quinta-feira, junho 13

Porque às vezes é preciso...




...ir buscar coisas que nos ajudem a ter orgulho neste país já que são demais as provas do contrário. Respirar fundo, encher o peito e deixar a fugidia linha do horizonte fazer a sua parte. E ao vivo isto faz, se cabe, tão mais sentido.

António Zambujo e Rancho de Cantadores de Aldeia Nova de São Bento

125 anos Pessoa - maior poeta português, na minha opinião

 
 
Da minha aldeia veio quanto da terra se pode ver no Universo...
Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não, do tamanho da minha altura...
Nas cidades a vida é mais pequena
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.

Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave,
Escondem o horizonte, empurram o nosso olhar para longe de todo o céu,
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar,
E tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver. 
 
Pessoa para sempre

quarta-feira, junho 12

Ex-ministro "toureado" em directo - deste lado só orgulho no Paulo



O ex-ministro da educação, engenheiro Couto dos Santos, surge neste debate da sic notícias a ser toureado pela força da razão, da informação fundamentada, da ética e da moral numa tempestade social, política e educativa que já existe há tempo demais. Pobre imagem de um ex-governante às mãos de um enorme, e sim vou chamá-lo, colega que sempre representa esta classe profissional ao mais alto nível.
Um sentido obrigado ao Paulo (Guinote). Aos sindicatos uma frase: ponham ali os olhos, os ouvidos, ponham tudo ou desviem-se. Ao ex-ministro e ao encarregado de o enviar para aquele sacrifício uma ideia: senti vergonha alheia pelo triste espectáculo a que se deu. Era esperado mais de um ex-governante ainda para mais do ministério em causa. Confirma a suspeita que ou é ignorante ou no dito ministério só não manda o ministro. Esta é, e só acreditará quem dizer obviamente, uma disputa que não teria razão de o ser se as pessoas parassem e se informassem sobre o que está a acontecer, como disse, há demasiado tempo.
Aos meios informativos uma chamada de atenção: a tarefa noticiosa não se resume ou cinge à passagem de informação desinformada. Interessa não manipular a(s) realidade(s) mas sim recolher todos os dados para de um modo isento, a mesma se faça chegar à sociedade mostrando o que realmente está em causa. Assim quem quiser e se orgulhar de ter sobre os ombros um melão pensante, poderá tirar as suas conclusões e assumir uma posição convicta, leal e informada. Isso é aquilo que não acontece e seria bom pensarem na razão porque a sua existência está posta em causa (menos jornais vendidos, decréscimo no visionamento dos principais canais) para que um dia não se vejam confrontados (ainda que isso já seja uma realidade) com o que aconteceu no canal noticioso público grego. 
As bases de uma sociedade são não só mas também uma comunicação social livre e isenta e uma sistema educativo sólido e pacificado.