismo ou racismo que move este artigo, aliás tenho família de origem africana. O mesmo já não creio poder dizer de que suscita estas situações. Mas vamos ao que interessa.

Há alguns dias foi noticiado que a transportadora aérea de Angola, vulgo TAAG, iria ver a sua licença revogada, no que respeita a voos para o espaço europeu, por razões de segurança. Resultado: De Angola - cancelam-se as licenças da British e ameaça-se, para o caso da TAP e de outras companhias europeias, de que o tratamento será idêntico. Noutro campo e já há algum tempo atrás também o jogador do benfica, Pedro Mantorras, foi apanhado a conduzir com uma carta angolana a qual se encontrava caducada. O menino foi multado e proibido de conduzir devido a que as cartas de condução angolanas não eram reconhecidas em solo Português. Resultado: em retaliação os condutores portugueses foram multados forte e feio no instante seguinte porque não conduziam em angola com cartas angolanas mas sim portuguesas. Esclareço que Portugal vê a sua carta de condução reconhecida internacionalmente, já o mesmo não é possível dizer de angola. O ministro Luís Amado (e o governo) vergou-se e lá tivemos que aceitar as cartas dos meninos que, só deus sabe, como é que estas são obtidas (talvez para os lados do Martin Moniz se saiba...).
Ora esta atitude de retaliação está a tornar-se moda e creio que se está a ir na conversa fiada desta malta quando nós temos a razão do nosso lado. Creio que vai sendo tempo de largarmos uma suposta "dívida colonial" para com estes países sendo que, sempre que eles podem, mostram rancor para com Portugal. Temos estes casos e muitos outros. Por exemplo Moçambique decidiu fazer parte da "Commonwealth". Para quem não sabe é a organização de países autónomos mas dependentes do Reino Unido. Ora isto faz sentido??
Atitudes destas mostram bem, pelo menos no que me toca, que alguns países das ex-colonias se estão bem nas tintas para nós! A não ser quando querem alguma coisa, aí sai o choradinho. Não somos mais ou menos que eles por isso façam-me um favor: Ponham-nos ao fresco de uma vez por todas! Vamos lá fazer negócios, se eles quiserem que venham cá fazer o mesmo e acabou.
E acabo como comecei, porque alguma malta desta só alcança o que quer ou o que lhes interessa. Tenho amigos africanos e inclusive familia. Até eles próprios não se revêem nestas periódicas atitudes.

segunda-feira, julho 2

O super-trabalhador



Num outro assunto é noticiado no Jornal de Notícias que num acto misericordioso do governo, as empresas serão incentivadas a contratarem desempregados com idade superior a 55 anos. Ora aqui surgem-me algumas ideias. 1.º - parece ser uma medida acertada porque com 55 anos as pessoas estão longe de serem incapazes para trabalharem, apesar de isto, em certo casos, não ser completamente verdade. 2.º - Havendo uma tal falta de emprego, esta medida não cria o que tem que criar - empregos - apenas incentiva à contratação de pessoas com mais idade em detrimento de pessoas mais novas e quiça menos experientes é certo mas mais qualificadas. 3.º - Sendo que este tipo de medidas não é inovador existe a possibilidade , e já aconteceu e ainda se verifica, de que as empresas aceitem esses incentivos com uma mão e com a outra deixem cair trabalhadores, seja no instante seguinte seja passado uns tempos. É necessário então algum cuidado e vigilância. 4.º - Existem também incentivos para a contratação de jovens desempregados. São os incentivos semelhantes ou farão com que as empresas, em vez de contratarem por mérito e qualificações apenas o farão em busca do melhor negócio? 5.º e por último - Os incentivos devem ser para a contratação de desempregados mas não uns desempregados quaisquer. Estude-se caso a caso para não se contrarem pessoas que afinal já recebem uns dinheirinhos de outros sítios. Aqui faço especial menção à rapaziada a que dediquei o artigo anterior mas que posso estender a muitos mais. Incentivos sim mas para desempregados efectivos sem outro tipo de recurso financeiro. Hmmmmm... Tanta questão em tão pouco tempo. Será que eles também se lembrarem e acautelaram estas e outras? Não quero ser pessimista...

Mãos no ar...




Sem guardei para mim alguns comentários que o meu sábio pai proferia, alguns deles sobre as empresas públicas. Muitas vezes eles versavam sobre a EDP e PT. E o que prometia cumpriu, isto é, quando surgissem novos fornecedores quer de telecomunicações quer de energia a troca seria imediata. E assim foi com a PT e assim nos espera com o caso da EDP. E à medida que fui crescendo fui dando razão a alguns desses comentários, bastando para tal ver a vida ligeira que alguns funcionários dessas mesmas empresas levavam e levam ainda. E qual o motivo que me leva a escrever hoje? Bom uma coisa são ideias e pseudo-constatações pontuais que se vão fazendo ao longo do tempo, outra é quando um jornal nacional resume tudo em valores. Na edição de hoje do jornal "Público" as desconfianças ou mesmo as certezas de muitos, ganham peso. Aconselho uma leitura mesmo que por alto. Indignem-se Aqui fica o link.



domingo, julho 1


Participo, como a maior parte dos "caminhantes" por esta altura já se terá apercebido, em dois blogues. Este, da minha inteira responsabilidade e onde visto o cidadão mais indignado que o meu ser consegue conter e um outro onde o discurso é mais ligeiro, despreocupado e variado, é tipo o meu "recreio" :)

Assim sendo neste último acabo por cair, por vezes, nos lugares comuns tais como o "dos clubes dos meninos" e conversas com esse espírito. Não só, e convido a lerem, mas também porque sobre isso também interessa ter opinião. A propósito de uma conversa com a Fujiko fui acordado para uma realidade. Quando a conversa versa sobre temas mais circunspectos (politiquices e tal) é raro que obtenha feedback das pessoas que visitam o blogue. Já quando os temas versam despreocupadamente sobre o corpo feminino ou mesmo sexo, o caso muda de figura e os comentários surgem como cogumelos. Conclusões: A malta parece só gostar de coisas que não macem muito e daquelas que tenham um cariz "tabasco". Afinal leva muito a peito aquela frase "Já comeste fruta hoje?" Quando não a há... vão ver dela! É um facto da vida...

Lei do tabaco


A lei do tabaco foi aprovada. Meteram muito medo e afinal roeram a corda voltando para trás com o valor das coimas, com o nível das proibições deixando no ar a ideia de que as regras não serão justas como o deveriam ser. Mais um serviço questionável dos senhores da Assembleia da República, sempre a jogar pelo "seguro", para quem é que não se sabe.

Assim, sim


E vai daí záááássss!!!!


A pivot, Mika Brzezinski, da cadeira MSNBC norte-americana durante o programa "Morning Joe" teve a feliz ideia de não dar corda à desinformação que reina pelas redacções de todo mundo e rasgou, sem dó nem piedade, uma notícia(?) sobre Paris Hilton. Não sei mais nada sobre se a pivot é boa pessoa, tem bom carácter ou se se rege por bons valores. Nem me interessa, fez assim e fez muito bem. Pena é que por outras redações não existam profissionais que embarquem por estas noticias "fantoche". E neste país há tantos!!!!! Fica aqui o link do rasganço :)