terça-feira, dezembro 31

Bom ano



O ano finda-se ainda que não seja mais do que o passar de um dia.

    
Bom ano  

sexta-feira, dezembro 6

A real rainbow men in a grey world

Nelson Rolihlahla Mandela
1918 | 2013

O que pode um Mundo inteiro aprender na morte de um grande homem quando pouco ou nada aprendeu com ele em vida?

segunda-feira, dezembro 2

A prova?



Não queria escrever sobre o assunto mas se tenho escrito noutros fóruns...

O Ministério da Educação e Ciência, doravante MEC, chegou a acordo com um dos sindicatos (FNE) para dispensar (sabe-me a esmola) os professores com mais de cinco anos de serviço. A primeira questão que se impõe é: o estágio conta para o somatório? Vamos ao que importa.
Sempre me opus à prova e por um motivo que julgo ser de fácil percepção, ainda que existam por aí muitas vozes e tinta de caneta a defender o contrário. Respeito? Não sei bem, porque muitas vezes escrevem sem estarem devidamente informados ou pura e simplesmente por despeito e a cavalo do argumentário da inevitabilidade. É pouco.

Deve ou não haver prova? Honestamente não sei. Tenho noção de como foi a minha formação mas não faço a mais mínima ideia de como as coisas correram noutras instituições superiores, sejam ou não universidades. O que sei das mesmas é aquilo que tenha tido a possibilidade de aquilatar enquanto colega de outros professores que se formaram nas mesmas. Já encontrei grandes profissionais e péssimos. Já encontrei contratados e quadros (titulares ou não) que não dão uma para a caixa e outros que dá gosto partilhar trabalho. Eu próprio serei bom professor? Segundo a avaliação anual aprovada pelo MEC, sim. Mais importante os alunos sempre me disseram que sim e os resultados, que ficam sempre aquém do que gostaria e sei que podem, ajuda a essa conclusão.

Mas e a prova? O "não sei" a montante é relativo. Explico-me. Se alguém se licencia ou, segundo o reles acordo de bolonha, obtém o grau de mestre num curso profissionalizante, isto é, que aos olhos do MEC está certificado para poder exercer a profissão, então digo não. Rotundo não. Não pode o mesmo organismo passar um certificado de qualidade simultaneamente que classifica o grau obtido como insuficiente para a referida finalidade: leccionar. Parece-me, no mínimo, esquizofrénico. Já não encontro reservas relativamente aos cursos que não possuam profissionalização integrada. E a minha posição não se altera pelo simples facto de que o contratado, com profissionalização integrada, tenha um ou vinte anos de serviço. 

Não defendo com isto que quem tira um desses cursos, eu mesmo, garanta para si a obrigatoriedade do MEC lhe conceder um lugar no quadro. Nada disso. Garante tão-somente o estatuto que a certificação ministerial impõe. Deveria, por outro lado, o sistema garantir aquilo que a Constituição da República prevê e que não me parece que seja tenha muitas pessoas contra. A escolarização tendencialmente gratuita e em igualdade de circunstâncias. Este seria, ainda assim, um tópico a merece só por si um outro artigo. Voltando à prova.

Será que quem defende a prova, defende que anualmente a sua capacidade seja posta em causa por meros artifícios burocráticos? Exemplifico-me, se preciso, até à exaustão: um juiz, um advogado, um polícia, um militar, um vendedor de gelados, um médico, um artesão, um engenheiro, um... seria melhor, passaria de bestial a besta ou vice-versa se anualmente fizesse um teste a atestar a sua capacidade? Não basta, como o limite seguinte fosse de desconsiderar, que seja um bom profissional, segundo as leis do mercado (para quem tem uma "porta aberta" a quem reportar) ou um sistema de avaliação de desempenho? Parece-me que sim. Operacionalizando o assunto: será mau jornalista aquele cujo jornal não vende ou aquele cujo diário vende porque a sua isenção se subscreve a interesses alheios? 

A questão que envolve a prova é só esta ainda que possa haver quem diga ou escreva diferente. É então justa a dispensa de professores com mais de cinco anos de serviço? Não. Deveriam todos os que possuem habilitações para a profissão ser dispensados. É que à parte da experiência, que não desvalorizo mas que é isso mesmo experiência, "calo", "horas Homem", algo que apenas de ganha exercendo, não percebo a razão que leva a considerar uns aptos e outros não. E sinceramente não a vejo. A haver prova, seria para todos, até para os professores do superior.
Vejo aqui o mesmo modo de actuar dos tempos do governo PS: dividir para governar. Em tempos idos mas que jamais esquecerei também apareceu uma besta (MLR), que me granjeou um tal asco nunca irei esquecer, que dividiu os professores em dois grupos: os titulares e os outros. Nunca me senti acometido de alguma doença ou infecção que apenas um titular pudesse curar mas cujo estigma existiu e não creio mentir ao afirmar que ainda se mantém.

Quer o ministério rever os procedimentos para a certificação desses cursos ou pretende alterar a formação vindoura? Que assim o façam se bem entenderem. Não pretendam é passar um atestado de incompetência generalizado a este grupo de profissionais. 

A Júlia é que sabe bem! :)



Não quero saber da semana que vem. Não quero saber de como estaremos em finais de Maio. Quero é saber da atitude, da garra, do colectivo, da entrega. Depois o que tiver que vir, virá.

A nossa força é bruuuuuuuuutal! Spoooorting!

sábado, novembro 30

Ao frio... assobio


Poesia . 24























Viver sempre também cansa!
O sol é sempre o mesmo e o céu azul
ora é azul, nitidamente azul,
ora é cinza, negro, quase verde...
Mas nunca tem a cor inesperada.
O Mundo não se modifica.
As árvores dão flores,
folhas, frutos e pássaros
como máquinas verdes.
As paisagens também não se transformam.
Não cai neve vermelha,
não há flores que voem,
a lua não tem olhos
e ninguém vai pintar olhos à lua.
Tudo é igual, mecânico e exacto.
Ainda por cima os homens são os homens.
Soluçam, bebem, riem e digerem
sem imaginação.
E há bairros miseráveis, sempre os mesmos,
discursos de Mussolini,
guerras, orgulhos em transe,
automóveis de corrida...
E obrigam-me a viver até à Morte!
Pois não era mais humano
morrer por um bocadinho,
de vez em quando,
e recomeçar depois, achando tudo mais novo?
Ah! se eu pudesse suicidar-me por seis meses,
morrer em cima dum divã
com a cabeça sobre uma almofada,
confiante e sereno por saber
que tu velavas, meu amor do Norte.
Quando viessem perguntar por mim,
havias de dizer com teu sorriso
onde arde um coração em melodia:
"Matou-se esta manhã.
Agora não o vou ressuscitar
por uma bagatela."
E virias depois, suavemente,
velar por mim, subtil e cuidadosa,
pé ante pé, não fosses acordar
a Morte ainda menina no meu colo...
.
by José Gomes Ferreira

quinta-feira, novembro 28

By choise?


...acho que sou peixe...

Faz hoje notícia (revista Exame) que aparentemente, e digo-o assim porque é-me escasso, os milionários portugueses estão cada vez mais ricos. Dizem as notícias, salvo um estouvado professor catedrático português cujo apelido rima com enviesar e greves - não quis deixar de ser irónico - que os pobres andam também mais pobres.
Ensina a história que quando um rico se torna ainda mais rico o seu nome passa a tycon ou magnata. Na escala global não passarão de pelintras endinheirados sem pedigree. Já os pobres não se tornam miseráveis apenas porque, digo eu, não moram em África. Mas voltando. Segundo a imprensa and quote "as 25 maiores fortunas somam este ano 16,7 mil milhões de euros e valem 10% do Produto Interno Bruto português. Comprova-se ainda que os ricos estão cada vez ricos: em relação ao ano passado, regista-se um crescimento de 14,4 mil milhões" o que, fazendo fé nos valores, dá um crescimento assinalável.
É o ajustamento ao modo do terceiro mundo porque não tenho ideias de que na Islância tenham existido manchetes deste tipo. Para finalizar.
"Acrescente-se ainda que uma sensível acção de amortecimento é exercida pela lei e pelo sentido moral (...) de facto, considera-se tanto mais civilizado um país quanto mais sábias e eficientes são as leis que impedem ao miserável ser demasiado miserável, e ao poderoso ser demasiado poderoso."
Se isto é um homem, Primo Levi 

sábado, novembro 23

Politoxicity


A que distância de câmaras na sala de estar?

Antes de tudo... peço desculpa ao expresso pelo plágio.
O tudo.
Sinceramente eu acho que a ser verdade esta capa, os apelos de Mário Soares que alguns classificaram de apelos à insurgência e à violência, ficam curtos tal como a encenação nas escadarias na assembleia da república. Que será isto senão uma atitude totalitária? Fascista!? 
Eu não fumo mas acho isto inacreditável. Cambada de filhos da puta. Cadastro!?!? Realmente cancro do pulmão ao lado disto é troquinhos.

terça-feira, novembro 19

Contra dicções



...ao morno presente?

A Irlanda, em lamas duvidosas, afirmou de peito repleto e com os olhos vidrados na assistência que nem sequer a irá socorrer-se de um programa cautelar - aquela espécie de seguro, de rede por baixo do equilibrista.

Hmmm...na minha particular lista de entidades representativas do lado negro da força estão as seguradoras. Mas os seguros, na teoria, são bons. Ora porque será que a Irlanda não quer o programa cautelar? Até porque acto seguido afirmam que os anos seguintes não vão ser fáceis... Então? É cautela (à ingerência da Europa)? PS: a Irlanda também podia ter esperado pela "nova" alemanha mas já lá vai qualquer coisa como um mês e da Angela não há novas.


Por cá andou tudo... por entre as direcções das rosas dos ventos. Alguém, ou Marques Guedes, disse que se perdia a referência. A Irlanda era referência? Pediu muito menos trocos que Portugal, a índole do desvio era substancialmente diferente, a sua economia é diferente da nossa como o dia da noite e...referência? Do que queríamos ser? No futuro?
No resto da governação(?)... das finanças ouviu-se que não excluía que por cá fosse igual(!)  - excesso dos vapores do lodo do Tejo? ...o ainda primeiro-ministro afirma o óbvio, ou seja, quem não deseja tal coisa? Certo será que mais também não se esperava.

Afastando a surpresa... como fica o burgo neste contexto? Vendo o carinho com que a Irlanda se afasta das cautelas alheias não deixo de ter algum apreço em que Portugal tenha a mesma sorte mas...acho que isso nos fica fora de mão. Assim a escolha resume-se à escolha entre o péssimo e o horrível... 

E que dizer da Alemanha (e do Luxemburgo)? Excedente comercial! E de 7%!! O que é o mesmo de que dizer que também viola umas quantas coisas. Uma espécie de pastéis de belém do tamanho de um país! Mais houvesse mais alguém compraria. Nota histórica: pela segunda vez. O Durão Barroso (aka O Cherne) subiu a uma lista telefónica para dizer que ou eles "tal" ou nós "coisito"! Hmm... a história mostra que realmente a europa sabe como ninguém como endireitar a Alemanha. 

E de andar a usar o tempo também para passar os olhos por uns registos históricos do pré e pós WW II, encontro algumas semelhanças com estes últimos anos. Alto desemprego, crise económica, crescente dos extremos (mais propriamente da direita) Holanda, Austria, França, Grécia. O meio europeu está a pintar-se para qualquer dia "virusar" a partir do parlamento europeu.

Quem é o ministro dos negócios estrangeiros? É que o Portas foi a feiras, de novo, para o outro lado do Mundo.

Os Reitores cortam relações com o MEC. Mais vale tarde que nunca. Eu se fosse a eles retaliava ainda mais. Retaliava até não mais poder. No período salazarista foram as Universidades verdadeiros e imprescindíveis palcos de luta política. Eu não ficava por aqui...

A OCDE e a OIT vieram confirmar as suspeitas que ninguém suspeitava. Mais um pouco de tempo de antena para os malabaristas das palavras.

Um senhor professor catedrático do qual me escuso a escrever o nome deu uma entrevista ao Dn e... passou a ser o novo cromo na caderneta dos magníficos ignóbeis portugueses. Até gostava de o ouvir (e ouvi a entrevista via TSF) naquele estilo despachado e onde tudo é simples e claro. Excitou-se ao micro e largou o Jeckyll que estava dentro dele. 

A Espanha vai passar uma lei para controlar o modo livre como as pessoas se podem manifestar. É certo que por vezes existem abusos mas lendo na oblíqua a proposta parece-me que os políticos estão pró miufados. Parece que temem aquilo que eu digo que falta por cá. Excrutínio de rua.

Para finalizar... a Merckel vai receber o prémio Indira Ghandi. A senhora cuja política parece querer empurrar os povos uns contra os outros. É esperto ao nível do Nobel ao Obama.

PS1: e sim, não vou escrever sobre a prova do MEC e vou esperar para ver se me vejo obrigado pelas circunstâncias a fazê-la ou não. Certo é que deveria algo, já que esta democracia não o permite, que fizesse justiça por outros meios. Estes senhores (ministro e secretários de estado) mecerem que o terror lhe bata à porta na justa medida daquele que fomentam. Já passei para lá do ponto de não retorno com esta gente.

PS2: Aconselho a última Visão. Para além do RAP está lá um artigo sobre a ascensão da escumalha política que tem dado uns artigos extensos aqui nuns blogues do pseudo intelectualísmo nacional. Aconselho vivamente.

domingo, outubro 13

Bom início de semana


Há jornalismo que mete... dó

Venho escrever, mesmo depois de me ter jurado que nunca mais o faria, em raiva. Tanta raiva que tenho guardado sobre tanta coisa mas venho atirar-me provavelmente há mais ridícula. Ou não, se vim...
Ouvida a conferência de imprensa do aborto do vice primeiro-ministro conhecido como "el irrevogable", esperei com alguma esperança por algumas questões inteligentes dos senhores jornalistas, no caso da rtp e da cmtv, segundo percebi, sendo que o terceiro perguntador se perdeu na minha fúria. Tanta coisa para perguntar, tanto por onde pegar nas paroles do aborto e aquelas bestas jornalísticas, classificação que estendo a quem os enviou para lá, só abriram a boquinha para falar de "faits divers" como, quem pôs a boca no trombone sobre a loucura que aí vinha com os cortes das pensões de viuvez ou se o dito aborto estava... chateadinho. E o triple match point passa a double match point para contento da virgem abortiva. Vem a menina com a segunda e... out!!! E o double match point passa apenas a match point! E o menino a sorrir por baixo daquela face desavergonha. E não é que até a "última bola" vai fora!? E o aborto safa-se de perder a face. É dito que a CGA tem um défice de 1,2 mil milhões de euros e nem uma alma sabe o suficiente para lhe dizer "óh dotor! Então mas não é verdade que pessoas estão a deixar de descontar para a CGA!? Não estão a ser obrigadas a descontar para a segurança social!? Então é claro que existe défice na CGA!!" E isto nem sequer configura uma pergunta mas talvez ajudasse a engasgar a peste.
Sinceramente por vezes tenho algum gosto que os media andem próximos da falência. Diz-se que com medias fortes a democracia é forte. Como a nossa democracia está titubeante os media não conseguem fugir de algo que parece ser o seu destino. 
Se não sabem o que vão lá fazer, mais vale nem irem. Já agora, isto de existirem conferências de imprensa com perguntas contadas ou sem direito a perguntas deveria, isso sim, ter direito a um blackout dos serviços informativos públicos ou privados. 

A moda das mordidelas não é de agora...



A melhor deste senhor, na minha opinião, mas que é quase desconhecida. Deve ser para o "mundo" não tombar...

sexta-feira, outubro 4

Dois em um



Uma música para uma noite... ao ar livre...à procura d'algo no céu.

quarta-feira, outubro 2

segunda-feira, setembro 30

O que sobra de ontem...


E no fim das "vindimas", prova-se o "vinho"

Passadas as eleições, o que é que subsiste?
Os valores da abstenção, globalmente, são elevados. Aqui e acolá existiram locais onde os valores foram menos do que aqueles de 2009 mas essa diferença foi mínima. Já noutros o valor aumentou muito. Olhando aos resultados a abstenção surge mais uma vez como o registo vencedor e esse é o registo que os políticos não querem porque os definha. 
E depois? O PSD perde à grande. Passa de ter câmaras para ficar em terceiro ou quarto lugar com uma dezena percentual. "Que se lixem as eleições!" e assim foi e assim aconteceu. É, ainda assim, importante sublinhar que as pessoas que foram votar, aparentemente fizeram-no, nas pessoas e na sua capacidade de cumprir e de fazer aquilo que as populações acham como mais importante. 
Em alguns casos o PSD manteve-se no poleiro quer mantendo o símbolo partidário quer através de candidatos ditos independentes. Seria interessante ver quem eram esses independentes. Aqui na Covilhã, o candidato independente era tão independente como a bala que após ser disparada afirma convicta que é ela, e não a pistola, que sabe para onde vai. Tinha tanto de independente como de morte tem a vida, tendo o alto patrocínio do presidente cessante e com uma máquina por detrás de si digna da sigla do PSD. E o que eu acho estranho é que estas coisas ainda colhem na simpatia das pessoas que não parecem chatear-se com aquilo que elas já fizeram para aquilatar qual a sua verdadeira capacidade.
No pólo oposto encontra-se Rui Moreira, com um percurso no Porto e até ao nível nacional reconhecido e não no mau sentido, a não ser aos poderes em Lisboa. A par disto, juntem-lhe uma fracção de partidários laranjas descontentes e o seu savoir-faire, e como cereja no topo do bolo, o candidato da "mu(n)dança". Luis Felipe Menezes representa a podridão da política. Só os tolos dos partidos é que julgavam que as pessoas iriam deixar passar os "malandros" que quiseram fintar aquilo que era o denominador público do que deveria ser a lei da limitação de mandatos. E só aqueles que têm ou tiveram obra feita, até nas contas autárquicas, é que foram premiados na continuidade. Também eu gostaria de ter sido aqui eleito o hoje, por outro lado, cessante edil albicastrense, Joaquim Mourão, que por onde tem passado tem realizado e representa bem um perfil daquilo que deveria ser um autarca.
Em vez disso a lei da limitação e a sua própria consciência e leitura fê-lo não concorrer a Castelo Branco ou a outra qualquer câmara. Com obra feita, sem críticas dignas de registo e com as contas saudáveis, Castelo Branco mudou da noite para o dia.
A CDU cresceu em todo o país e de um modo mais visível naquele que é o seu feudo natural, o além tejo. Cresce pelo voto contra o sistema mas também porque com esta opção, as pessoas sabem ou têm essas esperanças de que o prometido será cumprido. Muitas vezes aquilo que é cumprido é que é criticável mas... como se vai dizer às pessoas para não votarem naquele que lhe dará emprego a ganhar, nem que seja, o ordenado mínimo?
Pois...
O BE sem grande implantação nas autarquias, assim se manteve ainda que, no entanto, os resultados por cada autarquia são baixos. Sobram as óbvias conclusões: a mudança de liderança não cimentou e o discurso deixou de passar. O CDS é, para mim e de um modo algo incompreensível, o vencedor. Quintuplicou as suas autarquias! Isto significa duas coisas: primeiro, a escolha dos candidatos foi inteligente porque as populações iam-se rever nesses eleitos e em segundo, que as pessoas não foram atrás, ou não julgam que isso seja uma evidência, talvez pelas falinhas mansas e pelo ar candura e sentido, do voto de protesto para um partido de anda de mão dada e até decide todas aquelas que têm sido as políticas nacionais. Eu acho incrível esse facto ainda que entenda a eleição pelo que disse em primeiro lugar. O que interessa, o que acaba por ser relevante, são as pessoas. Mas vaticino aqui o descalabro daqui a 2 anos nas eleições legislativas.
Do PS, que dizer? Aqui na Covilhã ganhou com um "boi" partidário, com uma lista cheia de corpos amorfos a caminho de "bois" de corpo inteiro, sem capacidades reconhecidas, desde o novel edil até à dobra da lista, a não ser naquelas que são os tipos podres partidários. Vidas que se fazem de normais a vidas turbo em face das subidas meteóricas, sempre após a entrada no partido que garante até empregos bem pagos nos bons empregadores públicos regionais. Com o PSD é/foi/será igual. No dia que quiser fazer algo da vida, sei onde ir... Voltando, uma candidatura pequenina, de pessoas pequeninas mas que acabou por ser suficiente em face dos oponentes. Ao nível nacional? Não vejo como os resultados nacionais podem ser considerados como uma vitória. Estas eleições, ao nível do PS, levam-me a imaginar e com ela concluir, a seguinte imagem. Um jogo de futebol, em que a equipa adversária está todo enterrada, morta e os jogadores da equipa do PS são coxos, só sabem jogar basquetebol e onde o seu ponta de lança é cego - seguro. Algum golo entra mas não deixa de passar a ideia de que, não é a goleada que faz esquecer aquilo que os olhos mostram: que a equipa da "casa" não deixa de ser uma merda. 

Post scriptum: só para apimentar mais o dia, como se isso fosse necessário - o INE acaba de anunciar que o défice do pib durante o primeiro semestre foi de 7,1%. Crescimento?

quarta-feira, setembro 25

Eleições? É uma data para ladrões, para gatunos e para chupistas.



Em honra ao dia dos abutres que se aproxima. Se dependesse de mim, não por ser o melhor mas por ser o melhor do pior, todos os militantes de PS, PSD e CDS podiam ir para a caminha no sábado para acordar só na segunda pela manhã, tristinhos e a olhar para o futuro ao virar da esquina. O saber fazer ao nível local confunde-se vezes sem conta com o savoir faire nacional vai daí...
Deixo o vídeo da senhora que melhor explica a política nacional e a versão dos Gatos :)

 

sexta-feira, setembro 20

No pollution, just good music


Pontos de vista, obviamente

Dos dias...

...a caloirada já pulula aqui pelas ruas não descalços, nem pela verdura, pouco formosos e ainda menos seguros do que mais os preocupa, estes dias de folia. Daqui a nada a medida do tempo altera-se quando a velocidade das coisas for pior do que a avisada - porque é mesmo assim, enquanto a "pele" não engrossa, o bicho homem aleija-se. Ainda assim não tardará, espero e é certo, e sairão "encanudados" mas para que Portugal? Dos "meus" finalistas, já tenho encaminhados mais de metade com a satisfacção própria do acontecer e de ter sido, salvo erro, sempre na primeira opção. O trabalho ainda compensa e a escola é digna dessa ideia. Espero que na segunda fase suba o resto da "tropa" ao reles estatuto pretendido :)

...as eleições estão "à porta" e não na porta ou na televisão, o que se agradece. Haverá pouca coisa que me enoje mais do que o lodaçal partidário nacional. Todos os países têm as suas idiossincrasias e uma das nossas será a de sempre, para sempre, sermos representados por... ia escrever sanguessugas mas... genericamente são merda, pura e simples. Aqui o inverso do ónus da prova prevalece, até prova em contrário.

...resulta uma imensa contradição entre o que o mec diz e o que as escolas aparentemente vivem, isto porque do sofá de casa não tenho ou quero ver muito. Tanta incompetência que a palavra já deveria vir sem descrição no dicionário e apenas devia estar ilustrada pelas narrativas do país real. E vai haver uma prova. Por mim, tudo bem. De toda a revolução educativa dos últimos trinta anos, só não apanhei com a PGA por isso... testes e provas e exames e aferições ou a puta que os pariu, já vivi ou passei por tudo. Que venha ele. Só sinto alguma, como poderei por isto, injustiça (?) por ver uma geração ser a cobaia de tudo e que o massacre não se aplique universalmente. Eu voto pela prova para todos, em tudo, sem excepção.

...o meu Sporting parece dizer que sim mas vou esperar para ver porque "prognósticos" só no fim do jogo.

...não sobra vontade para vir aqui. Mas farei por...

terça-feira, julho 23

domingo, julho 21

Não sei o que é maior nesta imagem...


...se a "wisdom" ou o mar todo.
Andava a procurá-la nos lugares errados. Já só me falta encontrar esta praia. Ouvi dizer que são tantas...

Trambulhemos 25 anos, talvez...


quarta-feira, julho 17

It's time to go



 .
...subi pela última vez, em modo nocturno, "a colina" que separou durante quatro anos o "barraco azul" e a albergaria, a minha "segunda casa por gosto" nesta terra onde andei perdido tempo demais. Não o voltarei a fazer. Vivo a certeza do tempo das últimas vezes. Levo no corpo as marcas deste tempo bem como algumas que não se vêem mas que perdurarão until the sun finally puts hitself for the last time. E amanhã o que for será, agora quero é férias e saudades disto, se o tempo me fizer disso capaz.

terça-feira, julho 9

Não combate o calor, nem ajuda



...podia bem ir buscar, em face da situação política o "fado do coitadinho" ou a bela versão feita pelo V. Palmeirim, ou olhando à calina que nos desumaniza todos os dias, podia ir buscar os Beach Boys mas... nahhh, nem seria eu.

quinta-feira, junho 13

Porque às vezes é preciso...




...ir buscar coisas que nos ajudem a ter orgulho neste país já que são demais as provas do contrário. Respirar fundo, encher o peito e deixar a fugidia linha do horizonte fazer a sua parte. E ao vivo isto faz, se cabe, tão mais sentido.

António Zambujo e Rancho de Cantadores de Aldeia Nova de São Bento

125 anos Pessoa - maior poeta português, na minha opinião

 
 
Da minha aldeia veio quanto da terra se pode ver no Universo...
Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não, do tamanho da minha altura...
Nas cidades a vida é mais pequena
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.

Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave,
Escondem o horizonte, empurram o nosso olhar para longe de todo o céu,
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar,
E tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver. 
 
Pessoa para sempre

quarta-feira, junho 12

Ex-ministro "toureado" em directo - deste lado só orgulho no Paulo



O ex-ministro da educação, engenheiro Couto dos Santos, surge neste debate da sic notícias a ser toureado pela força da razão, da informação fundamentada, da ética e da moral numa tempestade social, política e educativa que já existe há tempo demais. Pobre imagem de um ex-governante às mãos de um enorme, e sim vou chamá-lo, colega que sempre representa esta classe profissional ao mais alto nível.
Um sentido obrigado ao Paulo (Guinote). Aos sindicatos uma frase: ponham ali os olhos, os ouvidos, ponham tudo ou desviem-se. Ao ex-ministro e ao encarregado de o enviar para aquele sacrifício uma ideia: senti vergonha alheia pelo triste espectáculo a que se deu. Era esperado mais de um ex-governante ainda para mais do ministério em causa. Confirma a suspeita que ou é ignorante ou no dito ministério só não manda o ministro. Esta é, e só acreditará quem dizer obviamente, uma disputa que não teria razão de o ser se as pessoas parassem e se informassem sobre o que está a acontecer, como disse, há demasiado tempo.
Aos meios informativos uma chamada de atenção: a tarefa noticiosa não se resume ou cinge à passagem de informação desinformada. Interessa não manipular a(s) realidade(s) mas sim recolher todos os dados para de um modo isento, a mesma se faça chegar à sociedade mostrando o que realmente está em causa. Assim quem quiser e se orgulhar de ter sobre os ombros um melão pensante, poderá tirar as suas conclusões e assumir uma posição convicta, leal e informada. Isso é aquilo que não acontece e seria bom pensarem na razão porque a sua existência está posta em causa (menos jornais vendidos, decréscimo no visionamento dos principais canais) para que um dia não se vejam confrontados (ainda que isso já seja uma realidade) com o que aconteceu no canal noticioso público grego. 
As bases de uma sociedade são não só mas também uma comunicação social livre e isenta e uma sistema educativo sólido e pacificado.

quinta-feira, maio 23

"God doesn't play dice"


Andar de scooter sem jeito? Impagável!



Se há coisa que produz em mim uma gargalhada é a desgraça alheia, sem danos consideráveis, ao jeito da banda desenhada. Estes episódios são algo comuns em locais da Asia onde a proliferação de veículos, pessoas e o conjunto destas com uma incomensurável falta de jeito. E depois do video do condutor em jeito de jogo de consola segue-se o pior condutor do mundo, ao nível das scooters. Só espero que homem não tenha tido nada de grave. Agradeço-lhe a gargalhada de encher o peito.

terça-feira, maio 21

A Europa a fazer por expirar

















Quando vi a notícia na tv não percebi bem do que se estava a falar. Hoje por duas vezes caí, via rádio, no assunto e acabei por estar aqui a terminar a noite ao som dos daft punk e nas linhas irrecusáveis do MEC. E não há como tentar fazer melhor, ele diz tudo, em conta peso e medida, na forma, no tempo e no modo certos. Mas no final de tudo, devíamos revoltar-nos! Mais uma. Existe uma completa separação entre os políticos e as suas populações e este é mais um flagrante caso. Mais um tiro no pé do (incerto, instável) balanço europeu. 
 
A invasão que aí vem
Por Miguel Esteves Cardoso in Público
19/05/2013

No PÚBLICO.pt de ontem dá-se conta de uma reportagem da LUSA sobre o protesto dos pequenos produtores da aldeia transmontana de Duas Igrejas contra a nova lei das sementes que está quase a ser aprovada pelo Parlamento Europeu. Falam por todas as sementes, todas as hortas, todos os agricultores e, sobretudo, pela economia e cultura portuguesas. A lei das sementes - que proíbe, regulamentando, a milenária troca de sementes entre produtores - é pior do que uma invasão francesa de Napoleão.
É uma invasão fascista que quer queimar a terra para preparar a incursão das agro-corporações multinacionais (como a gigantesca e sinistra Monsanto) que virão patentear as sementes que são nossas há que séculos, obrigando-nos depois a pagar-lhes direitos de autor, só por serem legalisticamente mais espertos. Pense-se em cada semente como uma palavra da língua portuguesa. Na nova lei colonialista das sementes é como obrigar os portugueses a sofrer a chatice e a despesa de registar tudo o que dizem, burocratizando cada conversa.
Atenção: é o pior ataque à nossa cultura e economia desde que todos nascemos. Querem empobrecer-nos e tornar-nos ainda mais pobres do que somos, roubando-nos as nossas poucas riquezas para podermos passar a ter de comprá-las a empresas multinacionais que se apoderaram delas, legalmente mas sem qualquer mérito, desculpa ou escrutínio.
Revoltemo-nos. Já. Faltam poucos dias antes de ser ter tarde de mais. E para sempre. Acorde.

PS: perdoe-me o Público pela cópia integral e em reforçada ideia, o seu autor.

Em memória - Ray Manzarek



Morreu o, por muitos considerado, melhor pianista de rock, ainda que não se possa considerar os Doors uma banda de rock no estrito sentido do termo - Ray Manzarek co-fundador com o lizzard king desta incontornável banda. Com o som orgão de som aparentemente desajustado, aliçercou os maiores êxitos dos Doors. Não fui procurar trejos do seu virtuosismo naqueles momentos em que Morrison descolava para parte incerta e a banda, ou Ray, tinham que fazer com que tudo fizesse sentido no meio daquelas fugas interpretativas ou levantamentos poéticos. Talvez a única banda da história a ter um verdadeiro poeta na vez de vocalista. Um som digno de estar no "céu", onde quer que isso seja.

quarta-feira, maio 15

Aparição divina em Belém? Ou o mesmo que dizer o dinheiro afinal não chega mesmo para aviar as receitas...






«Avaliação da troika foi "inspiração de Fátima", diz Cavaco»


 
 
Será possível!?
 
 
 
 
Por menos colocam-se acções em tribunal para fazer prova da insanidade ou incapacidade total ou parcial que uma pessoa tem para gerir as suas coisas, seja dinheiro, casa.. bens. 
Este senhor não gere nada mas é ele o comandante supremo das forças armadas, pode distituir o governo, pode... aparentemente dizer coisas destas que nada se passa, acontece ou... Mãe, pai, vim ao mundo para ler sandices destas? Que mal terá feito este país para ser condenado desta maneira insana? E pensar que não nos podemos congelar, deixar estes miseráveis morrer e um dia acordar e ver que eles já foram e que tudo se resolveu... Coisas destas são quase a negação da 2.ª lei da termodinâmica e eu...chega, desisto... 

terça-feira, maio 14

O asno

  "Passos diz que novas medidas não se aplicam «à generalidade» dos cidadãos." Em Cannes entrega-se o leão de Ouro, em Moscovo o Urso eu aqui entrego o asno. Será possível que este estupor não percebe que está tudo ligado? Que a economia é uma roda de dinheiro a circular e que se o dinheiro falta a economia se recebe? É esta besta primeiro-ministro, é esta besta licenciado em economia. Por amor de um deus, mesmo menor, que alguém se certifique de verificar como foi feito o curso deste aborto ou, em detrimento disso, que lhe dei-te um pouco de curare no café. Se afirmações destas pagassem impostos...

Curtas



Curtas porque a vontade tem sido pouca...ainda que tenha chegado o bom tempo...

1.º Cavaco falou hoje! Cheirava a morto e já não esperava por sentir o seu arfar de ar, quanto mais vociferar... urros palavras. Ainda assim é bom constatar que manteve o bom e velhinho tom de meio-morto, disse palavras mas delas não se retira nada, nem ar, nada.

2.º Não fui só eu, pelo menos outra pessoa notou mas... Portugal requisitou um parecer sobre a reforma do estado à OCDE. Ora este "requerer" implica uma troca de moeda, isto é, pagamento. Logo, quem paga é patrão e como tal é feita a sua vontade. Assim sendo eu não entendo porque o dito estudo/parecer ou "coisa afim" foi divulgado em Paris. Das duas uma ou já fomos anexados e, pelo menos as tais duas pessoas, onde eu me incluo, não sabiam e eu vou estar tramado porque a língua de Napoleão é coisa que não me assiste ou anexámos a França e a capital da República Portuguesa mudou-se para Paris. Either way... eu não estava a par e até perco algum tempo diariamente na perscruta das novidades noticiosas. O defeito deve ser meu, certamente...

3.º Paulo Portas falou, ninguém ligou e assim ele ajoelhou e acabou por engolir. A seco, ainda que o seu partido, futura entidade mitológica, se desfaça em suor e lágrimas para que o chefe não degluta sem asperesa. Nem que se desfaçam em sangue, o partido poderá voltar a pensar numa viagem de táxi.

4.º Continua a "negociação" sobre a reforma do estado. Não haja uma espécie de lockdown por parte dos sindicatos que o governo irá levar a bom porto a "negociação". Pela parte que me toca, espero, desejo, faço votos, figas e torço pescoços para que haja, pelo menos, greve em tempo de exames. There will be blood, i hope.

5.º O Benfica perdeu, mal e o Porto ganhou, mal. O jogo foi uma bazófia. Há mais uma semana de campeonato, bom. No domingo haverá fairplay ou "fairyplay", isto é, lá irá o presidente portista abrir os cordões à bolsa para garantir nada menos do que a surpresa? É certinho... No meu Sporting, para o ano, o lema será "vá para fora cá dentro". Espero que algo mude mas que a mudança não comece pelo treinador. E não digo mais para não ser um mau associado de quotas em dia.

6.º Amanhã espero que os passaritos ganhem. Não serei benfiquista mas sou Português e espero que a garganeirice de Jesus já tenha passado, para sempre e a dos adeptos, que tenham aprendido algo e que ganhem limpinho e não como contra o meu Sporting. Que não se repita o que o Sporting passou em 2005. Mas se tal não acontecer e acabarem por ver o caneco fugir sugiro a compra dos "lenços do adeus" futuro produto do santuário de Fátima. É pedir uma caixa de seis milhões deles, mais coisa menos coisa...

7.º  A moody's elevou o rating da dívida da grécia. Passou de "reles" para "reles mais".

Som ambiente

O que tem andado a ambientar o carro




quinta-feira, maio 2

Sou palerma, logo insisto.


A palermice só se torna tal quando uma pessoa repica ou insiste ou abusa na mesma atitude, argumento ou estratégia quando já se percebeu que tal situação não faz sentido e/ou produz os efeitos pretendidos. Frequentemente tal facto faz-se sobressair se:
- a palermice acontecer no seio de um grupo grande - o palerma destaca-se;
- se já existir alguma desconfiança da existência da palermice e se a abertura pouco ponderada da boca confirmar as suspeitas. 
Ou seja, se eu não tiver a chave da porta de nada me serve tentar abrir a porta à cabeçada. Provavelmente até poderá resultar no longo prazo mas... algo me diz que no entretanto a minha saúde me fará mais falta. Mas se tal saber não for empírico basta dar a primeira investida para se perceber o ponto de vista.
O palerma de serviço, ou palerma máximus = PM vai voltar amanhã a insistir nos mesmos argumentos com as mesmas estratégias servindo-se da mesma mesma atitude, o "namoro à janela".
Amanhã o palerma-mor vai de novo à tv depois de o ter feito "n" vezes esperando que o namoro se consuma. Esperando que, depois de o ter tentado anteriormente com a mesma conversa melada e armado com o mesmo "bouquet de flores", o final da história seja diferente do que tem sido. E ainda por cima vai voltar a dar-me cabo da hora do jantar. Palerma. 

quarta-feira, maio 1

Nanofilme :)



A IBM, empresa que revolucionou as casas por todo o mundo ao permitir que nelas pudesse existir um computador pessoal, desenvolveu uma série de técnicas laboratoriais, só acessíveis a laboratórios bem apetrechados ou a empresas monstruosas como esta, e criou o primeiro filme atómico ou, nas minhas palavras, nanofilme. Um filme não acessível ao olho humano desnudado :) chama-se a boy and his atom. E penso... que portas estará esta gente a abrir aqui? Irá dar-se uma revolução como foi a do laptop? Only time will tell.

segunda-feira, março 18

About Gaspar "tripes"

E o acumular de más previsões começa a deixar a ideia no ar de que o Ministro das Finanças não é muito competente... demorou um pouco para que tal facto viesse à tona no meio de tanto elogio às capacidades técnicas e "tácticas" deste monstro dos números. E nem mesmo o monstro das bolachas para rivalizar com tamanho monstro da incapacidade, impreparação, inadequação e na destruição, desta feita, não de bolacharia vária mas de postos de trabalho e da economia que os sustentava, de metas de défice ou da dívida ou da execução do orçamento. Bom bom, é o faz de conta - o faz de conta que isto está a resultar aos olhos daqueles que gostam de ser enganados ou se deixar que outros o sejam quando eles sabem que o engano é, por si, enganador. 
Mas talvez a culpa não seja do ministro mas sim de algum vírus que lhe atacou o ficheiro excel, o vírus Portugalum Realitix. Ou, para aqueles que acreditam que o ministro não o é tanto mas sim um mestre astrólogo, género mestre "Karamba pró-excele", talvez a culpa seja do astros que ele julga que se movem à volta e em função de um país que ocupa o centro dum universo psicadélico assente numa quietude celestial. A culpa mesmo é do tanso que o escolheu ou... A culpa aliás é de tanta gente que longe de morrer solteira, ela seria vista era como uma meretriz. Talvez seja a altura do ministro da saúde tomar conta disto, da cegueira do ministro das finanças. Ou talvez a da agricultura e mande abater o espécime. Ou talvez o da educação que o mande para as novas oportunidades. Ou talvez a da agricultura, que também é das pescas, que ensine o ministro gaspar a pescar algo, nem que seja no prato. Ou talvez o emprego oriente o ministro nas suas reais capacidades. Ou talvez... o raio que o parta.

domingo, março 10

Wind in my hair, I feel part of everywhere


"The freedom and simple beauty is too good to pass up... "

.

Ontem vi um filme que tinha ali guardado e que andava para ver mas que fui adiando. Sabia a reputação deste mas estava convencido que, a par de outras vezes, a reputação seria merecida mas algo exagerada. Não foi essa sensação com que acabei quando o mesmo terminou. Não consigo bem dizer ou discutir sobre este. Posso apenas dizer que é um filme bom, bom de um modo ou numa categoria à parte. É um must see ou um filme que não se deve passar pela vida sem ver. Do qual se tira, em modo condensado de duas horas, uma vida cheia de ideias daquelas de ficar e se ficar nelas, se é que ainda não andam por lá sorrateiras, de ponderar sobre as coisas numa vertente verdadeiramente filosófica e não filosoficamente como aquelas que absorvi nas aulas da dita disciplina ou como as que encontro a espaços, curtos, em alguns poemas musicados ou não.
Não se retira vontade de ir, até porque todos somos diferentes e o modo como encaramos tudo difere de de uns para outros, até mesmo no mesmo corpo, dependendo do dia, da inclinação do sol, a direcção do vento...
Acho que a vida merece que a gente que o sente, a dada altura, o faça mesmo, sem receio mas com a certeza de voltar. O homem é um ser social, fica bem sozinho, assenta-lhe bem como lhe assenta as ideias mas não em solidão.
O filme foi into the wild, retrata a aventura de, sensivelmente, dois anos de Alex Supertramp, o qual antes disso e no instante seguinte a encontrar o que procurava (e todos procuram) dava-se pelo nome de Christopher McCandless. A banda sonora tem o selo de Eddie Vedder e caminha de mão dada com a história. Escolhi uma imagem mas apenas o filme faria a justa referência ao filme.

segunda-feira, março 4

Big trouble in little EDP

...passou-se à hora do almoço. António Mexia, numa acção de propaganda da EDP no Alqueva (já agora, quando se vendeu a EDP a barragem do Alqueva também se "achinesou"!? Quem souber que responda) foi questionado sobre que opinião lhe merecia a notícia sobre as putativas modificações que o luso ou luso-chinês ou chinês-luso ou só mesmo "homem novo" chinês Eduardo "Pentelhos" Catroga queria patrocinar, de braço dado com a meretriz chinesa, na administração da EDP. Clarinho como a água nada disse porque é o que se chama "assalariado", ainda que nesse grupo seja daqueles "bons" assalariados. Ainda assim lá acabou por, como ex-político que é, dizer algo sobre o tema. Disse e passo a citar as suas palavras e o seu erro (só disse isso e mesmo assim enganou-se): "que se o atual modelo não servisse os interesses da empresa, a elétrica não seria a maior empresa portuguesa e o maior investidor em Portugal".
Ora desdigo António Mexia ao dizer que efectivamente a EDP é uma empresa mas uma pequena empresa Chinesa. A relatividade é danada...

A esperança não está perdida! Mas veste collans porque está frio...


Só posso dizer que há esperança. Quando tudo parece a caminho da completa perdição heis que surge a resposta do local mais (ou menos diria o meu irmão, sabedor e seguidor destas temáticas) insuspeito. Não sei porquê Bradford... tenho que perguntar ao Serra... mas parece que finalmente saiu à rua a resposta, em collans, à injustiça e à total ineficácia policial! Não é um pássaro, um avião ou o "zuper"-homem. Ele é o homem bacardi, isto é, morcego! É batman! 
Precisa ali de umas dicas de pose e de uma ida ao ginásio mas o primeiro já cá canta, "venham mais cinco"!

Parece-me bastante bem daqui. Ver se confirmo ao vivo


A bola passou para o lado de lá. Há lado de lá? Há quem jogue?

Todas as acções ou actividades concorrem para um ou vários objectivos. Todas elas procuram alcançar algo novo ou, em certos casos, uma melhoria do que existe. A manifestação ou manifestações de sábado não eram ou foram uma demonstração diferente nos seus propósitos. A dinâmica política ou mais concretamente a falta dela não consegue fazer sair o país de uma série escolhos: desemprego crescente e insustentável, uma carga fiscal das maiores da europa sem os proveitos devidos, uma quebra sucessiva de contratos sociais que ambas as partes firmaram mas que uma delas (o estado), pela inépcia dos sucessivos eleitos, não tem a capacidade de cumprir, uma dívida também ela em crescendo a par do défice que se mantém em valores indesejados ainda que os cortes tenham sido demolidores, uma economia em perfeita apoplexia ainda que a revista Forbes indique que os mais ricos do país continuem alive and well. Numa época de frenesin avaliador, questiono-me sobre a avaliação a dar a Gaspar, o técnico "creme de la creme". Um creme azedo, no mínimo, ao sol lusitano...
Voltando à manifestação. Segunda-feira, e começam todos a dar a sua achega ao acontecimento, tal como eu. Não vou pegar nas palavras e letras de outros ditas ou escritas noutros sítios, que foram muitas, variadas e mais ou menos activadas pelos testemunhos de pessoas que realmente passam mal. 
Coisas que ficam: 
- não me interessa saber o número ou sequer uma estimativa, vendo as imagens era muita gente em muitos sítios e isso não se pode negar; 
- também é certo que mais uma vez que chega à conclusão que existe um grupo considerável de pessoas que dança mais ao som deste tipo de demonstrações do que daquelas convocadas pelas forças habituais; 
- fica uma sensação de vazio sobre "o dia seguinte", isto é, feita a demonstração de vontade, como será possível cavalgar esta onda que se gerou - é aqui que reside a força e o calcanhar d'aquiles deste tipo de mobilizações, ou seja, como canalizar agora este discurso, estas intenções, como lhes dar resposta num ente se representatividade, sem cara e com voz disforme e sem timoneiro(s);
- que mensagens recolheram os que, em direito reconhecido em eleições, gerem o país mas de um modo desaprovado por uma faixa da população que já não é passível de passar desapercebida e nem deve;
- que ideia fica de um povo onde a abstenção em actos eleitorais é tão elevada mas que se conseguem mobilizar deste modo? O que está mal? Os partidos obviamente porque a população, bem ou mal, coerentemente ou não, parece ter ideias, tem vontade de as exprimir e deixou deconfiar que o seu voto ou o dos outros (no seu modo eleitoral lambão ou despreocupado) no seu lugar, nos dias assinalados, nos locais próprios seria um modo de estar suficiente para fazer com que o burgo fosse "reinado" de um modo aceitável; 
- e já agora para quem diz que não somos capazes ou inventivos, basta dar uma volta pelos cartazes onde cada qual expressava de um modo bem singelo e muitas mas muitas vezes de um modo inteligente os seus sentimentos sem recorrer ao vernáculo puro que seria certamente o que apetecia. Parem de dizer que os melhores estão a sair porque parece que quem opta por ficar é mentecapto ou não tem valor.
E agora, tal como eu pensava quando nas semanas anteriores ouvia a Grândola? Continua-se a cantar, desta vez os "vampiros"? Uma nota interessante que havia já sobejado do 15 de Setembro foi o desgosto, para não dizer ódio ou asco, que as pessoas guardam ou identificam na pessoa do Presidente da República. O "e agora" de há pouco relaciona-se mais do que seria desejável com a sua pessoa. E agora deveria existir, pelo menos e há falta de outro sentido no interior do governo, de uma voz que tivesse o "poder" de canalizar sentimentos, revoltas em acções democráticas. E como isso não deverá ser feito, e não quero saber da magistratura de influência que disso anda tudo farto, quer ver-se é acções palavras, actos, compromissos claros, que se seguirá? E não se lembrem do PS, pelo amor de Deus... Eu gostava, e gostar aqui é um modo quiçá estúpido de dizer, de ver o país literalmente parado, quieto, estático durante uma semana, em suspenso há espera de que o governo se dignasse a começar a governar. Sou, em alguns aspectos, fã do modo de protestar de Gandhi. 

terça-feira, fevereiro 26

26 de Fevereiro... pixies, claro está

Mazgani: boa música, boas paisagens. Tudo bom.




Impasse europeu: cena 50 000, take 1

É da praxe, sempre que posso e me lembro, ver os jornais às doze badaladas ou, como é conhecida, a hora da cinderela. Hoje não foi excepção findo que foram os exercícios de química orgânica (pelo menos por hoje...). Na primeira página do Público diz-se que a votação na Itália deu origem a um mexican standup eleitoral, ie, ficou tudo na mesma num empate técnico.
Ora o mexican stan up tem a vantagem de que há sempre um jovem mais nervoso que "destroce" o equilíbrio. Em eleições... nem por isso. Haverá juras de amor eterno e promessas de fidelidade mas a Itália não é como aqui o burgo e ou o governo morre à nascença ou ainda com os votos mornos já o mesmo está mais que morto. 
Isto traz-me à memória o tempo da implosão da crise na zona Euro há sensivelmente 3 ou 4 anos. Dizia-se então que os governos que haviam conduzido os países áquele beco orçamental seriam duramente castigados e, com excepção da Alemanha, que já chafurdava na lama da direita, todos os países voltariam para esse mesmo lado abominando os governos de esquerda. Ora, a Itália votou neste último par de dias após o governo tecnocrático de Monti que colocou ou tentou, ou dizem que fez as duas ou uma ou talvez nenhuma delas, as contas no lugar. Um governo tecnocrático (como é claro de direita). Ouvindo os italianos na tv sobrava um descrédito relativamente à política sofrível, um pouco como cá. Eles queriam ir votar mas não sabiam em quem (pareço eu com o meu Sporting). Ora este foi o primeiro país a levar a votos o "governo salvador" do pós-pseudo-esquerdista (no caso deles até era de direita mas do estilo popularucho) governo lhes cavou a bancarrota. Vejo semelhanças...
Se os países intervencionados, e deixemos a Grécia de fora porque os coitados já devem estar a milímetros de fazer sessões de espiritismo para convocarem das cinzas os seus mitos e filósofos, pudessem votar hoje o impasse seria igual. O discurso de um italiano este fim-de-semana seria igual ao de um português ou espanhol ou talvez irlandês. Assim sobejam questões: haverá alguém atento no campo dos decisores que perceba isto? Para onde virará a Europa, como um todo, quando a ingonvernabilidade se espraiar a mais países? Será possível acudir a todos por igual ou será como até aqui? "Alemanha não é a França; França não é a Itália; a Itália não é a Espanha; a Espanha não é a Irlanda; a Irlanda não é Portugal; Portugal não é a Grécia e o último feche a porta para ninguém se resfriar...
Quantas eleições ou eleições seguidas de novas eleições serão necessárias para fazer provar que os partidos políticos europeus estão podres? Parece não existir um país que pense o contrário. Não será que, para além dos partidos nacionais, a podridão teria que ser combatida desde Bruxelas? Digo isto porque com o pacto orçamental as regras e a perda de soberania dos países é demasiado evidente. Estarão todos à espera do colapso? O que custa mais a um povo, a sua dívida incobrável, impagável ou o seu regime, ainda que com defeitos, democrático? Fiz-me lembrar o Al Gore na sua rábula sobre o ouro e a Terra no seu célebre documentário...

domingo, fevereiro 24

O dia está sempre a começar


Rapid Eye Movement

sábado, fevereiro 23

Quem diria, o lodo eleitoral espessou-se na presidência

Como eu sei que a minha mãe, principalmente, não gosta que eu pragueje, a não ser quando ando mais triste que tudo é menos importante que isso para ela, eu tentarei não usar vernáculo no que se segue. Ora vinha hoje de viagem quando ouvi que a presidência da república conseguiu fazer a quadratura do circulo, entenda-se, deu como o rato da lei da limitação de mandatos. Um "e" no sítio de um "a" no texto legislativo parece ser o cerne da questão. Para mim não é. O que as minhas palavras contam? Nada, nicles mas vou deixá-las aqui na mesma. 
Primeio: os asnos que estiveram na base da redacção da lei não se entendiam nas suas convicções do que se teria passado à data. Aquilo que se chama o espírito, não santo que isto é política, mas da lei. Ora a diário estes contradiziam-se a cada serviço informativo. Conclusão: paparam uma taxada a esses abortos para redigirem um parágrafo mas nem isso conseguiram. Pergunta: estiveram mesmo lá ou aquilo veio cozinhado de algum lado? 
Segundo: após a lei ser publicada ninguém teve a capacidade ou o descernimento de dar com o erro!? Parece que só fora do parlamento é que a letra da lei é lida a diário e com oslhos de lince. E ainda quer o ministro da educação colocar a rapaziada nova a ler rápido! Para quê!? É preciso é saber ler e isso parece, ainda que eu já desconfiasse, que as bestas políticas só sabem consumir o ar que, pelo menos a mim, me faz falta. Era matá-los e falo a sério.
Terceiro: o presidente da república não consegue dar com nada da rés pública, a não ser tudo o que se refere à raça bovina e a sua capacidade de sorrir no verde prado, mas teve... engenho!? arte!? Para conseguir identificar tal mácula? Estou abismado com esse nível de aprumo. Se pelo menos o tivesse tido para o acordo ortográfico... 
Quarto: não deixa de ser estranho que não tenha sido feito um esforço político para que a lei voltasse de novo à base no sentido de clarificar a mesma. Assim o interesse político é mais do faz-de-conta uma vez que deixa a ideia de que a redacção da lei seguia uma ideia farmacológica: lei de espectro largo, isto é, para servir tudo e todos conforme os interesses destes filhos de meretrizes de baixo orçamento.
Quinto: Não deixa de ser suspeito ou interessante que isto tudo tenha começado com a ideia de que se devia acabar com os caciquismos e compadrios camarários que transformaram muitas cidades em verdadeiras coutadas partidárias para completa ruína local, regional, nacional. O espírito era o de limitar o cargo e não a região em que o indivíduo actua.
Sexto (e último): Não deixa igualmente de ser curioso que o debate sobre esta situação só tenha sido resolvido após uma decisão judicial proferida pelo tribunal constitucional em que um presidente de câmara, no caso um cacique do PSD, foi acusado, condenado e confirmada a sentença pela dita instância a perda de mandato quando este já não se encontra na câmara onde ficou provada a prevaricação. Ou seja, o tribunal e quero crer o sistema judicial e bem, condena o indivíduo pelo acto que este fez independentemente de se este foi feito na câmara a que pertence no momento ou não. O tribunal leu o cargo e não a geografia. O tribunal leu a violação legal e diga-se, a moral ou a falta desta, do cacique e não do cacique em função da câmara onde foi cometido o ilícito ou ilícitos. Ora se espiríto se mantiver, todas as acções interpostas para contestar as candidaturas dos caciques paraquedistas poderiam esbarrar no mesmo fim, certo? Certo. Vai dai cai do céu este achado. Mãe desculpa agora...
Que diferença faz chamar filhos DA puta ou filhos DE puta a esta gente? Nenhuma porque o meu espírito continua a perseguir o mesmo fim, classificar estes seres no que realmente são. Aliás são isto e muito mais mas é tarde...
Se fosse lider do PS juro que não deixaria que isto fosse alterado. É lei eleitoral e necessita de 2/3 dos votos e se a sua redacção não é consensual, ou volta à base ou teria que se manter conforme ficou redigida. Haverá tomates para isso? Não me parece porque esses, tais como os anteriores, também são filhos DA ou DE puta, como quiser entender.