domingo, julho 29

20 valores


Os bons exemplos devem ser sempre reconhecidos e premiados. Ora é nessa perspectiva que escrevo sobre um grupo de alunos de Braga que acabou o secundário com média igual a 20 valores! São 8 de um universo de 75 que conseguiu o feito. Excelente, para eles, para os pais, para os professores, para a escola e para o país se os souber tratar bem. Esta insuperável média assenta nos pilares que advogo para que se banalizem mais estes casos de sucesso. Alunos com interesse, professores capazes, pais interessados e exigentes com os miúdos e uma escola que disponibilize não condições excêntricas mas as necessárias. De referir que este jovens, não prodígios, mas profissionais, interessados, adultos e brilhantes irão ser acompanhados por mais duas dúzias de colegas de escola que alcançaram média suficiente para ingressar em medicina (o cálice sagrado).
Do método inovador deste colégio apenas transpareceu uma situação: Desde o início do ano e pela importância do mesmo, os teste de avaliação (confeccionados pelos professores de todas as disciplinas) realizaram-se aos sábados pela manhã numa conjuntura em tudo igual aos exames nacionais, isto é, duas horas de duração, vinte alunos por sala dispostos por ordem alfabética e... aos sábados pela manhã. E deixo a questão dos sábados após reticências porque, não sendo isto uma descoberta estonteante e que eu estranhe, é sem dúvida uma medida que se orienta no interesse de todos, mas tal só é possível quando as regras são passíveis de serem moldadas consoante as características próprias do meio. As escolas por todo o país devem oferecer condições para que os meninos aprendam, mas as escolas devem ter possibilidade de reformar as suas características de acordo com todos os agentes educativos (meninos, pais, professores) no intuito de procurar a excelência que é isso que deveria ser o objectivo de tudo, algo diferente do que se sente.
A arrogância das medidas de Lisboa, no que se refere à propaganda da aposta na formação dos que abandonaram a escola, tolda as mentes das pessoas e passa a ideia de que a formação é uma realidade. Estas medidas só têm comparação com as passagens administrativas do após 25 de Abril. Não há muita gente que visite este blogue mas se por coincidência algum jornalista passar por aqui os olhos aconselho-o a investigar isso, a saber como decorreram as aulas e como foi feita a avaliação, as regras que o ministério enviou depois e talvez se depare com uma realidade interessante - professores sem saber o que inventar e a oferta de diplomas a analfabetos e pior que tudo, sem que os mesmo mostrem interesse por aprender nada. Evidente que existem excepções mas... E para quê? Para fazer boa figura lá fora nas estatísticas da UNESCO. Adiante...
Excelência sim mas em tudo. Assim sendo espero que, necessitando o país igualmente de outros profissionais, o empenho pela melhor média seja uma realidade nacional mas que não se afunilem os gostos apenas a medicina, porque sem um electricista o Mercedes do médico não anda!

2 comentários:

Fujiko disse...

Palmas entusiásticas, de pé, a gritar bravo! E noutra máxima escala: 5 estrelas!

Great Houdini disse...

Eh eh eh

Fui o primeiro a espreitar o perfil da Fujiko !!! Toma Adamastor roi-te de inveja!

Mas esta Fujiko é muito agarrada nas notas, 7 estrelas no minimo!

Isto já para não falar da vergonha de alguma formação profissional.

Afinal consegue-se fazer bem!