segunda-feira, dezembro 31

200...8


Sob muitos pontos de vista, o trabalho de criticar é fácil. É uma posição em que pouco se produz, onde se arrisca ainda menos e, portanto, confere uma vantagem confortável sobre aqueles que oferecem o seu trabalho, o seu melhor saber (quero crer) e eles próprios, ao escrutínio estranho. Muitas vezes, com ou sem razão, prospera-se numa avalanche emocional e divertida de criticar a qual deveria, ela própria, estar sujeita aos mesmos pressupostos. Se por vezes esse saudável e necessário confronto, comunhão de ideias ou diferentes visões, não se cruzaram foi por, espero eu, mera falta de oportunidade já que o espaço se tem mantido inalterável e aberto a tudo e a todos.
Muito provavelmente, na imensa linha de montagem que é uma sociedade, a mediania e o suficiente, têm mais peso do que um mero “pensador de circunstâncias” da sua posição consegue contemplar e, talvez por isso, os esforços outrora criticados tenham mais significado que o que a crítica lhes atribui. Não existem verdades absolutas e esta verdade defendida, dentro “destas portas”, só terá obvio cabimento no seio social e no confronto com as demais opiniões.
Sempre surgi “às claras” com opiniões francas, por acreditar na injustiça de certas situações e, penso, ser sempre ser essa a atitude a ter, quando alguém encontra um motivo de defesa de ideias, princípios ou valores que vislumbra em risco. A visibilidade das mesmas é residual mas isso nunca foi nem irá ser motivo para me silenciar.
Este “caminho” começou a ser percorrido há cerca de 8 meses e, ainda que, o confronto de ideias tenha sido miserável, encontro motivos catarsicos suficientes para que ele continue. Que o novo ano seja melhor e que, a vontade de escrever surja como o resultado de boas circunstâncias e não, pelo contínuo perpetuar de, vamos lá, medianas acções de quem é ou devia ser responsável. Votos de um bom ano para todos.

sexta-feira, dezembro 28

Mentalidades



Encontrava-me imerso no jornal com mais tirada cá da zona, quando encontrei uma crónica sobre o crédito à habitação. O texto mostra o costume, que o poder de compra está mau, que as pessoas já não aguentam as sucessivas subidas de Euribor ou que os mais novos, mesmo licenciados, têm muita precariedade no emprego e a sua vida é possível apenas com a ajudas dos pais e, como tal, apesar de pensarem não conseguem adquirir casa.
A certa altura surge o depoimento de um empreiteiro e foi esse
que me fez largar uma gargalhada. Eu sou um daqueles que queria mas não pode. O trabalho é incerto, para já não falar que o mesmo, ora aparece perto, ora loooooooooonge. Mas voltando ao senhor…
A certo ponto diz, e cito: “ Eu baixei em cerca de cinco mil euros o preço dos apartamentos em relação ao que fazia à dois anos atrás. Ainda hoje aconteceu. Fui ter com um cliente e fiz-lhe o preço mínimo, abati cinco mil euros e ele fez uma contra-proposta para baixar dez mil euros. E assim não posso vender!”
Pois pudera! Coitado do homem, o Mercedes não anda a água! O que eu acho incrível é que este ramo de actividade ganhou durante anos o que quis e vê-los agora fazer este tipo de declarações, sabe-me a perfeita parvoíce. Evidente que as coisas têm custos mas a margem de lucro ainda hoje é, bastante boa, já a qualidade de construção... Dou um conselho: Não venda isso, faça assim. Como existem mais casas por habitar que habitadas (em Espanha passa-se o mesmo), qualquer dia o mercado dá de si, e depois eu quero ver o valor das suas casas ir para metade! Chama-se “lei da oferta e da procura”. Deixe-se estar que depois nessa altura conversamos.

Reformar



A reforma da saúde vai de vento em popa, ou assim deve pensar o ministro porque as populações... O governo vai encerrar 56 serviços de atendimento à população (SAP), mais umas quantas urgências que fecham às quais se juntam mais uma dezena de maternidades. Isto tudo a juntar aos SAP's, às maternidades e às urgências que já fecharam. É a contensão obrigatória dirão uns, é a organização dos meios que muitas vezes se encontra mal feita e, como tal, é preciso actuar dirão outros. Não duvido que houvesse casos que devessem ser repensados mas o que esta reforma tráz é uma rasia do sossego médico de muitas populações. O bem estar mental é a melhor medicina que uma pessoa pode ter numa situação de crise e o que esta reforma cria é a crise em altura de saúde. Para sossego das populações deveria arranjar-se uma solução mais universal. Depois existe a questão de que se pretende um estado cada vez menos centralizado mas é exactamente o contrário que esta reforma patrocina.
A par de todos os cortes e encerramentos o governo apresenta com pompa a contrução do hospital de todos os santos para a cidade de Lisboa. A minha cidade não será afectada com estas reformas, pelo menos que se saiba, mas se eu morasse numa dos locais que estão a ser alvo de redução de meios eu ficaria profundamente indignado com este investimento. Na cidade de Lisboa existem 7 hospitais públicos, não entrando em conta com os que se encontram na periferia, e os privados florescem como cogumelos. É certo que Lisboa absorve uma parte considerável da população e como tal deve ter cuidados em harmonia com isso mas as populações perdidas "na paisagem" também necessitam desses mesmos cuidados em harmonia com a sua situação. Harmonia para a paisagem não é urgências a 30 quilómetros ou maternidades do lado de lá da Fronteira ou num qualquer quilómetro de uma estrada nacional.
O hospital de todos os santos será necessário, pelo menos assim espero (200 milhões de euros sem derrapagens), mas ao longo de todo o país a necessidade também existe e, o pior de tudo é que, nova necessidade talvez se esteja a criar. Algo vai mal quando o cobertor parece não conseguir tapar pés e cabeça e se escolhe por importância. O normal é que uma pessoa se encolha durante uns tempos porque, sem pés, a vida também é muito difícil.


PS: Aproveito o tema para aconselhar e muito o filme SICKO. É imperdível.

quinta-feira, dezembro 27

Para rir . 5

Nova Lei, vida nova

Como todos sabemos a lei anti-tabaco vai entrar em vigor daqui a poucos dias. Novos hábitos vão ser necessários tal como muita força de vontade para muita gente. Daqui enviamos uma força em quem vai ter que mudar de hábitos. Até lá inspirem-se no vídeo para ver os benefícios que têm em apagar o cigarro.

Os "bons rapazes" do costume




Este país encontra-se mesmo votado à mediocridade e a procura pela excelência é abafada a cada atitude tomada. Sinto esta situação nos cargos dirigentes do sector público onde a cunha e o compadrio é tão natural como o ar que se respira. no entato via o sector privado diferente orientado numa postura e atitude mais profissional e responsável. Pois bem a crise no BCP veio deitar isso tudo por terra. A começar logo pelas responsabilidades do Banco de Portugal na matéria. Como entidade que regula o sector, o BdP deveria ter a atitude a que a ASAE habituou a população, isto é, anda em cima, não dá descanso, fiscaliza. O BdP não faz nada, arriscou-se a atirar o país para uma nova síncope económica (não esqueçamos que o BCP é o maior banco privado Português). Eu não sou accionista nem cliente mas se fosse duvido que permanecesse por muito tempo como tal. Então para que serve o BdP? Para nada. Em termos monetários o BCE controla o valor da moeda e define, ou melhor, determina em consequência as taxas de juro. O BdP apenas serve para encontrar o valor do défice do estado quando é preciso e para receber os ordenados porque nisso os seus administradores não devem falhar. Há já me esquecia, serve também para colocar em banho maria "amigos" dos partidos. Mas voltemos ao BCP.
O Presidente do BPI, um dos maiores accionistas do BCP, insurgiu-se publicamente a propósito da incapacidade fiscalizadora do BdP e da CMVM (ou CVM "à Berardo"). Ora se o BPI é accionista de referência não será que algumas coisas aconteceram com a conivência ou a falta de atenção do mesmo? Concorrência desleal disse Fernando Ulrich com toda a razão mas não será que tendo uma atitude mais... digamos interessada, essas situações não teriam sido conhecidas. Fernando Ulrich também comentou que os documentos entregues por Berardo já eram do seu conhecimento. Se eram porque não se chegou à frente? Ficaram à espera do cowboy de serviço que neste caso até existe. Que seria deste caso sem o implacável Berardo? Que será a acontece em todos os locais de decisão? A par disso o Governo vai patrocinando os lucros indecentes da Banca, a qual por sua vez paga em lugares administrativos senão vejamos. Armando Vara, antes de chegar à política era nada, sem curso apenas armado com um cartão rosinha e a profissão de balconista da CGD. Desde então já é licenciado em relações internacionais, talvez è moda do primeiro, passou por alguns governo a coberto das amizades e, descobriu-se, que é um administrador excelente passando pela administração da CGD (isto é que é viver o sonho americano), pela PT e agora encontra-se em vias de ir parar com os ossos ao BCP, não como balconista claro.
Os outros nomes alguns são ex ministros mas todos têm uma coisa em comum: ou são PS ou PSD. Gostei particularmente de uma conferência de imprensa de Rui Gomes da Silva em que critíca a moralidade da possível escolhe de Manuel Pinho para a Presidência da CGD (Mais um taxinho). A determinada altura o mesmo diz que, e passo a citar: "Segundo Rui Gomes da Silva, a escolha de Catroga será “um bom passo”, indo ao encontro daquilo que a liderança social-democrata “tem vindo a afirmar”: a necessidade de garantir que as personalidades escolhidas para presidirem à CGD e ao Banco de Portugal não tenham “a mesma filiação partidária de quem ocupa o lugar de primeiro-ministro”. "
Andamos doidos ou quê? Agora escolhe-se em função da cor e não do mérito? Só se pode andar completamente doente para sequer pensar tamanha parvoíce (mas como é político) quanto mais afirmá-lo em público. O descaramento atingiu pontos inqualificáveis e começo a acreditar piamente que só à bomba é que este parasitas, seja PS, PSD, CDS, os Verdes ou outros quaisquer, são externimados por completo.
Que se pode fazer relativamente a situações destas senão desejar uma bomba para cada um deles? Cunhas e mais cunhas, negociatas, favores que são pedidos e cobrados, compadrios à luz do dia de todos os que se encontram respingados pela lama partidária. Vai sendo tempo de as pessoas mudarem de atitude, que a indignação seja efectiva, que crie receio e que traga medo à vida desta gente pestilenta que são verdadeiros sorvedouros do bem comum, da coisa pública. Urge fazer algo.

segunda-feira, dezembro 24

É dia de...


O que terá levado a que John Lennon tenha composto uma música sobre o Natal, cruzando a ela um apelo pelo fim das guerras? Guerras de armas, de palavras, de actos, de injustiças, de falta de solidariedade que se resumem muito facilmente numa palavra: parvoíce. Acredito que este dia deve servir para pensar nas coisas más para tentar provocar a mudança e por isso deixo este vídeo para ajudar a pensar. Seja tudo aquilo que gostava que fossem para si, faça aquilo que gostava que lhe fizessem e deixe-se de tretas. Bom Natal para vocês e para os que vos são mais queridos. Um abraço para a malta que anda por fora em especial para Cork.

Albanês - Gezur Krislinjden ; Alemão - Frohe Weihnachten ; Armênio - Shenoraavor Nor Dari yev Pari Gaghand ; Bretão - Nedeleg laouen ; Catalão - Bon Nadal ; Coreano - Chuk Sung Tan ; Croata - Čestit Božić ; Espanhol - Feliz Navidad ; Finlandês - Hyvää joulua ; Francês - Joyeux Noël ; Grego - Kala Christougena ; Hungaro - Kellemes Karácsonyt ; Inglês - Merry Christmas
Italiano - Buon Natale ; Japonês - Merii Kurisumasu (modificação de merry xmas) ; Mandarim - Kung His Hsin Nien ; Norueguês - God Jul ; Polaco - Wesołych Świąt Bożego Narodzenia ; Romeno - Sarbatori Fericite ; Russo - С Праздником Рождества Христова S prazdnikom Rozhdestva Khristova ; Checo - Klidné prožití Vánoc ; Sueco - God Jul ; Ucraniano - Srozhdestvom Kristovym


quinta-feira, dezembro 20

Escolhas


Investigadores do ISCTE concluíram, após uma visita a cinco estabelecimentos do ensino público lisboeta, que as mesmas escolas são parciais na escolha dos alunos, dando preferências aos de melhores alunos e até à origem social. Não sendo esta uma realidade surpreendente para mim, só me resta uma dúvida: A culpa será só das escolas? Não estarão as escolas a seguir o principio da sobrevivência?
Uma mudança legislativa, já com este Governo permitiu aos pais poderem escolher o local onde querem que os seus filhos estudem. Assim sendo parece-me que os primeiros que potenciam as desigualdades são o Governo e a os Encarregados de Educação. O Governo com a medida legislativa, os pais porque, e é normal e compreensível que o façam, querem que os seus filhos estudem nas suas escolas de preferências, seja ela qual for…
O estudo dá a ideia de que as escolhas são feitas exclusivamente pelas escolas o que não corresponderá completamente à verdade. Vivemos numa sociedade muitas vezes hipócrita e o ponto de vista mais aceitável é sempre aquele que favorece a maioria ou os que têm mais poder. Nos dias que correm torna-se evidente que as escolas, as que têm essa possibilidade, se regem pelas seguintes ideias: Ter os alunos com melhores resultados, com melhor condição social, menos problemáticos, que não defraude as expectativas de alunos e pais no que concerne à avaliação. Esta última é perniciosa e é a base de alguns, senão todos, os colégios privados e de alguns públicos.
Existe uma cultura que se está a estabelecer de forma sub-reptícia de que não vale a pena a chatice de explicar, fundamentar, justificar e supra-justificar situações que são demasiado evidentes. Como refiro muitas vezes em conversas, o ónus da prova virou-se completamente e, neste momento é quase um crime chumbar alguém. A par disso os encarregados de educação (não todos mas…) ou não aparecem na escola ou apenas surgem com ideias conflituosas e desfasadas da realidade. De encarregados de educação passam a encarregados de alimentação já que apenas servem para alimentar (as barrigas dos meninos, as chatices aos professores). A escola deveria ser inclusiva mas numa sociedade cada vez exclusiva, numa sociedade cada vez mais desresponsável à milagres que são difíceis de manter. Por isso os estudos agradecem-se mas apenas quando descrever a realidade sem subterfúgios e não uma realidade particular ou orientada. Deixo o link da notícia.



terça-feira, dezembro 18

Lembrança



Fez ontem 103 anos que os irmãos Wright realizaram um sonho ancestral do Homem - voar. Munidos com um essemble de contraplacados, um motor modificado na sua loja de bicicletas (Wright Cycle Company), muitas horas de trabalho e após anos de tentativa, conseguiram percorrer trinta e seis metros e meio durante doze segundos na vizinhança das Kitty Hawks. Na tentativa seguinte o feito foi ainda melhor. Ficava feita história no dia dezassete de Dezembro de 1904, sendo o culminar de anos de trabalho por uma vontade maior. O primerio passo estava dado com o primeiro voo de um aparelho mecânico controlado mais pesado do que o ar. A aviação ganhou impulso para uma centena de anos verdadeiramente decisivos para a humanidade em todos os níveis, determinando apenas cinquenta anos depois, a firme determinação de chegar à Lua! E não é que chegámos!?
Fica a lembrança e uma das fotos que fez história.

Thinking...



Ainda não há muito tempo discorri sobre a utilidade dos rankings. Não cheguei a conclusões novas ou a conclusões para além do óbvio mas a ideia permaneceu em busca de uma explicação. Os quilómetros diários na “biatura” ajudaram a cozinhar o que se segue… Depois de reflectir, inconscientemente já que os dias têm andado preenchidos, conclui que a razão talvez se prenda com o facto de sermos uma democracia recente e, devido a isso, somos intimidados por alguns complexos. Reconheço, nos dias de hoje, a pequenez como o principal e derradeiro motivo do nosso apego sôfrego aos rankings. Provavelmente essa amargura deriva do facto do que fomos, que reconhecemos já não ser, alguns duvidam sequer que outrora fomos devido à realidade que temos. É por esta altura que surge um velho sentimento sebastianino que começa a replicar dentro de nós em ritmo morfinoso, nos dias do piorio, para ajudar a curar o desconsolo das nefastas e inevitáveis euro comparações que, dia sim, dia não, nos entram casa adentro.
Coloco a questão: Será que um mau ranking um “pecado mortal”? Melhor: O que será mais importante? Liderar rankings ou conduzir uma população feliz?
Fico-me pela segunda que, explicada, destrói a primeira. Se existir trabalho que seja coerentemente pago; se existir estabilidade e não uma pseudo-segurança do tipo “flexi”; se as pessoas (todas) forem honestas e cumprirem as suas obrigações; se existir tempo para a família acredito piamente que os rankings deixam de fazer efeito porque as pessoas estão satisfeitas e não lhe darão tempo de antena. E mesmos que eles persistam, os resultados irão verificar-se extremamente positivos e serão alcançados do modo mais correcto, isto é, de um modo alicerçado e não de um modo composto ou ficcional.
Em Portugal temos o raciocínio oposto, de que (dês)governa, ou seja, se os euro rankings dizem que não estudamos vamos dar os diplomas aos meninos! Se os euro rankings dizem que somos “uns baldas” vamos arranjar um sistema para colocar tudo na rua! O problema destes rankings e das posteriores conclusões é que apenas reflectem valores. “Interessa o porquê? Nahhhhh isso é perder tempo, já temos os valores vamos, utilizando a conclusão matemática de que “uma linha recta é a distância mais curta entre dois pontos”, arranjar um modo para melhorar os números!”, e não o que está atrás deles. O ruído que se houve à posteriori é o ruir de algo (economia, educação, justiça, saúde and so on and so on…)
É necessário perder o sentimento de “pequenez”, encontrar dentro de cada o juiz mais impiedoso das nossas obrigações e exigir o direito a uma administração competente que se reja “to the people, for the people and by the people” e estou certo de que mais cedo ou mais tarde teremos um futuro auspicioso e seremos felizes que é o que mais importa.

domingo, dezembro 16

Para rir . 4



Sem comentário...

domingo, dezembro 9

Judiarias


No passado fim de semana a Ordem dos Advogados foi a votos e ganhou o candidato que mais cedo se mostrou disponível e mais depressa começou a corrida. Os outros candidatos, sem o peso mediático de António Marinho, desvaneceram-se no pó do acelerado ritmo do primeiro e nas propostas deste. António Marinho é, como o próprio se intitula, primeiro jornalista e depois advogado. Assim sendo persiste sobre si uma aura sindical e algo conflituosa com que o mesmo parece viver bem e, de algum modo, com orgulho. E bem o pode ter já que foi ela que o terá catapultado para o topo da hierarquia da classe. Nos dias seguintes verificaram-se reacções. Umas mais solenes e típicas, outras mais ameaçadoras mas a que ficou mais no ar foi a de um antigo Bastonário, José Miguel Júdice. J.M.J., como que possuído por um diabo da Tasmânia, perdeu as estribeiras e desatou a desclassificar o recém eleito Bastonário comparando-o a Mussulini.
J.M.J. é um dos advogados mais reconhecidos da praça judicial. Já foi Bastonário, a sua opinião é sempre procurada em assuntos da classe, dá-se com o poder político e talvez por tudo isso se considere acima do resto, com direito a toda a opinião e, como tal, imune a correctivos. Talvez seja a anciania a dar mostras de que não anda longe mas as suas palavras, que inclusive se estenderam ao Bastonário cessante mostram que J.M.J. anda um pouco longe da realidade do Portugal dos Advogados, e talvez do Portugal em geral. Que classe é esta a dos advogados? Outrora uma classe de destaque, paradigma de profissão liberal, encontra-se hoje substancialmente diferente. Tal como muitas outras, sofreu muito com a massificação da minha geração o que levou a que, hoje em dia Portugal, seja um dos países com maior número de advogados per capita. Debaixo de uma qualquer pedra encontramos hoje um professor e um advogado. Isso faz com que a aura passada da classe tenha sido trocada nos dias de hoje por pouco mais que uma luta titânica para chegar ao fim do mês. É evidente que existem advogados que ganham como os bons jogadores de futebol mas, seguramente, oitenta ou noventa por cento da classe luta ou desespera com o passar dos tempos.
Tal como o resto dos Portugueses, também os advogados querem mais, melhor mas principalmente que as expectativas dos tempos do secundário se concretizem. Foi aqui que António Marinho encaixou como uma luva. Não querendo fazer exercícios de suposições sobre a sua pessoa, certo é que as suas ideias colheram na classe, provavelmente naquela mais nova. Já à época de J.M.J. a massificação se fazia sentir em força e a única pessoa, que eu me lembre, que considerou fazer umas mudanças, coerentes ou não, foi o ex-Bastonário Rogério Alves. É certo que ainda antes foi feita uma mudança, trocando um trabalho de dissertação, creio, por uma prova de exame. Não sendo esse obviamente esse o seu propósito mas essa prova é mero pró-forma já que poucos são só que ficam lá enrascados. Assim sendo J.M.J. perde em diferentes frentes, tempos, já que nem sequer deixou que Marinho se pudesse enganar e, o que é pior, perde em respeito e em falta de conhecimento de uma realidade que ainda é a sua. Digo ainda porque os convites para uns tachinhos políticos já vieram bater à sua porta e só talvez a vergonha e a contradição é que o fizeram recuar. O silêncio diz-se de ouro e, se a ele somamos coerência, obtemos diamante.

Pecados

Dedico estas curtinhas linhas a dois pecados, personalizados em duas individualidades de carácter muito duvidoso, para não dizer outra coisa. O primeiro o Presidente Venezuelano, Hugo Chávez que, algo agastado com o resultado de um referendo sobre a mudança da Constituição, disse um rosário de alarvidades e ameaças enfeitadas com rol de insultos do mais baixo calibre. Isto tudo com o tolo do Fidel a apoiar por trás, certamente, e na Televisão Nacional. Já não há snipers como antigamente... Uma força para os Venezuelanos que disseram "Não" a essa besta.
O outro é o Mário Lino. Já não chamo Ministro porque a mentira é algo que, na minha óptica, não se coaduna com a posição ou o cargo de Ministro. Esse senhor teve, não direi a lata nem o descaramento porque se nota nele treino, preparação à frente de um espelho, talvez desfaçatez de afirmar e reafirmar que jamais tinha dito "Alcochete jamais!" em plena câmara da Assembleia da República.
"São as companhias com que se dá desde há três anos a esta parte" dirá a mãe, mas eu pergunto: Que será necessário para expulsar alguém do Governo? Se algum de nós mentir, roubar, beneficiar alguém com os poderes que nos são atribuídos pela nossa posição, somos castigados mas a este meninos nada acontece. Como disse anteriormente, só com o voto já não vai chegando...
Em honra ao senhor deixo esta tira dos gatos e aproveitando umas deles - estou algo farto de ver este governo de três ou quatro oitavas a bater ferros nos portugueses.
PS: Para a Ministra da Educação. Em resultado do sistema de avaliações de sua excelência e da transposição dos mesmos para todos os patamares da avaliação educativa, faço notar para agrado da mesma, que não vai ver honorar em nada o orçamento destinado às classificações de excelente dadas aos meninos. Quem é amigo quem é?

Boas vontades...


Vivemos uma época de Cimeiras e não falo apenas naquelas que resultam directamente da Presidência Portuguesa da UE. Verifica-se uma multiplicidade de encontros bilaterais, tripartidos, com o patrocínio de uns países ou com a participação de um grupo alargado no sentido de se discutirem... coisas. Tudo talvez comece ainda durante os anos oitenta com as reuniões entre Americanos e Soviéticos, passando pelos Israelitas e Palestinianos (umas que ora fracassam, ora recomeçam e entretanto as pessoas lá vão perecendo). A moda pegou e até Portugal se orgulha, ou não, em ter organizado altas reuniões! Quem não se lembra das Lajes, que ainda só não nos valeu uma bomba porque aqui seria um desperdício, outras ainda de mediação de conflitos principalmente em África ou, mais recentemente, as que derivam da Presidência da união. Para mim, fogueiras de vaidades e de interesses descarados, mas quem sou eu?
Concentro-me brevemente em duas. Em primeiro lugar a de Bali (Quioto séc. XXII). Durante a Cimeira sobre alterações climáticas em Bali, Indonésia, surgiu uma convidada inesperada, a mãe Natureza. É verdade, ela que está em toda a parte, decidiu passar por lá e dar a sua opinião e vai daí soltou um sismo de pouco mais de cinco pontos na Escala Richter. Pode ser que o súbito abano abane consciências ou, pelo menos, atitudes. De notar que se Quioto está como está, ou vai estar, por cumprir, que será de Bali? Espero que não fiquem na memória de quem, por esta altura, ainda lá está, como uma boas férias.
Em segundo plano a Cimeira, ou Summit, Europa/África. Creio que esta resulta de um raciocínio fácil – China? Já não dá, qualquer dia ultrapassam-nos. Índia? O mesmo. O que é que sobra? América do Sul e África. América do Sul está mais ou menos coberta, existem já muitos interesses por lá espalhados e se não fosse o gang Chavéz a coisa “era nossa”. E África? Sim é melhor, que os Chineses andam a papar aqui tudo! E as moscas, e a fome e as coisas feias que há por lá? Vamos andando e vendo.
Pois bem vejo esta Cimeira como isto mesmo, o último refúgio para a Europa poder vender a sua “banha da cobra”, alargando mercados, dizendo “a gente ajuda” mas com uma mão dá e com a outra tira, muito ao estilo da Época dos Descobrimentos. Certo é também que os africanos já não vão, e bem, na conversa do pechisbeque e desta vez, quinhentos anos depois, vão tentar não perder tudo para os “caras pálidas”. E o Mundo, de repente, está a ficar pequenininho para vender tanta coisa… Nunca haverá Cimeiras a mais, apenas reias conclusões a menos.

quarta-feira, dezembro 5

Poesia . 15



Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.

Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.

Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.


Sophia de Mello Breyner Andersen

Para rir . 3

Por motivos profissionais, acompanho algumas vezes por semana "as manhãs da 3". Esta semana foi convidado o Marco Horácio em modo "Faduncho" que deu um recital brutal, quer a dar o trânsito com a ajuda da Cláudia Semedo, quer numas cantigas mas típicas como é este o caso. Creio que o vídeo é "made by Markl", ao qual agradeço a boa ideia. Muito bom.
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Negociar? Antes Taxar!


Hoje, ao ligar a televisão, durante o almoço ou numa qualquer pausa ao longo do dia, era possível ouvir, e ver, as lamentações dos sindicalistas da função pública. Pensavam-se convidados para bolinhos e cházinho e afinal o acepipe foi outro. Curiosa é também o título que os diversos órgãos de informação, ainda, teimam em chamar a estes encontros – “Concertação Social” ou “Ronda Negocial”. Mas não fosse eu estar enganado pela… enésima vez e fui, pé ante pé, ver do dicionário e vai daí:

Negociar – v. intr. Fazer negócios; comerciar; traficar; ajustar; agenciar; promover; preparar; conversar.

Assim sendo por que razão saíram os meninos dizendo: “O Governo mostrou-se intransigente ao manter os aumentos salariais nos 2,1 por cento para 2008 e o aumento dos descontos dos aposentados para a ADSE, o que mostra um autoritarismo que não se compreende". Pois bem eu entendi! É simples, os senhores vão expectantes em negociar (os jornais são uns mentirosos) mas a reunião é para comunicar (verbo substancialmente diferente). Os parceiros sociais (outro termo algo… duvidoso) vão a essas reuniões ouvir alguém do governo dizer – como se comunicavam as notícias na Idade Média – as decisões. Episódio dramático:

O Rei, perdão, o Senhor, Magnificente, Soberbo, Grandioso, Engenheiro José Sócrates vem por este meio anunciar as seguintes decisões: 1.º O salário dos funcionários públicos será aumentado em 2,1%! Dêem-se por contentes que para o ano só Deus é que sabe! (ouve-se lá atrás: “Mas Deus não é ele também? Não, Deus é o das palhinhas que está no céu, este só pode tudo na Terra. Ahhhh”). É só.

Por isso é que eles não entendem, coitadinhos. O José “Socas”, como é conhecido lá no bairro, comunica, ou antes, taxa o aumento. Tudo o resto é produto da imaginação de milhões que querem mas não podem.

PS: Eles teimam em dizer que a inflação é de 2,1% mas esquecem-se que o resto, tudo o resto, aumenta em valores superiores.

terça-feira, dezembro 4

O meu Sporting



Nunca devemos negar as nossas convicções e é com essa ideia que divago desta vez. O título e a imagem completam o resto. O meu Sporting anda mal. Junta boas performances europeias, que empolgam os adeptos, a vitórias morais que não nos chegam a aquecer o coração. Cá dentro com o Fátima foi difícil e aos empurrões, com o Louletano só Deus é que sabe e para o campeonato o pecúlio é mísero. Em doze jogos o saldo para o primeiro é negativo em doze pontos. Um ponto por jornada. O raciocínio agora é: “de quem é a culpa”. Pois bem a planificação das necessidades foi bem feita já as escolhas foram pouco menos que desastradas. É certo que o Sporting é um clube que prima pela diferença mas queremos, e quem lá está também quererá certamente, ser igual aos bons, isto é, ganhar! Surgem então a boa política de comprar bom e barato (coerentemente isso é uma complicação) e, vai daí, aposta-se em jogadores com cartel mas que de algum modo estão esquecidos ou então, com pela de abutre, esperasse pelo jogador bom em fim de contracto que quer mudar de ares. De mão dadas com essa política está excelente aposta na formação. Formam-se jogadores de bom nível. Jogadores com carácter e que mostram vontade por chegar à primeira equipa. E nesse princípio, o Sporting teve a sorte e o engenho de conseguir formar jogadores de grande valia, não vou estar aqui a dizer quem. Outros estão na calha. È neste difícil equilíbrio que vive o meu Sporting, sempre com a finalidade de pagar os erros anteriores e que pesam nas contas do clube. Pois bem só assim parece que não chega. O treinador é honesto, conhecedor e trabalhador, logo, não é coerente exigir mais. A equipa de administradores já mostrou ser capaz de conseguir fazer bons “castings”. O Presidente, meio agoniado ultimamente, tem feito o que prometeu (reduzir o passivo) e meter-se o mínimo possível no departamento de futebol (deu estabilidade). Assim sendo o que falha. Recorro algumas vezes a este raciocínio que a Red Bull pegou para se fazer anunciar. Se temos um barco a remos com duas filas de remadores, se uma não rema, o barco faz piões na água não saindo do sítio. Pois bem é isso que está a acontecer ao meu Sporting. A táctica é exigente daí que se peça aos jogadores perfeita forma física, mental, técnica e total disponibilidade. Se fosse uma receita seria a vontade de um bicho esfomeado, com a astúcia de gato, com a potência de uma chita e com a disponibilidade cega de um zombie. Pois bem, o que vejo é algo diferente. Acredito que há jogadores bons no plantel, há jogadores em crescimento, há jogadores a pedir mais adaptação mas também há jogadores maus. Neste momento não creio que o Sporting, na pessoa do Paulo Bento, tenha material humano para construir uma equipa competitiva já que existem alguns flops, algumas lesões e um terrível pavor ao erro. O problema de errar é quando nãos e aprende nada. O Guarda-redes errou é certo mas é novo mas tem aspecto de que sabe o que está ali a fazer, entende-se com os defesas e tem imensa margem de progressão, por isso, deixe-se ficar. O Baía quando começou também era um ingénuo, vi-o chorar por levar cinco batatas mas lá se fez um bom guarda-redes e chegou onde chegou. O que não aceito é que um menino que ainda há um ano assinou contracto, venha agora dizer que quer ficar mas as pessoas também têm que querer – mais dinheiro. Pois bem o problema é simples – até 2013 tens contrato e por isso enquanto alguém não bater o cacau (30 milhões que o menino assinou de livre e espontânea vontade) o teu sito é em Alcochete. Que tenha juízo, o Pai que lhe ensine algo que deve saber, e que se dedique a jogar bola pois é isso que o fará sair para outros lugares. Como prova de boa fé, sentem o rabinho da peste no banco. Por último. Às compras sim mas com juízo, já que perdido por perdido não se perde também o dinheiro. Comprar mais valias sim para orientar a equipa para o que ainda se pode almejar e alicerçá-la segundo o lema do clube.

PS: Na formação de carácter e espírito é que há algo a melhorar...

sábado, dezembro 1

Senso comum



Que vale o senso comum nos dias de hoje? Estaria aqui pano para mangas, logo a abrir poderia estar a questão: Qual é o problema do senso comum? Nos dias de hoje não existe um senso comum alargado mas sim, e cada vez mais, um senso comum individual. São esses que explicam que seja sensato a um aluno que responda a um professor e que nada aconteça, ou que um pai ligue para o telemóvel do filho em tempo de aulas e fique indignado se o professor não deixa o filho atender, ou que se deixem morrer uma série de pescadores a 30 metros da praia por falta de uma ordem, ou que um reformado que ganhe 550 euros mensais seja considerado "classe média" e, como tal, possa pagar impostos ou que a uma pessoas com quatro cancros seja rejeitada o reforma antecipada, ou então, e para finalizar, que ao fim de 6 anos uma menina 6 anos e meio, de nome Iara seja retirada da sua família de adoção para ser entregue à mãe biológica passando a chamar-se, em modo automático, de Anabela.
O senso comum antes dava-nos a capacidade de resolvermos as questões de modo natural, educado e coerente, hoje em dia o senso comum chama-se, neste último caso da menina, Constituição da República Portuguesa e é ela, mais a leitura de um Meretíssimo Juiz, que permite que esta menina se ligue e desligue como se de um Nenuco se tratasse.
A lógica surge como missão impossível com Homens destes.

Greves


De que vale uma greve? Para os funcionários privados a palavra greve é sinal de: 1.º- aborrecimento, já que o seu dia poderá ficar arruinado quando este se cruzar com os serviços públicos; 2.º- como o seu direito à greve, apesar de estar consagrado na lei, está sujeito a represálias internas, o mesmo não é exercido e talvez por isso o achem uma vergonha e uma injustiça. Para os funcionários públicos é a perda do vencimento do dia e a inconsequência da medida em si, leva a que seja um direito cada vez menos exercido.
E lá fora? As greves são encaradas de maneira diferente, são convocadas poucas vezes, só a mera hipótese provoca grande alarme e, quando o são, têm um peso massivo e conduzem, normalmente, a mudanças. Em Portugal acontece o oposto. A população, ao contrário do que acontece lá fora, não se reúne em torno do mesmo propósito, criando divisão, aumenta a força da outra parte, passando a greve como algo inconsequente. Outra coisa situação incompreensível é a diferença nos números da adesão, mostrando que realmente este país tem uma relação complicada com a matemática. Nunca ninguém sabe, mesmo depois da vontade confirmada e consubstanciada em fiscalizar, quantos trabalhadores da função pública fazem greve. Acho que aqui a comunicação social ou o INE poderia ter um papel clarificador bastante valioso.
Aliás no que respeita a contas, a diferença entre o governo e tudo o resto (comissão europeia, sindicatos, partidos da oposição, sociedade civil) é uma constante e sinceramente não se entende porquê.
Outra questão prende-se com os chamados “direitos adquiridos” e com as condições salariais desse parte da sociedade. Certo é que, em termos globais, a função pública ainda é um local bastante apetecível. Comparativamente, a função pública é melhor no sector médio e baixo. No sector privado a questão salarial bate, sem apelo nem agravo, o sector público no que se refere a uma posição mais elevada. Apesar disso o facilitismo na função pública dá azo à pouca responsabilização das chefias o que leva a uma relação compreensivelmente complicada com a sociedade devido a uma desorganização de meios materiais e humanos. Na função pública existe de tudo, como em todo o lado só que no sector privado, quando as coisas não funcionam acabam em “suicídio empresarial” visto que as pessoas deixam de fazer negócios por lá e a alternativa existe.
Já o sector público oferece muitos serviços exclusivos e isso leva a que, não existindo alternativa, as pessoas se sintam encurraladas na “burrocracia” e sempre aborrecidas quando o serviço não é resolvido num tempo que acham coerente. Mas existe uma coisa que eu não entendo. Sempre que se pede opinião a alguém fora do sector público sobre as greves eles dizem “se estão mal que mudem de trabalho” ou “eles já ganham tanto e ainda querem mais” ou “têm tantas regalias que deviam era ter vergonha”. Considero que a fazer-se um acerto público-privado, esse acerto deve ser feito com responsabilidade e nunca numa situação de mais para menos, explico.
O que está bem será alguém que ganhe 450 euros por mês ou será que o que está mal será que alguém ganhe 600 euros por mês? 1.º- 600 Euros por mês é pouco, acho que não há discórdia; 2.º- se 600 está mal, 450 estará pior; 3.º- não é sinónimo de eficiência, qualidade ou de competitividade a existência de baixos salários e quem se rege por estes princípios pode ter um curso e ser até ministro mas da estupidez não foge; 4.º- o acerto a fazer-se será sempre dos 450 para os 600 e nunca ao invés; 5.º- no sector público nem todos ganham 2500 euros por mês, aliás e como disse atrás, serão só mesmo as chefias o que lhes confere, ou deveria conferir, exigência e profissionalismo. Devia existir mais competência da parte das chefias e alguma facilidade em afugentar a ignorância e a falta de profissionalismo.