Olhando pela janela o calor sente-se nas cores do campo, dos telhados das casas e no bafo à boleia que a lenta aragem teima em passear.
Liguei a televisão, para dar corda a uma tarde calorosa e deparei-me, com alguma surpresa, com o mundialito de futebol outdoor na SIC. É justo que é perto da praia e que a brisa ajuda ao destempero mas numa época em que a relação com o Sol não deixa muita margem de manobra (eu também não queria estar em casa mas...) e faz notícia em todos os canais parece-me, no mínimo, insensato que ele se tenha que realizar após o almoço. E também não deixa de ser verdade que a malta é jovem, mais resistente mas as bancadas estão cheias de gente até de petizes. E o ser jovem não é sinónimo de indestrutibilidade, os azares podem acontecer. E já agora a brisa apenas faz com que a camada de ar mais quente perto da pele não esteja assim tão quente, os efeitos na pele do Sol persistem (queimaduras e tal). Não acho sensato...
2 comentários:
Li e aceito mas abordo a coisa de outra forma. Ainda não à muitos anos que se trabalhava de Sol a Sol por esse Portugal fora, cavando e ceifando quer estivesse frio ou calor. E a verdade é que ninguém morria por isso... Portanto penso que a pele da nossa juventude anda muito bem cuidada e um tratamento um pouco mais áspero não fazia mal a ninguém.
Sim entendo mas aí coloco também algumas reservas. Antes as pessoas trabalhavam ao Sol é certo mas começavam bem cedo no dia. Andavam vestidos e não em tronco nú. Remanescente disso mesmo são, ainda hoje as vestes dos idosos e idosas por exemplo no Alentejo que dizem: O que tapa do frio tapa do calor. E depois é reconhecido que a intensidade das radiações solares são muito maiores do que há anos atrás. A atmosfera está repleta de gases que diminuem o filtro natural aos raios solares. Para mim o problema não é andar ao Sol mas sim andar a horas que, reconhecidamente são perigosas. Nem tudo se justifica com o crescente número de "co(r)pinhos de leite" :)
Ainda assim, obrigado pelo comentário
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