segunda-feira, dezembro 31

200...8


Sob muitos pontos de vista, o trabalho de criticar é fácil. É uma posição em que pouco se produz, onde se arrisca ainda menos e, portanto, confere uma vantagem confortável sobre aqueles que oferecem o seu trabalho, o seu melhor saber (quero crer) e eles próprios, ao escrutínio estranho. Muitas vezes, com ou sem razão, prospera-se numa avalanche emocional e divertida de criticar a qual deveria, ela própria, estar sujeita aos mesmos pressupostos. Se por vezes esse saudável e necessário confronto, comunhão de ideias ou diferentes visões, não se cruzaram foi por, espero eu, mera falta de oportunidade já que o espaço se tem mantido inalterável e aberto a tudo e a todos.
Muito provavelmente, na imensa linha de montagem que é uma sociedade, a mediania e o suficiente, têm mais peso do que um mero “pensador de circunstâncias” da sua posição consegue contemplar e, talvez por isso, os esforços outrora criticados tenham mais significado que o que a crítica lhes atribui. Não existem verdades absolutas e esta verdade defendida, dentro “destas portas”, só terá obvio cabimento no seio social e no confronto com as demais opiniões.
Sempre surgi “às claras” com opiniões francas, por acreditar na injustiça de certas situações e, penso, ser sempre ser essa a atitude a ter, quando alguém encontra um motivo de defesa de ideias, princípios ou valores que vislumbra em risco. A visibilidade das mesmas é residual mas isso nunca foi nem irá ser motivo para me silenciar.
Este “caminho” começou a ser percorrido há cerca de 8 meses e, ainda que, o confronto de ideias tenha sido miserável, encontro motivos catarsicos suficientes para que ele continue. Que o novo ano seja melhor e que, a vontade de escrever surja como o resultado de boas circunstâncias e não, pelo contínuo perpetuar de, vamos lá, medianas acções de quem é ou devia ser responsável. Votos de um bom ano para todos.

Sem comentários: