sábado, junho 30

Ouçam nem que seja só Luís Pedro Nunes



Os outros também merecem ser ouvidos e muito mas GRANDE, ENORME, IMENSO LUÍS PEDRO NUNES!

sexta-feira, junho 29

Shhhhh...


Para quem não percebeu o que aqui se "esconde". Uma dica :)

Álvaro no país das realidades

E aconteceu aquilo que eu prognosticava. O Álvaro veio à província e foi providenciado de volta para Lisboa com as orelhas, e quase o corpo, a latejar. Era possível esperar diferente? Não, óbvio. Mais cedo ou mais tarde alguém tinha que sair corrido de algum lado. E o Álvaro ainda pensou que as minhas gentes fossem do tipo de encontrar a calmaria se o ministro se chegasse a eles, género lambe-botas, e os confortasse para esta época de infortúnio. Pois... enganou-se. O protesto foi espontâneo? Óbvio que não mas não se engane quem pense que o que aconteceu deveu-se apenas a uma fantochada orquestrada para o jornal da tarde. E agora?
Bem espero que não seja como aquela sabedoria popular que diz: só custa o primeiro - apesar de querer, não acho que seja o caminho a ser feito, o do tarear políticos, ainda que a ideia me seja querida se a tareia for geral para socialistas, sociais democratas e centristas. Espero sim que a mensagem tenha passado e que algo seja feito de diferente para além desta espécie de governação científica onde as medidas não são postas em causa independentemente das incongruências, desigualdades e posições extremadas que as mesmas criam. Parece que tudo o resto é que está mal menos as mesmas. E por aqui também se vê a mais valia deste governo. Tinham a cartilha escrita e seguem a mesma como cegos. Quantas vezes o gps no mandou contra uma parede, para dentro de um campo de milho ou em direcção ao rio? E não fomos pois não? Pois...
Uma palavra para o edil Covilhanense. Cale-se que só neste país, com estes partidos políticos e neste estado de coisas é que uma personagem como você é presidente de qualquer coisa e não é preso. Inepto, desbaratador de recursos públicos. 

Piada física












E certo dia numa aula do nono... isto aconteceu mesmo. E eles ficaram com aquela cara... Damm!

sexta-feira, junho 22

Que seja o 1.º e único tombo helénico


O Ministro das Finanças gregas, recém empossado na empreitada não resistiu e...desmaiou. Deve ter andado fora da... Terra e não deve ter visto, por exemplo, o Financial Times, o El Mundo, o Wall Street Journal ou outro qualquer jornal diário mundial de referência desde há... dois anos? ... Certo é que as notícias dizem que vai ficar em repouso durante alguns dias. Começa pelo melhor, parece-me. Uma coisa parece certa que é: podia não saber onde se estava a meter mas este tombo dá ideia que descobriu... Ânimo.

Visionários, as always :)

 .

Os Monty Python serão sempre os pais, as mães, os avós... da comédia moderna. E parece que tiveram, um certo dia, a visão de um jogo de filosofias entre... a Grécia e a Alemanha :)

Só visto. Espero que a Grécia ganhe hoje, tal como neste...confronto maiêutico.

Tempos dos...


São da lavra europeia muitas das invenções e das criações mais magníficas do mundo mas também são nossos muitos dos piores momentos da raça humana. E esses até os exportámos tornando tudo maior quando as lanças se viram ao lanceiro, explico. Durante séculos desbaratámos todas as regiões do mundo em que pudemos pôr o pé e depois as mãos e agora estamos a colocar-mo-nos a jeito para que estejamos no lugar que ninguém deseja. 
Serve esta loooonga introdução para dizer que Donald Trump, magnata americano com um raio de um penteado que sempre estranhei, de tão rijo que até parece feito de ouro, afirmou que agora é o momento certo para atacar e comprar aos desbarato, por tuta e meia, a Europa a começar pela Espanha. E que a zona euro irá cair, desmembrar-se e que isso não é mau porque cria oportunidades fascinantes para, por exemplo, os magnatas americanos. Gosto de pessoas sinceras, verdade que sim.

quarta-feira, junho 20

Privilégios de andar nestas coisas


Pedi uma coisa aos meus alunos de 11.º ano, dos miúdos mais porreiros a quem tive o prazer de dar aulas e eles, cumpridores como são, têm feito por satisfazer isso mesmo. Todos foram diferentes entre si e sou algo desonesto ao fazer aqui menção de apenas um, já que todos têm mérito próprio. Mas, não identificando quem o escreveu, decidi deixar aqui um deles sem edição, até para reconhecer aos mesmos que são pequenas (já nem tanto) grandes pessoas. Será certamente um privilégio para as pessoas que os tiverem no seu rol de amizades ou família. 
Os Professores são responsáveis pela aprendizagem dos alunos?
Será, porventura, possível argumentar que a aprendizagem é simultaneamente responsabilidade e escolha do aluno, enquanto indivíduo. Nesse sentido, consideremos, por exemplo, a citação que se segue, a qual expõe esta posição: “Considerando que cada indivíduo é responsável pelo seu próprio comportamento, embora não pelas acções de terceiros, os professores devem ser os responsáveis por aquilo que fazem, enquanto professores, mas não por aquilo que os seus alunos fazem, enquanto aprendentes. Os alunos são, por isso, responsáveis pela sua própria aprendizagem.

E mais não disseram, mas já tinham dito muito :)

Um dia sem música não é dia, não é nada



Não é a sua mais conhecida mas será daquelas que eu mais gosto. Sinto ali uns sabores blues...

Digam "banana!"


Contaram-me certa vez que um professor de medicina legal dizia, e espero que ainda diga, que o modo mais santo de morrer é... sim da maneira como estão pensar :) Pois bem hoje dei com esta foto e pensei: olha, estas malucas puseram os actos nas palavras alheias - duas tartarugas apanhadas em cópula pré-histórica. Uma espécie de imagem para adultos de tempos imemoriais. Se falecer, tem que se, então assim não era das piores na certa. Não devia a foto ter uma bolinha vermelha no canto?

Curtas

Vamos numas curtas...

1. Já havia lido sobre mas só hoje me deu para deixar aqui qualquer coisa sobre o tema. A ministra da justiça defende a celeridade dos procedimentos, nomeadamente, com a introdução efectiva aplicação (não sei se este se encontra já consagrado nos nossos volumes legais) do julgamento ou processo sumário. Coloriu esta ideia com a situação hipotética de flagrante delito, por exemplo, numa situação de homicídio. Ora era julgamento sumário e 25 anos de pena. Caso fechado, venha o próximo. Bem...isto nem na teoria faz grande sentido, a não ser segundo a lei de Talião, porque sabemos ou já passámos sobre situações em que asneiramos mas fazêmo-lo porque somos sujeito a algum tipo de pressão que nos leva a agir de modo irreflectido. Ora existem atenuantes e convém que nos procedimentos isso seja tido em conta. Aplique-se a lei e não se cai na retaliação.
Também na questão da transposição para o organograma legal nacional da lei de Megan me parece que não esteja a ser bem pensada. É grave sim a questão da pedofilia mas... as liberdades são colocadas em causa e isso não é compatível com um sistema democrático. O problema da pedofilia prende-se com a questão de se a mesma é uma patologia incontrolável ou não. Aí sim se devia estudar e chegar a algum tipo de conclusão e depois proceder em função de resultados inequívocos. E ainda assim cada caso é um caso. Não é fácil e não se deve aligeirar esta questão. A lei de Megan não me parece ser a solução.

2. Cheguei a "casa" e ouço a bem amada TSF mas...porra, será que é possível que eu esteja a ouvir o aborto da Maria de Lurdes Rodrigues!? Fujo direito para outra frequência. Irra ele há amores que não morrem (perguntem ao Romeu) e ódios que nunca esmorecem, jamais! Detesto esta senhora desde o meu mais intimo e até há quem diga que sou bom rapaz - a minha mãe. Um beijinho para ela.

3. Creio ser informação emanada pelo INE resultante de um inquérito feito às famílias portuguesas. Do inquérito ressaltam imensos dados interessantes mas há um resumo curtinho que dá muito que pensar: famílias gastam mais em hotéis, cafés e restaurantes do que em educação e saúde. Caramba. Já agora ao cuidado do JN. A palavra "hotéis" não tem acentuação no "o" mas sim no "e".

4. E o tribunal de contas continua a escarafunchar sobre as obras da Parque Escolar e não é que se continuam a encontrar violações graves? Pois... custos excessivos e para além do previsto, equipamentos dignos de hotéis de cinco estrelas (e eu que só queria algo parecido com um laboratório dos anos setenta aqui...) entre muitas outras "desconformidades" constatadas. E as senhoras ex-ministras responsáveis não deviam ser chamadas "à pedra"? Para mim podiam usar a lei de talião nelas. Até acho que era pouco...

5. Para finalizar... deixei há pouco tempo aqui a minha visão sobre como o homem é um bicho que aprende pouco e, como esta época recessiva, se aproxima perigosamente de outros tempos que deixam os europeus certamente envergonhados. Deixo o comentário de Ewald Nowotny, membro do conselho de governadores do BCE, que versa assim: "A concentração exclusiva na austeridade (nos anos 1920 e 1930) conduziu a um desemprego em massa, a um colapso dos sistemas democráticos e, no final, à catástrofe do nazismo." O Homem é certamente o único animal que consegue tropeçar na mesma pedra mais do que uma vez.   

terça-feira, junho 19

O alvo


Não sentem o cheiro? Não? O magistrado supremo da nação promulgou as alterações ao código do trabalho. Levante a não aquele que não conhece um patrão que já afia as garras, através dos seus advogados, para fazer a folha e uns quantos milhares de trabalhadores. Já cheira a sangue.
O magistrado supremo da nação também precisava de um magistral encontro com a inevitabilidade das mesmas injustiças que cria e que estas lhe causassem um supremo falecimento com o mesmo sofrimento que o peso de todas as suas tomadas de posição até hoje. És mesmo mau. Que vergonha me causas.  

Falta de equidade

Uma curta ainda no ramal educativo. Não quero perder demasiado tempo nisto porque eu faço a minha vida por outros valores e lavoures e para coisas destas só tenha más palavras que a minha mãe não aprecia que eu diga e porrada de criar bicho, juro que lhe partia os dentes.
Vão haver exames para professores, pude ler ontem nos jornais. Tenho os seguintes comentários a fazer. Como aluno fui eu que inaugurei provas globais, exames nacionais e fui ainda avaliado num exame à saída da quarta classe. Fala portanto quem, como aluno, só falhou o exame da próstata e tracto rectal, ainda que este último pareça que ande a ser feito ao longo do caminho... Sou da geração que saltou de provas em provas como uma borboleta se move de nenúfar em nenúfar.
Depois já dentro da universidade passei por duas remodelações curriculares uma das quais me obrigou a fazer treze cadeiras para não perder literalmente cadeiras que já havia feito e que iam perder equivalência com a remodelação em causa.
Terceiro: ando nestas andanças vai para dez anos e nunca tive a sorte de ver o meu rendimento aumentado quer seja uma besta ou bestial e a ideia de equidade e de justiça neste sistema tem feito tanto caminho em mim como a de uma galinha na Etiópia. 
Por último, querem fazer exames? Façam-nos então mas se é para mim é para todos. Faça o exame quem tem um ano como professor, quem tem dez e quem tem trinta e que depois cada um seja responsável pelo seu futuro. Haver livre passes como no monopólio é que não. Não é justo, é mesquinho e revela uma tremenda falta de equidade, espero até constitucional. Não sou nem nunca serei nem menos nem mais do que o resto dos outros professores, nem sequer da merda do ministro. E já agora, que essa besta faça o exame também ou será que se serve da posição como o bastonário da ordem dos advogados para cair da verborreia de "faz o que eu digo, não faço o que tu fazes". Se um dia te vir na rua podes ter a certeza que vamos ter uma conversa, palhaço.

Enxames de exames

Ser ministro não será tarefa fácil, tenho-o por certo nem que seja apenas pela responsabilidade que se assume carregar. Creio que seja um serviço muito gratificante nomeadamente quando os resultados são alcançados e estes sobrevivem ao passar do tempo de mão dada com o reconhecimento dos parceiros e das pessoas, principais interessadas no urdir sem falhas da máquina. Mas repito, não é fácil.
Nunca será fácil quando vamos para a posição por sermos bem falantes ou por sermos escolhidos sem reunir o que é necessário para o ser. Isto passa-se com o ministro da educação. Era bem falante mas pouco mais (espero ainda assim que saiba da área dele). A das tarefas de um primeiro-ministro é a da escolha criteriosa das pessoas a quem ele confia o olhar clínico para uma determinada pasta e Passos Coelho começa a cheirar a Sócrates, já acertou em algo? Voltando...
O iluminado ministro da educação sempre carregou com ele o estigma avaliativo, algum recalcamento, e mal pôde desatou a inaugurar exames (não havendo verba inaugura-se o que se pode). E agora vêm aí mais uns quantos. Mas existe alguma base sólida que indique que a proficuidade de exames mudará algo? Aqui vou-me armar em ministeriável e vou dar uma nota sobre o interior de uma sala de aula. No final do ano, e poderão vir aqui todos os meus alunos para me desmentir, acabo sempre o mesmo com algumas perguntas. Mostro a avaliação a que se chegou, resultante do seu trabalho e eles dizem de sua justiça. Posteriormente, e tal como no final de cada período, peço que me digam qual ou quais as coisas que eles acham que poderiam mudar em mim, já que eu raramente fico satisfeito com as notas e assumo para mim esse pecado. E todos mas todos mesmo indicam que eles podiam fazer mais e que às vezes somos bons, procuramos a excelência mas não chegamos lá. A excelência não se encontra apenas naquele aluno que vai com a barriga cheia de vinte's para a universidade. A excelência pode ser atingida por um aluno com dificuldades e que se transcende e atinge catorze ou quinze. Comigo na sua frente tentarei que chegado ali prossiga o esforço para o dezasseis mas reconheço-lhes grandeza. 
Todo esse esforço poderá num exame não ser patente, lembro-me de uns alunos com quem tenho/tive o prazer de trabalhar que nos dias de prova a pressão pode com eles. Não sabem se ácido-base ou se electromagnetismo? Sim sabem, eu vi nas aulas que sim. Colocaram dúvidas, formaram o raciocínio lógico sobre os temas e aplicaram os mesmos de um modo consistente. 
Este ano andei pouco motivado com as suas avaliações e então numa das turmas perguntei a quem se devem a responsabilidade das avaliações? E todos naquela sala disseram alunos, professores, pais e da escola. "Ponham por ordem". Então os alunos são os principais responsáveis e, segundo eles, com mais de metade da responsabilidade. Tinha para mim como aluno e confirmei esta teoria a partir da posição de estrado que do aluno depende quase tudo. E pego só nos casos extremos: se um mau aluno tiver a sorte de ter um bom professor o resultado vai ser igual a nada. Quando uma cabeça não quer nada lá dentro, não reconhece vantagens em estar ali, nunca irá esta dar nada. Já se o aluno for bom e se o professor for mau, o aluno apenas precisa de pegar no livro e terá por certo uma boa avaliação. Um mau professor não sabe para avaliar de modo difícil e o miúdo estudando alcançará os resultados que procura. É óbvio que não se pretende que existam maus professores, que os há, mas ao sistema interessa mais alterar este activo de mau para bom, na medida em que este queira. Não querendo, rua.
O problema na escola centra-se mais na questão do porquê? Os alunos muitas vezes andam ali por andar, não vêem lógica naquele "sobe e desce a escada, entra aqui e sai dali". A escola portuguesa não tem a capacidade de lhes oferecer um percurso que lhes crie sentido para o futuro. E não será a introdução de exames que irá mudar o estado das coisas, fala quem o pode dizer com propriedade: as minhas turmas tiveram melhores notas que a média nacional nos testes intermédios. Ainda assim eles sabem o que aquelas notas me dizem: é preciso trabalhar mais.
Querem melhor notas ou melhor escola? Esta é a pergunta que têm que se responder. Podem ter a primeira não nunca terão a segunda. Já se conseguirem a segunda, terão na certa a primeira. Mudem o ministro mas matem tudo o que está dentro desse ministério porque já se percebeu que os ministros mudam mas as fraldas aparecem sempre sujas. O bebé não aprende a ir ao penico. Deixo também uma nota para uma iniciativa de um grupo de alunos que se manifesta de um modo muito inteligente durante esta época de exames. Apreciei a iniciativa e é esse o caminho. Pena que o povo português só se mova pela selecção ou pelas cândidas palavras quando alguém morre, nem que tenha sido uma besta. No que interessa...

segunda-feira, junho 18

Pure Joy :)



...aquela nota suspensa ali não sei quantos segundos... uma delícia :) E que mar de gente...

"Baralha e dá de novo."


Hoje para além da bola, o dia tinha duas eleições. Uma com resultado algo importante mas quase que previsível, pela boca dos comentadores, e a outra que tinha um peso importante para nós. Na primeira a previsão deu "Sol" e agora o presidente Francês não tem, tal como foi no caso de Sócrates e de Passos Coelho, de fazer as coisas como deve ser e mostrar se valeu a aposta ou é mais um reles político.
O segundo caso, eleições gregas, mantinha a Europa na expectativa para ver por onde iam os tiros. Os gregos manifestaram duas coisas: primeiro querem continuar na Europa mas, e em segundo, não a qualquer preço. Assim os dois partidos do arco do poder voltam à ribalta ainda que com um peso no "arco" menor do que antes desta barafunda. O partido ganhador também indicava antes da ida às urnas que o memorando que os deixava homónimos teria que ser revisto. Então e agora? Bem é aqui que entra a Europa ou a Merckel e suas merckalites. Os gregos fizeram a sua parte. Portaram-se mal no passado? Sim, mas há coisas que devem ser postas de lado porque se isso não suceder a seguir viremos nós, a Irlanda, Itália, Espanha, Bélgica e daqui a nada a Europa fede-se...
Assim este pode, deve ser um sinal que a Alemanha deve ser como um passar de bola para fazer realmente o seu papel de timoneiro e colocar todos a remar para o mesmo lado e de um modo coerente porque uma coisa é certa. Hoje os mercados irão acordar e continuaram a querer fazer sangue e dinheiro com as nossas indecisões e fraquezas. Já vi um filme inclusive onde isso é referido em jeito de brincadeira, 1.º episódio do Shameless na segunda série. Já não há sequer pejo em confirmar o que se sabe à boca cheia mas calada. Não esperemos do lado de lá do charco de ajudas de quem nos colocou neste situação. Que ninguém se esqueça de que tudo surge no Lehman Brothers e que nós europeus, provavelmente ainda com lembranças do plano Marshall, optámos por comer e calar quando deveríamos sim ter agido com outro tipo de determinação.
E que ninguém se esqueça que o problema grego nunca foi político mas sim económico e financeiro e que os gregos não são piores ou melhores que nós. Querem pagar mas justamente e num contrato que seja exequível e não um sonho húmido de um grupo de palermas que não vale o seu peso em vinténs.
Agora é esperar... os mercados amanhã vão continuar a atiçar a Espanha e a Itália. Vamos ver se a Europa se fica e o euro como ideal berra em pouco tempo (nem sei quanto tempo já que este paciente tem uma resistência digna de William Wallace) ou se alguém pega nisto como era suposto (gosto do presidente do BCE o italiano Draghi, aprecio a sua postura) e põe um rumo europeísta de novo na... estamos na Europa n'é? Pois, devia ser o rumo com os ideais europeus... parece-me mas eu tenho um pouco de astigmatismo.
Uma nota para os políticos europeus: é inqualificável, a começar pelo palerma das finanças alemãs, que tentaram por mais do que uma vez condicionar a liberdade democrática de um povo. Espero bem que a próxima colonoscopia vos seja feita, sem "pomadas", pela uretra. 

...em crescendo

...muito bem, atingimos o objectivo inicial: quartos-de-final. Sensações até agora? Bem estava com muito poucas perspectivas, sou português de gema e só via o copo meio vazio, explico-me: Alemanha - uma selecção com bons jogadores que cumprem o desígnio germânico de fazer bem, de modo limpo e eficaz; Dinamarca: sinceramente não os via com peso futebolístico mas sim como uma selecção vontadeira onde dez trabalhadores servem um jogador acima da média, até em altura. Medo deles? Não mas ganharam o nosso grupo e isso punha as ideias em reboliço? Poderíamos com eles? Sim mas dependia da nossa entrega; Por fim a Holanda... vice-campeã do mundo, das selecções com melhor score na fase de grupos, com um futebol muito atractivo e mecânico. 
E nós? Bem... a normal dificuldade de marcar golos, uma selecção dada a humores vários e a um estranho empenho. Eles dizem que se empenham e eu, pelo menos, acho que podiam mais. Esperava que passassem? Sinceramente tudo era possível mas achava pouco provável. O jogo com a Alemanha mudou as minhas sensações ainda que tenha visto apenas um jogo de grande entrega, alguma falta de sorte e uma pitada a mais de respeito pelos panzers. Contra a Dinamarca jogamos bem e era desnecessário sofrer como sofremos. E hoje? Bem... bom jogo de bola onde vieram ao cimo as virtudes das duas selecções e os empenos só da Holanda. A Holanda joga à bola como nós só que o fazem de um modo pouco matreiro, muito mole apesar daquela besta do De Jong. São muito macios e o seleccionador holandês por quem nutro simpatia, foi holandês de gema e atirou a laranja à máquina Tuga quando se decidiu pelo 3-4-3. Chamamos-lhes um..a laranja mais doce. Podíamos ter trucidado a malta das tulipas mas até nisso somos boa gente ou pouco determinados. 
Bom mesmo é que a selecção tem estado sempre em crescendo nas exibições e isso é positivo. Outra coisa positiva é que tem tido o moral para virar os resultados, agora isso não pode entrar na rotina. Malta, é melhor marcar primeiro do que ter que dar a volta, sou sportinguista sei do que falo...
O futuro traz a Rep. Checa. Sinceramente creio, pelo que vi, que temos selecção para indicar o caminho para casa das gentes de Kafka mas... haja humildade, dedicação, sacrifício e a sorte dos audazes. E a gente cá do burgo não pede mais a estes rapazes. Força juventude!

terça-feira, junho 12

Como não é todos os dias...














Vinte mil visitas :)
Obrigado


Pausa púrpura



Para acabar (ou começar) bem o dia, na "purpendicular" :)
Aconselho igualmente ou até mais... definitivamente mais uma outra deste álbum: sometimes i feel like screaming.

Como tudo aqui, a não perder :)



Nas aulas de Biologia de 12.º ano, as quais não me deixaram agradáveis memórias guardei uma ideia ou teoria de um cientista chamado, salvo erro, Lamarck. Lamarck afirmava uma teoria controversa à época na qual dizia, sem pejo ou agravo, que a natureza quando pressionada até um ponto de desequilíbrio, reagia e por meio de uma catástrofe natural repunha a sua ordem natural, nem que isso ou resultando sempre a morte de seres vivos, no caso nós porque somos o vértice único desse mesmo aumento de pressão na Terra. 
Pois bem este documentário pretende responder uma simples e curiosa questão: Quantas pessoas podem viver na Terra. Num T3 nós sabemos mas e no nosso planeta? Em condições normais eu, por exemplo, poderia ter nascido? Não creio.

Como na passagem de nível: pára, escuta e olha



Acredito bem no que Sir Ken Robinson diz. Acredito mesmo no que ele diz, faz-me imenso sentido ainda que também tenha para mim que muita coisa teria que mudar, ao estilo do que aconteceu por exemplo na época Renascentista. 
E dedico este vídeo à Sara que neste momento está imensamente à toa uma vez que não sabe ou não encontra adiante no caminho uma finalidade para o seu futuro. Enquanto um aluno chegar a este ponto sem saber o que o motiva, o que o fará cultivar um futuro de utilidade e de bem com a vida, a escola estará sempre a falhar e aparentemente era para dar um sentido a este sítio algo complexo que ela existe, qual bússola no mar alto.

segunda-feira, junho 11

Open your eyes, please


Este fim-de-semana que passou participei numa actividade nova. E digo nova na perspectiva de que ela englobou uma série de factores que havia já vivenciado mas em separado (o voluntariado, o trabalho com pessoas com dificuldades cognitivas). Participei numa actividade designada de Opening Eyes no âmbito do Special Olimpics Portugal. O Opening Eyes, para além deste interessante jogo de palavras, consistiu numa actividade de voluntariado onde o foco principal era o rastreio visual de crianças / adolescentes / adultos com, chamemos-lhe, falhas cognitivas mais ou menos profundas. O desafio era de encher o peito uma vez que não sabia bem o que ia encontrar estando apenas consciente que a improvisação, a dedicação e o empenho eram fundamentais.
Não fui como técnico (um abraço ao porreiro do David, hei-de ir beber uma a Alcochete, fica prometido), não fui como optometrista ainda que tenha vindo de lá com mais luzes do que aquelas que tinha, fui sim como voluntário género "canivete suíço". Ajudei os optometristas amigos meus de universidade e outros que, estando lá na minha época, não tive a sorte ou o privilégio conhecer. Técnicos muito competentes, dedicados, preocupados, com sentido de missão e que trabalharam como devia ser sempre, em equipa, partilhando ideias, dúvidas, casos curiosos e também momentos de pura galhofa :) Não era por nada que me dava mais com esta malta do que até com parte de pessoas do meu curso.
Ao ter sido aquela "mosquinha" que estava presente nos gabinetes pude ver que existem realmente muitos caminhos para Roma e que muitas vezes ele até pode estar feito mas se o "cliente" que levamos não quiser ir por ali, é preciso inventar caminho havendo na realidade infinitos caminhos para chegar ao fim pretendido. E também que por vezes as dificuldades, por mais que se tente, não permitem chegar ou perfazer todo o protocolo estabelecido. Isso já o havia vivido como professor as vezes suficientes para o ter percebido. E ir um atrás e não fazer vir atrás de nós. Assim pude também perceber que o protocolo de trabalho, na minha modesta perspectiva, deve ser adaptado a pessoas com estas dificuldades seja por diferentes estímulos, ambiente do gabinete, materiais dedicados e ao próprio protocolo de análises uma vez que ali o tempo parece-me ser ainda um dos factores mais importante, sendo que este já o é nos casos normais. Certo tenho que este tipo de actividades deveria ser obrigatório pela saúde, neste caso, visual das pessoas.
Espero ter sido útil ao ponto que seria necessário. 
Depois deu para ver que todo o apoio que as associações puderem usufruir será sempre bem-vindo e bem empregue. Não existem almoços grátis mas ali dá-se mais do que isso, dá-se tempo algo que hoje é uma "moeda" algo cara. O trabalho com pessoas com problemas cognitivos exige uma capacidade mental forte e se bem que de início se estranha e depois se entranha, como tudo, é preciso ter força mental e até física para poder lidar com elas. É necessário a sociedade civil estar atenta e predisposta a participar. 
Vinha na viagem de volta a lutar contra o sono e ao fazê-lo pensava que não por imposição mas por motivação deveriam, por exemplo, os jovens serem aliciados com uma menor taxa nas propinas ao participarem voluntariamente nestas associações criando assim uma espécie de estado de normalidade na consciência cívica das pessoas em ajudar e não que isso fosse um caso pontual ou que jamais acontecesse.
E depois porque nem só de trabalho se faz o homem, dar uma nota para o final das noites que, ainda que o corpo moesse, houve sempre energia para uma amena cavaqueira e umas risadas porreiras. Conheci um pessoal porreiro e para eles(as) um abraço.
Para final só um alerta. Opening Eyes foi uma actividade, como muitas outras, que vivem no mais perfeito, ou quase, anonimato e isso é um permanente tiro no pé. É preciso dar nota de que estas actividades existem porque elas realmente oferecem mais-valias concretas à sociedade. Estas actividades têm que sair à rua e dar nota de que existem e o banco alimentar, noutra dinâmica é certo, é o exemplo do reconhecimento de que dar é bom, importante e deve fazer parte de nós como sociedade comprometida com ela própria.


Plantado no ar

Sabedoria























A sabedoria não escolhe credos, raças, géneros, idades, épocas nem geografias. As maiores verdades, provavelmente, são as mais simples. Toro Sentado.

Para o ano...


O ano está a acabar... ver se vou ao IKEA...

quinta-feira, junho 7



Hoje quase do nada derrapei para um vortéx no espaço-tempo da minha juventude quando vi um anúncio de um carro. Não foi por ele ainda que pudesse mas sim pela música que acompanhava a máquina na publicidade. Irra que salto no tempo.
De um filme que aconselho a ver e rever, que muito ligo aos anos noventa: Heat. Grandes interpretações ainda que a história seja algo banal. E depois esta malha que eu conhecia só na parte instrumental mas que afinal tem letra e que na versão original dos Joy Division (uma banda a ouvir) não me atrai tanto como esta. Arranha cá por dentro, dá força e só apetece acelerar :) Ainda bem que estou sentado na cama :)

quarta-feira, junho 6

Dança o mano, danço eu e há-de dançar muita gente



dia 27 de Novembro :) a ver vamos...

Bom grupo.

Qualquer dia sai-te um carolo...



"Pedro Passos Coelho, manifestou nesta terça-feira uma “grande admiração” pela atitude dos portugueses no último ano."
O que é que este homem anda a querer semear? Tempestades? Quando a situação está ruim o que se deve fazer é trabalhar mais e falar menos, o que é oposto do que se tem visto ao longo deste ano. Se se tem que falar que seja para anunciar modificações, que as decisões sejam compreendidas e que se percebam que são para melhor. Não gaste tempo e esforço para dar palmadinhas nas costas. Guarde essas mãozinhas nos bolsos que as suas palmadinhas hoje servem de tanto como areia no deserto e já se viu que calado diz o mesmo que a falar: nada. E uma dica para a vida: quando nos julgam estúpidos não abramos a boca e confirmemos as suspeitas. Não seja palerma.

sexta-feira, junho 1