sexta-feira, dezembro 28

Mentalidades



Encontrava-me imerso no jornal com mais tirada cá da zona, quando encontrei uma crónica sobre o crédito à habitação. O texto mostra o costume, que o poder de compra está mau, que as pessoas já não aguentam as sucessivas subidas de Euribor ou que os mais novos, mesmo licenciados, têm muita precariedade no emprego e a sua vida é possível apenas com a ajudas dos pais e, como tal, apesar de pensarem não conseguem adquirir casa.
A certa altura surge o depoimento de um empreiteiro e foi esse
que me fez largar uma gargalhada. Eu sou um daqueles que queria mas não pode. O trabalho é incerto, para já não falar que o mesmo, ora aparece perto, ora loooooooooonge. Mas voltando ao senhor…
A certo ponto diz, e cito: “ Eu baixei em cerca de cinco mil euros o preço dos apartamentos em relação ao que fazia à dois anos atrás. Ainda hoje aconteceu. Fui ter com um cliente e fiz-lhe o preço mínimo, abati cinco mil euros e ele fez uma contra-proposta para baixar dez mil euros. E assim não posso vender!”
Pois pudera! Coitado do homem, o Mercedes não anda a água! O que eu acho incrível é que este ramo de actividade ganhou durante anos o que quis e vê-los agora fazer este tipo de declarações, sabe-me a perfeita parvoíce. Evidente que as coisas têm custos mas a margem de lucro ainda hoje é, bastante boa, já a qualidade de construção... Dou um conselho: Não venda isso, faça assim. Como existem mais casas por habitar que habitadas (em Espanha passa-se o mesmo), qualquer dia o mercado dá de si, e depois eu quero ver o valor das suas casas ir para metade! Chama-se “lei da oferta e da procura”. Deixe-se estar que depois nessa altura conversamos.

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