quinta-feira, dezembro 27

Os "bons rapazes" do costume




Este país encontra-se mesmo votado à mediocridade e a procura pela excelência é abafada a cada atitude tomada. Sinto esta situação nos cargos dirigentes do sector público onde a cunha e o compadrio é tão natural como o ar que se respira. no entato via o sector privado diferente orientado numa postura e atitude mais profissional e responsável. Pois bem a crise no BCP veio deitar isso tudo por terra. A começar logo pelas responsabilidades do Banco de Portugal na matéria. Como entidade que regula o sector, o BdP deveria ter a atitude a que a ASAE habituou a população, isto é, anda em cima, não dá descanso, fiscaliza. O BdP não faz nada, arriscou-se a atirar o país para uma nova síncope económica (não esqueçamos que o BCP é o maior banco privado Português). Eu não sou accionista nem cliente mas se fosse duvido que permanecesse por muito tempo como tal. Então para que serve o BdP? Para nada. Em termos monetários o BCE controla o valor da moeda e define, ou melhor, determina em consequência as taxas de juro. O BdP apenas serve para encontrar o valor do défice do estado quando é preciso e para receber os ordenados porque nisso os seus administradores não devem falhar. Há já me esquecia, serve também para colocar em banho maria "amigos" dos partidos. Mas voltemos ao BCP.
O Presidente do BPI, um dos maiores accionistas do BCP, insurgiu-se publicamente a propósito da incapacidade fiscalizadora do BdP e da CMVM (ou CVM "à Berardo"). Ora se o BPI é accionista de referência não será que algumas coisas aconteceram com a conivência ou a falta de atenção do mesmo? Concorrência desleal disse Fernando Ulrich com toda a razão mas não será que tendo uma atitude mais... digamos interessada, essas situações não teriam sido conhecidas. Fernando Ulrich também comentou que os documentos entregues por Berardo já eram do seu conhecimento. Se eram porque não se chegou à frente? Ficaram à espera do cowboy de serviço que neste caso até existe. Que seria deste caso sem o implacável Berardo? Que será a acontece em todos os locais de decisão? A par disso o Governo vai patrocinando os lucros indecentes da Banca, a qual por sua vez paga em lugares administrativos senão vejamos. Armando Vara, antes de chegar à política era nada, sem curso apenas armado com um cartão rosinha e a profissão de balconista da CGD. Desde então já é licenciado em relações internacionais, talvez è moda do primeiro, passou por alguns governo a coberto das amizades e, descobriu-se, que é um administrador excelente passando pela administração da CGD (isto é que é viver o sonho americano), pela PT e agora encontra-se em vias de ir parar com os ossos ao BCP, não como balconista claro.
Os outros nomes alguns são ex ministros mas todos têm uma coisa em comum: ou são PS ou PSD. Gostei particularmente de uma conferência de imprensa de Rui Gomes da Silva em que critíca a moralidade da possível escolhe de Manuel Pinho para a Presidência da CGD (Mais um taxinho). A determinada altura o mesmo diz que, e passo a citar: "Segundo Rui Gomes da Silva, a escolha de Catroga será “um bom passo”, indo ao encontro daquilo que a liderança social-democrata “tem vindo a afirmar”: a necessidade de garantir que as personalidades escolhidas para presidirem à CGD e ao Banco de Portugal não tenham “a mesma filiação partidária de quem ocupa o lugar de primeiro-ministro”. "
Andamos doidos ou quê? Agora escolhe-se em função da cor e não do mérito? Só se pode andar completamente doente para sequer pensar tamanha parvoíce (mas como é político) quanto mais afirmá-lo em público. O descaramento atingiu pontos inqualificáveis e começo a acreditar piamente que só à bomba é que este parasitas, seja PS, PSD, CDS, os Verdes ou outros quaisquer, são externimados por completo.
Que se pode fazer relativamente a situações destas senão desejar uma bomba para cada um deles? Cunhas e mais cunhas, negociatas, favores que são pedidos e cobrados, compadrios à luz do dia de todos os que se encontram respingados pela lama partidária. Vai sendo tempo de as pessoas mudarem de atitude, que a indignação seja efectiva, que crie receio e que traga medo à vida desta gente pestilenta que são verdadeiros sorvedouros do bem comum, da coisa pública. Urge fazer algo.

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