segunda-feira, março 18

About Gaspar "tripes"

E o acumular de más previsões começa a deixar a ideia no ar de que o Ministro das Finanças não é muito competente... demorou um pouco para que tal facto viesse à tona no meio de tanto elogio às capacidades técnicas e "tácticas" deste monstro dos números. E nem mesmo o monstro das bolachas para rivalizar com tamanho monstro da incapacidade, impreparação, inadequação e na destruição, desta feita, não de bolacharia vária mas de postos de trabalho e da economia que os sustentava, de metas de défice ou da dívida ou da execução do orçamento. Bom bom, é o faz de conta - o faz de conta que isto está a resultar aos olhos daqueles que gostam de ser enganados ou se deixar que outros o sejam quando eles sabem que o engano é, por si, enganador. 
Mas talvez a culpa não seja do ministro mas sim de algum vírus que lhe atacou o ficheiro excel, o vírus Portugalum Realitix. Ou, para aqueles que acreditam que o ministro não o é tanto mas sim um mestre astrólogo, género mestre "Karamba pró-excele", talvez a culpa seja do astros que ele julga que se movem à volta e em função de um país que ocupa o centro dum universo psicadélico assente numa quietude celestial. A culpa mesmo é do tanso que o escolheu ou... A culpa aliás é de tanta gente que longe de morrer solteira, ela seria vista era como uma meretriz. Talvez seja a altura do ministro da saúde tomar conta disto, da cegueira do ministro das finanças. Ou talvez a da agricultura e mande abater o espécime. Ou talvez o da educação que o mande para as novas oportunidades. Ou talvez a da agricultura, que também é das pescas, que ensine o ministro gaspar a pescar algo, nem que seja no prato. Ou talvez o emprego oriente o ministro nas suas reais capacidades. Ou talvez... o raio que o parta.

domingo, março 10

Wind in my hair, I feel part of everywhere


"The freedom and simple beauty is too good to pass up... "

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Ontem vi um filme que tinha ali guardado e que andava para ver mas que fui adiando. Sabia a reputação deste mas estava convencido que, a par de outras vezes, a reputação seria merecida mas algo exagerada. Não foi essa sensação com que acabei quando o mesmo terminou. Não consigo bem dizer ou discutir sobre este. Posso apenas dizer que é um filme bom, bom de um modo ou numa categoria à parte. É um must see ou um filme que não se deve passar pela vida sem ver. Do qual se tira, em modo condensado de duas horas, uma vida cheia de ideias daquelas de ficar e se ficar nelas, se é que ainda não andam por lá sorrateiras, de ponderar sobre as coisas numa vertente verdadeiramente filosófica e não filosoficamente como aquelas que absorvi nas aulas da dita disciplina ou como as que encontro a espaços, curtos, em alguns poemas musicados ou não.
Não se retira vontade de ir, até porque todos somos diferentes e o modo como encaramos tudo difere de de uns para outros, até mesmo no mesmo corpo, dependendo do dia, da inclinação do sol, a direcção do vento...
Acho que a vida merece que a gente que o sente, a dada altura, o faça mesmo, sem receio mas com a certeza de voltar. O homem é um ser social, fica bem sozinho, assenta-lhe bem como lhe assenta as ideias mas não em solidão.
O filme foi into the wild, retrata a aventura de, sensivelmente, dois anos de Alex Supertramp, o qual antes disso e no instante seguinte a encontrar o que procurava (e todos procuram) dava-se pelo nome de Christopher McCandless. A banda sonora tem o selo de Eddie Vedder e caminha de mão dada com a história. Escolhi uma imagem mas apenas o filme faria a justa referência ao filme.

segunda-feira, março 4

Big trouble in little EDP

...passou-se à hora do almoço. António Mexia, numa acção de propaganda da EDP no Alqueva (já agora, quando se vendeu a EDP a barragem do Alqueva também se "achinesou"!? Quem souber que responda) foi questionado sobre que opinião lhe merecia a notícia sobre as putativas modificações que o luso ou luso-chinês ou chinês-luso ou só mesmo "homem novo" chinês Eduardo "Pentelhos" Catroga queria patrocinar, de braço dado com a meretriz chinesa, na administração da EDP. Clarinho como a água nada disse porque é o que se chama "assalariado", ainda que nesse grupo seja daqueles "bons" assalariados. Ainda assim lá acabou por, como ex-político que é, dizer algo sobre o tema. Disse e passo a citar as suas palavras e o seu erro (só disse isso e mesmo assim enganou-se): "que se o atual modelo não servisse os interesses da empresa, a elétrica não seria a maior empresa portuguesa e o maior investidor em Portugal".
Ora desdigo António Mexia ao dizer que efectivamente a EDP é uma empresa mas uma pequena empresa Chinesa. A relatividade é danada...

A esperança não está perdida! Mas veste collans porque está frio...


Só posso dizer que há esperança. Quando tudo parece a caminho da completa perdição heis que surge a resposta do local mais (ou menos diria o meu irmão, sabedor e seguidor destas temáticas) insuspeito. Não sei porquê Bradford... tenho que perguntar ao Serra... mas parece que finalmente saiu à rua a resposta, em collans, à injustiça e à total ineficácia policial! Não é um pássaro, um avião ou o "zuper"-homem. Ele é o homem bacardi, isto é, morcego! É batman! 
Precisa ali de umas dicas de pose e de uma ida ao ginásio mas o primeiro já cá canta, "venham mais cinco"!

Parece-me bastante bem daqui. Ver se confirmo ao vivo


A bola passou para o lado de lá. Há lado de lá? Há quem jogue?

Todas as acções ou actividades concorrem para um ou vários objectivos. Todas elas procuram alcançar algo novo ou, em certos casos, uma melhoria do que existe. A manifestação ou manifestações de sábado não eram ou foram uma demonstração diferente nos seus propósitos. A dinâmica política ou mais concretamente a falta dela não consegue fazer sair o país de uma série escolhos: desemprego crescente e insustentável, uma carga fiscal das maiores da europa sem os proveitos devidos, uma quebra sucessiva de contratos sociais que ambas as partes firmaram mas que uma delas (o estado), pela inépcia dos sucessivos eleitos, não tem a capacidade de cumprir, uma dívida também ela em crescendo a par do défice que se mantém em valores indesejados ainda que os cortes tenham sido demolidores, uma economia em perfeita apoplexia ainda que a revista Forbes indique que os mais ricos do país continuem alive and well. Numa época de frenesin avaliador, questiono-me sobre a avaliação a dar a Gaspar, o técnico "creme de la creme". Um creme azedo, no mínimo, ao sol lusitano...
Voltando à manifestação. Segunda-feira, e começam todos a dar a sua achega ao acontecimento, tal como eu. Não vou pegar nas palavras e letras de outros ditas ou escritas noutros sítios, que foram muitas, variadas e mais ou menos activadas pelos testemunhos de pessoas que realmente passam mal. 
Coisas que ficam: 
- não me interessa saber o número ou sequer uma estimativa, vendo as imagens era muita gente em muitos sítios e isso não se pode negar; 
- também é certo que mais uma vez que chega à conclusão que existe um grupo considerável de pessoas que dança mais ao som deste tipo de demonstrações do que daquelas convocadas pelas forças habituais; 
- fica uma sensação de vazio sobre "o dia seguinte", isto é, feita a demonstração de vontade, como será possível cavalgar esta onda que se gerou - é aqui que reside a força e o calcanhar d'aquiles deste tipo de mobilizações, ou seja, como canalizar agora este discurso, estas intenções, como lhes dar resposta num ente se representatividade, sem cara e com voz disforme e sem timoneiro(s);
- que mensagens recolheram os que, em direito reconhecido em eleições, gerem o país mas de um modo desaprovado por uma faixa da população que já não é passível de passar desapercebida e nem deve;
- que ideia fica de um povo onde a abstenção em actos eleitorais é tão elevada mas que se conseguem mobilizar deste modo? O que está mal? Os partidos obviamente porque a população, bem ou mal, coerentemente ou não, parece ter ideias, tem vontade de as exprimir e deixou deconfiar que o seu voto ou o dos outros (no seu modo eleitoral lambão ou despreocupado) no seu lugar, nos dias assinalados, nos locais próprios seria um modo de estar suficiente para fazer com que o burgo fosse "reinado" de um modo aceitável; 
- e já agora para quem diz que não somos capazes ou inventivos, basta dar uma volta pelos cartazes onde cada qual expressava de um modo bem singelo e muitas mas muitas vezes de um modo inteligente os seus sentimentos sem recorrer ao vernáculo puro que seria certamente o que apetecia. Parem de dizer que os melhores estão a sair porque parece que quem opta por ficar é mentecapto ou não tem valor.
E agora, tal como eu pensava quando nas semanas anteriores ouvia a Grândola? Continua-se a cantar, desta vez os "vampiros"? Uma nota interessante que havia já sobejado do 15 de Setembro foi o desgosto, para não dizer ódio ou asco, que as pessoas guardam ou identificam na pessoa do Presidente da República. O "e agora" de há pouco relaciona-se mais do que seria desejável com a sua pessoa. E agora deveria existir, pelo menos e há falta de outro sentido no interior do governo, de uma voz que tivesse o "poder" de canalizar sentimentos, revoltas em acções democráticas. E como isso não deverá ser feito, e não quero saber da magistratura de influência que disso anda tudo farto, quer ver-se é acções palavras, actos, compromissos claros, que se seguirá? E não se lembrem do PS, pelo amor de Deus... Eu gostava, e gostar aqui é um modo quiçá estúpido de dizer, de ver o país literalmente parado, quieto, estático durante uma semana, em suspenso há espera de que o governo se dignasse a começar a governar. Sou, em alguns aspectos, fã do modo de protestar de Gandhi.