sábado, abril 30

A mudança "em tromba"



Andava com os meus alunos em visita de estudo em Lisboa no dia de ontem mas estava longe de perceber o que sucedia a pouco quilómetros do local onde nos encontrávamos. E digo-o com algum conhecimento de causa porque mesmo andando em manga curta, não me apercebi do abaixamento de 8 ºC na temperatura que se verificou em Lisboa naquela altura. Na comunicação social vi que foi registado um abaixamento repentino dos 22 ºC para 14 ºC o que possibilita explicar o sucedido e deixa o registo de que este tipo de fenómenos que, segundo relatos de quem monitoriza o clima "nunca haviam sido registados dados destes", dão força à ideia que convém dar-lhes valor, ver mais além e que a melhor maneira de actuar é através da prevenção. Aos anos que se vê na tv que o escoamento de certas zonas de Lisboa é insuficiente. Esventre-se o solo e coloquem-se anilhas ao estilo "pombalino" para que não se repitam estas imagens e que, quando estas, se estas, voltarem a acontecer, não se lamentem sequer os danos materiais que se verificaram no dia de ontem.

Vagabundem :)



Todos devíamos poder, por gosto e não por vicissitudes da vida, vagabundar pelo mundo fora. É uma escola que só acaba quando ao dinheiro acontece o mesmo :) encontramos coisas bonitas, feias, duras, apaixonantes, de tirar o fôlego ou de fugir, amigos e indesejáveis e em todas elas aprendemos. Um verbo de futuro: vagabundar.

A miséria mental - acabem-lhe com o sofrimento


Tenho andado algo ocupado e os tempos livres têm sido utilizados noutras lides. Nem a interrupção pascal permitiu "esticar aqui as pernas" mas hoje, acordei quase à hora de sempre e voltei-me para um dos meus programas "fetiche". Ao ouvir o governo sombra percebi que tenho andado pouco informado porque descobri com eles umas declarações de um vice-presidente do psd que apontam para a minha existência miserável. Eu cá já desconfiava, apesar dos esforços nomeadamente dos meus pais para o contrário, mas é oficial, quem recebe mil euros por mês está na miséria. O vídeo é explicativo e carece, e mais uma vez, de comentários vocais, tal como não os tecerei relativamente a outra notícia que se me escapou a propósito de uma verborreia mental passada ao papel - e aqui páro, pouso, respiro e com a vénia explico que nem sei a que propósito vem esta discussão, muito menos este título tão sugestivo "um cretino é um cretino", que rivaliza com o não menos surpreendente "estar morto é o contrário de estar vivo", só penso sinceramente já não sei, que isto não são modos nem para os meus alunos, quanto mais para um qualquer cretino público mas...
Para arrematar e arremessar o artigo ao mundo, dizer apenas que fogem-me o resto das forças e do ar quando vejo pessoas a defenderem o primeiro-ministro na tsf, quando vejo sondagens que só podem ser compradas - só uma questão: quando são servidos não gostam de ser bem servidos? outra, já algum aqui foi contactado para participar nalguma sondagem? São aleatórias, não teria já "dado a volta" e não deveria ter sido e contactado para participar numa dessas fazedoras de opinião? - quando vejo que a paralisia mental portuguesa de mantém confinada às soluções de sempre. Não digo que os partidos menores sejam alternativa credível mas os maiores não o são seguramente e relembro um apelo de Saramago que um dia disse, em modo de metáfora, que a solução está no voto em branco. Eu retiro o modo "metáfora", votemos em branco ou peguemos em "cravos" e dê-mos paz a essas almas sorvedouras de recursos que são nossos e desprovidas de valores e ideias.

quarta-feira, abril 13

Humor negro "à portuga"

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"Greve de fome sim, mas primeiro há que assinar o formulário. A partir de agora qualquer preso que queira iniciar uma greve de fome tem de declarar essa intenção por escrito e esperar que a sua pretensão seja confirmada por um funcionário do respectivo estabelecimento prisional. Este, por sua vez, tem de passar ao papel as razões que levam a o recluso a privar-se dos alimentos."

Até escrever sobre esta espécie de notícia me foi custoso, agradeço o texto do público. Qualquer dia é preciso o papel para aquilo que te falei no outro dia, acolá do sítio, na hora de sempre... o vinte e cinco de Abril realmente foi bom para muita gente, permite que dementes possam ter a oportunidade de criar coisas destas, é tão bom saber que eles andam aí, a orientar a coisa pública...

O dia d'ontem fez história, há 50 anos

segunda-feira, abril 11

Há olhares que...



Por falar em sadismos... O público apresentou esta imagem para compor a nova novela portuguesa. Parei nela e até a "pedi emprestada". Eu não acredito em Deus(es) ou Judas escariote e demónios afins mas a cara do jovem engravatado com a chancela europeia (das estrelitas) ao lado esquerdo, segundo a foto, do nosso... vá chamemos-lhe ministro é, no mínimo, sugestiva. Aquele é ar de quem:

1. Está a fazer um frete;
2. Disse à namorada que ía aparecer ao lado de um grande político europeu e depois... vergonha;
3. É o olhar de belzebu, leia-se FMI, BCE e demais siglas de quinhentos milhões de euros, que está a pensar: ui... as "cócegas" que vos vou fazer e nem alma têm para vender.
4. Também pode estar com um valente pifo e acordar pela manhã não deu jeito, ainda para mais para vir receber pelintras, mas... nahhhhh, não acredito.

Não me afastando das temáticas económicas vejam sem falta o filme/documentário "Inside Job" como se (para as meninas) se estivessem numa loja da prada ou, (para os meninos) como se fosse a eleição da miss t-shirt molhada em cerveja e "tramoco". E depois disto, divirtam-se e só para variar e quebrar a rotina deixem o coelho em paz de vão fazer a folha ao perú.

Há coisas que só cantadas ficam bem



Na "paragem" à espera que passe a "automotora" que me vai arrastar pelo resto de tarde e ao longo do princípio da noite, aos "empurrões", em reuniões intermináveis... E lá fora o sol brilha, nada melhor que uma música sádica :)

quarta-feira, abril 6

Pois é... "bela méda" arregaçar as calças


Não havia voltas suficientes no relógio, nos dias, no calendário, mesmos nas nossas vidas que pudesse evitar o que sucedeu. E não venham os "donos da verdade" com a espada da "sua" verdade, fora da baínha, culpar este e aquele, culpar isto, aquilo e o acolá. De que serve medir o tamanho da culpa? De que serve tentar os responsáveis? Acontece algo por estes lados? Mete tudo dó, mete tudo pena, mete tudo asco, revolto-me só de pensar nisto. É mais agradável olhar para uma parede em branco do que para esta coisa de nível indiscritível. (Foi um palerma à tv e perguntaram-lhe: olha que andas a fazer? Vou pedir dinheiro! Hmmmm pelintra, bela "méda" pedir dinheiro, não gosto nada.) Desliguei. Fui ao frigorífico, tinha tudo. Debaixo da cama não vi ninguém. Com a luz apagada vi que a lua está ali, meio "comida" mais pela fase do mês do que pelos papões que vêm aí. Os bolos, ninguém lhes mexeu. Pensei que a desgraça ía cair de rompante e sem misericórdia. Pode ser que se confundam e me levem o lixo... Acho que hoje é dia de celebrar. A partir de amannhã ou, no mais tardar, até Agosto e por uns dez anos, a vida vai andar para trás por isso nada melhor que entrar na desgraça, desgraçado. Levante-se o copo e brinde-se à morte dos políticos nacionais, que os seus boys pereçam em breve e o povo tenha a decência de não permitir que nenhum ande sossegado nas ruas deste país. Espanha, next. Pois, porque a jogada era essa. E a Inglaterra que abra os olhos. Sò quando estas agências, dominadas por economistas e abrutres semelhantes, que deram o coupe de grace a este país, caírem em desgraça, tudo voltará para a mão dos estados, ou seja, das pessoas. Aí haverá de novo razão para celebrar. Este capitalismo desenfreado e maquinal caminha lentamente para o suicídio. Em Portugal, este será o terceiro dia de infâmia da sua história recente.