sexta-feira, julho 27

ABSOLUTAMENTE A NÃO PERDER



Só a morte vos pode impedir de ver este documentário. Farei questão de o passar nas escolas vezes sem conta para alertar a juventude. Para os educar desde pequeninos. Grande jornalista aquele que teve coragem para o realizar. Provavelmente não terá a vida facilitada a partir dele... Só se não puder é que volto a gastar um cêntimo que seja nas empresas destes ladrões. E estas ratazanas políticas se as vir tratarei de lhes explicar a minha posição sobre a sua existência de puras putas! Não os confundir com prostitutas, genuínas e verdadeiras senhoras que ganham o seu dinheiro de um modo completamente honesto e às claras. 

terça-feira, julho 24

Moralidade unidireccional


"à mulher de César não lhe basta ser séria, tem também de parecê-lo.

Isto a propósito das descobertas da inspecção geral das actvidades em saúde, que encontrou duplicação de pagamentos ou de remunerações acima da média para os médicos. Ora se me pareceu bem que o bastonário viesse criticar a situação também me parecia normal que o bastonário viesse criticar os médicos que estavam nessa situação. Já são maiores de idade e devem saber se estão a roubar o erário público. Mas não. O bastonário vem dizer que a culpa é do sistema que passa a vida a mudar as tabelas. Raios...os médicos, pelo menos aos olhos do bastonário, nunca têm culpa de nada. São seres acima de qualquer suspeita. Como será que as pessoas verão esta situação de que os médicos ganham acima da tabela ou de que estes têm dupla remuneração? "Vão mas é trabalhar malandros! Estes gajos o que querem é não dar aulas! Querem é continuar a não fazer nenhum e a ganharem muito e a faltarem sem que nada aconteça! E onde é que eu deixo o garoto!? Tenho que ir trabalhar! Rua com os professores!" Mas senhor eu perguntava dos médicos...
Senhor bastonários fica-lhe bem alguma honestidade e é sua responsabilidade a defesa da classe. Não se defende um filho quando este rouba um chocolate e não se castiga, se repõe o dinheiro e se leva o rebento a pedir desculpa. É o problema de este ser um país soalheiro. Muita gente tem casas com telhados de vidro onde guarda uma moralidade de dedo de riste apontado sempre para fora e nunca para dentro.

Mãe posso ir de super-homem!? Podes mas só hoje ao pé daqueles meninos tótós

Não sei se já se aperceberam mas, por exemplo, nas reuniões do Presidente da República ou nas reuniões da concertação social, nunca há imagens, nunca há som do que se passa no seu interior. Saem cá para fora e cada um conta o que se passou lá dentro. Várias vezes ou sempre as versões não batem certo.
Ora ontem "a virgem" encorpou no primeiro ministro e... por magia! e este disse, num léxico que muito agradará ao pagode, porque se entende de norte a sul de este a oeste, desde a quarta classe até aos meninos licenciados como relvas, que "se lixem as eleições, o que interessa é Portugal! soube-se porque onde nunca há nada mais do que uma porta que se fecha, houve vídeo! E houve som! Só não houve foguetes ou orgasmos múltiplos, pelo menos, visíveis em vídeo. E o nevoeiro...
Dom Pedro Passos Coelho, na sua montada branca e alada desceu sobre os laranjinhas parlamentares e abençoou-os com a sua pessoa piedosa, justa, honesta e audaciosa prometendo a salvação nacional nem que seja à custa deles próprios. Se fosse um congresso, teria que vir alguém explicar o que se tinha dito e concluir: talvez seja melhor votarem de novo. Ali, como ninguém explicou, bateram palmas e babaram-se em êxtase.
Espero que o vernáculo e a incorporação do ar virginal não vingue pelo pagode abaixo. Mais uma nota: apareceu para um jantar mas não para ir as terras pintadas a negro. Apareceu mais magro mas não é doença, é antes dieta e ginásio. Naturalmente. Óbvio. Estamos em plena época estival e este semi-deus não pode ir a banhos (este ano parece que a urgência já não o fará não ter férias) naqueles preparos balofos. Tem outra vantagem. Se o virem naquele aspecto anoréctico, este funcionará como um par de óculos. Não se bate numa pessoa de óculos ou doentinha... 

...e continua o erro crasso


Faltam, mais coisa menos coisa, cinco semanas do arranque do ano lectivo. Por esta altura as escolas deveriam estar com o próximo ano lectivo quase preparado e estando apenas a alinhavar as pontas e aqueles pequenos imponderáveis ou situações que vão ocorrendo. Saber o número de alunos e as regras para a distribuição do serviço fazem parte do mínimo indispensável. Até ao dia de ontem, as escolas haviam recebido tantas alterações nessas ditas regras, como os noticiários foram dando conta, deixando as mesmas o sistema à beira de um ataque de nervos, frustrado e em alguns casos em profunda desorientação. 
Pois bem, num volte-face inesperado mas tendo em conta o ministério em causa e o ministro em particular, já seria de esperar…o ministério enviou uma nova circular às escolas onde indica as novas orientações para a redução, ao máximo, de professores com horários zero. A ideia é que a estes lhes seja distribuída qualquer tarefa para que estes não fiquem nas escolas, cumprindo a crata ou crassa promessa, de que nenhum ficaria sem horário. As novas ordens alteram as orientações pela enésima vez. Qualquer coisa como: oh chefe então como é? Eh pah põe tudo por ordem alfabética…(1 hora depois…) ou melhor coloca por cores…(1 hora depois…) ou melhor coloca por tamanhos…(1 hora depois…) ou melhor distribui pelo peso…(1 hora depois…) ou melhor distribui por vectores! Hein!? Oh chefe entenda-se!
É assim ou tem sido assim…e lá lê-se que, "considerando a necessidade de garantir a ocupação de tempos lectivos a todos os docentes relativamente aos quais se venha a verificar a ausência ou insuficiência de componente lectiva, cumpre estabelecer orientações para a melhoria de distribuição de serviço docente em cada agrupamento ou escola não agrupada". As escolas devem "abrir ofertas no âmbito do ensino recorrente, distribuir componente lectiva no 3.º ciclo aos docentes de Educação Visual e Tecnológica e afectar docentes de carreira de Potuguês e Matemática "às actividades de apoio ao estudo" no 1.º ciclo do ensino básico, situação que viola alguma lei uma vez que todos os professores, pela formação académica, estão sujeitos às suas habilitações e ser professor de 1.º ciclo não é o mesmo que ser de 3.º ciclo ou secundário. Ou seja o ministério passa uma novo certificado de habilitações “em pó” ou à lá relvas aos docentes.
Se isto não acabar com os horários zero, propõe-se uma longa lista de actividades que podem ser distribuídas aos professores com ausência de componente lectiva: apoio à biblioteca, activades de orientação escolar para alunos do 8.º e 9.º anos, programas de tutoria, actividades de apoio pedagógico acrescido, actividades de aprofundamento da língua portuguesa que facilitem a integração de alunos oriundos de países estrangeiros, lavar o carro do director, cortar a relva das áreas verdes, agitar um abano para correr um ar fresquinho na direcção, fazer constantes e incessantes comentários de motivação a quem vai leccionar, tipo cheerleaders.
Não fosse a besta crassa, a saída desta situação seria basicamente diminuir o número exageradíssimo de alunos por turma. Assim, continuamos a brincar com a vida das pessoas. Uma saudação especial para o grupo de pessoas que optou por reunir todos juntos com o ministro e não em separado. Quer isto dizer que finalmente se chega à conclusão óbvia que o discurso não era o mesmo para todos. O chamado divide to conquer.

segunda-feira, julho 23

domingo, julho 22

O passar do tempo e o reviver implacável do mesmo fado


A maioria das pessoas que vem ao blogue ler-me, conhece-me e sabe de onde sou. Para quem não sabe, deixo uma dica: estou sentado na minha sala com as janelas abertas olhando o sopé da Serra da Estrela e a cidade da Covilhã. E porque digo isto hoje? Também estou virado para a minha tv que passa há já demasiados dias as imagens deprimentes dos fogos florestais. Passam estas imagens e do Governo não há uma mínima palavra como se por esta altura as populações e os bravos bombeiros estivessem ao abandono.
Diria que estão na realidade. Não se sabe dos ministros, não se sabe de quem governa ou faz que governa o pagode.
No meio de tanta desgraça em tons tão intensos como as temperaturas dos dias e dos fogos deflagrados, dei por mim a olhar para a minha encosta serrana, aquela que já vi arder e ficar em completo luto, tal como a cidade. Ver tudo negro, morto e passar por essa situação foi das situações que melhor me lembro dos anos noventa. Sempre vi noticiários obrigado e ganhei-lhes o gosto e tenho presente que o primeiro grande incêndio em Portugal aconteceu precisamente nessa época. Lembro-me muito bem do antes e do depois. Da vida completa e colorida à morte negra e desoladora. Foi assim. E tem sido assim uma vez que a minha serra não voltou e nem voltará a ter a mata que outrora envergava. Agora olho para lá e também para os noticiários e penso que, qualquer dia, ainda que não haja mais do que mato e giestas para serem consumidas, o fogo há-de voltar a iluminar a noite, o ar quente e irrespirável há-de ter que se inspirado de novo, havemos de ter de ajudar outra vez e ficará no final tudo como esteve há mais de vinte anos atrás.
Estará a ser feito algo para que isso não suceda? Nada, como também não foi feito no resto do país. O combate aos incêndios só se sabe fazer com tanques cheios de água e combustível, peitos cheios de força e resistência e contratos de meios aéreos seguramente a peso de ouro. Mas o combate não se faz assim. Faz lembrar a segurança das viaturas. Existem dois tipos: a passiva e a activa. Ninguém considera que um para-brisas ou a suspensão é dispensável nos carros mas ainda assim só se lembra que são os travões, os pára-choques, airbags ou os cintos de segurança que sustêm a vida no modo activo. Pois mas os outros também são essenciais. 
O mesmo sucede com a prevenção e esta não existe. Aquela encosta que se ergue maciça e portentosa diante dos meus olhos poderá pouco sem a justa prevenção. Aquela encosta deveria estar limpa (peguem no presos, nos beneficiários do RSI, nos militares e também em voluntários - eu vou), deveria ter caminhos abertos para facilitar a limpeza e o combate aos incêndios (que hão-de voltar) e não os passeios próprios d'época porque a malta continua a ser burra - é irreal continuar a ver condutores a deitar beatas, algumas ainda vivas, para a estrada -  e deveria ser convenientemente vigiada.
Acabem com as queimadas estúpidas, punam os prevaricadores e enrijem a legislação de manutenção para o privado e o público e as penas para os incendiários conscientes ou negligentes. Promovam o retorno do pastoreio e de todas aquelas artes antigas que mantinham e preservavam aquele ouro verde. Em preto, aquela e todas as encostas, não servem para nada. Parece que quem decide, as bestas políticas, ganham com estas desgraças. E das duas uma: ou ganham e merecem ser empaladas ou então não sabem mais e para além do normal empalamento (são políticos têm que ser empalados) devem ser destituídos para nunca mais voltarem. Temos que ser mais exigentes...
Das imagens que vejo sobressaem a falta de coordenação, a falta de combate à nascença, de meios (impossível ter meios para combater as frentes que se deixaram crescer) e o silêncio surdo de quem manda. É ridículo. E aqui da minha encosta... Vai fazer-se algo? Vai a região de Turismo da Serra da Estrela ou a Câmara Municipal da Covilhã precaver-se? Nada. A região de Turismo é um poço putrefacto de cunhas e boys. De alguns já é uma sorte a capacidade que têm em saber escrever o seu nome sem erros e letra legivel. E da Câmara? Igual. Só apetece mesmo insultar o bem falante edil camarário para que a notícia e a procedimento judicial se construa (como já aconteceu) para com a publicidade do caso alertar para o facto. Mas o Sr. Pinto tem mais que fazer, nomeadamente, respirar, manter o bronze e fazer que estuda. Pena que tenham dado com o esquema à lá Relvas não é Sr. Pinto... já não vamos fazer tantas cadeirinhas... Gostei de vê-lo com a máscara de preocupação em relação aos desgraçados trabalhadores do data center da PT em cujos terrenos, os melhores da cidade descontando a encosta protegida por leis a cobro da estupidez autarca, se ergue e que foram cedidos à borla ao Sr. Bava. isto para já não falar no negócio da barragem... Mais um que não merece o ar que respira.

sábado, julho 21

O movimento de verão do perpétuo

 . 

É normal ouvir falar em, por exemplo, "projectos" ou "movimentos". Estes andam sempre de volta do facebock, essa plataforma que não conhece os meus préstimos... pelos menos directos uma vez que já me disseram que houve transporte de coisas de "cá" para "lá". Porreiro! Eu por "cá" não me importo ainda que gostasse mesmo de ver o resultado que acontece por "lá" com eles. Mas nem mesmo essa curiosidade me leva a quebrar os "meus votos" e a não fazer parte dessa rede de contactos (diz quem por lá anda) ou de pesca (digo eu, que acha que mais cedo ou mais tarde isso dará dissabores aos nadantes...).
Bem onde ia... Então estamos a entrar na época estival. A malta vai fazer o desporto mais querido: despejar-se num qualquer metro quadrado de areia fina, ou não, de fronte para um mar imenso, de água límpida e quentinha, cada vez mais, besuntados de cremes vários, e bem, a fazer nenhum! :) Pelo meio, umas bolas de berlim que tudo lambuzam, umas amonas e pirolitos por entre umas jogatanas variadas. É no meio disto tudo que eu decidi criar um movimento que espero que faça escola durante o verão e espero que, se o mesmo tiver repercussão no facebock, esse me seja comentado ali por baixo no local próprio com links ou coisas várias. O movimento intitulo-o de: 
"O teu político deu-te muito! Neste verão dá-lhe a tua melhor amona!"
A ideia está boa de ver e até não deve ser difícil de concretizar. Em tempos de dureza, o primeiro-ministro pediu aos ministros que fizessem férias cá no burgo. Assim sendo eles hão-de andar por aí estatelados, besuntados e repimpados. Se os virem no acto de refrescamento, leia-se na banhoca, corram até lá. Façam o tubaronismo (acto de te fazeres passar por um tubarão naquele mergulho furtivo) e quando estiverem próximos saltam da água e dizem: "Sr. Ministro, respire fundo! Isto é uma amona!" e zás... amoninha da boa, fresquiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiinha, revitalizante e em justa retribuição dos tempos vividos. E que esteja um compincha de tripé montado, entenda-se de câmara em punho, dedo no gatilho e firme na posição, para poder imortalizar a amoninha. A melhor amona leva um prémio excelente. A amona "simpatia" ganha um prémio muito bom e as restantes menções honrosas. Também haverá prémio para o maior pirolito! Força nisso!

(des)Evolução

Tudo pode ser diabolizado. Apenas depende do tempo, do modo e do acaso.

D'hoje. Sinais dos tempos...