terça-feira, maio 21

A Europa a fazer por expirar

















Quando vi a notícia na tv não percebi bem do que se estava a falar. Hoje por duas vezes caí, via rádio, no assunto e acabei por estar aqui a terminar a noite ao som dos daft punk e nas linhas irrecusáveis do MEC. E não há como tentar fazer melhor, ele diz tudo, em conta peso e medida, na forma, no tempo e no modo certos. Mas no final de tudo, devíamos revoltar-nos! Mais uma. Existe uma completa separação entre os políticos e as suas populações e este é mais um flagrante caso. Mais um tiro no pé do (incerto, instável) balanço europeu. 
 
A invasão que aí vem
Por Miguel Esteves Cardoso in Público
19/05/2013

No PÚBLICO.pt de ontem dá-se conta de uma reportagem da LUSA sobre o protesto dos pequenos produtores da aldeia transmontana de Duas Igrejas contra a nova lei das sementes que está quase a ser aprovada pelo Parlamento Europeu. Falam por todas as sementes, todas as hortas, todos os agricultores e, sobretudo, pela economia e cultura portuguesas. A lei das sementes - que proíbe, regulamentando, a milenária troca de sementes entre produtores - é pior do que uma invasão francesa de Napoleão.
É uma invasão fascista que quer queimar a terra para preparar a incursão das agro-corporações multinacionais (como a gigantesca e sinistra Monsanto) que virão patentear as sementes que são nossas há que séculos, obrigando-nos depois a pagar-lhes direitos de autor, só por serem legalisticamente mais espertos. Pense-se em cada semente como uma palavra da língua portuguesa. Na nova lei colonialista das sementes é como obrigar os portugueses a sofrer a chatice e a despesa de registar tudo o que dizem, burocratizando cada conversa.
Atenção: é o pior ataque à nossa cultura e economia desde que todos nascemos. Querem empobrecer-nos e tornar-nos ainda mais pobres do que somos, roubando-nos as nossas poucas riquezas para podermos passar a ter de comprá-las a empresas multinacionais que se apoderaram delas, legalmente mas sem qualquer mérito, desculpa ou escrutínio.
Revoltemo-nos. Já. Faltam poucos dias antes de ser ter tarde de mais. E para sempre. Acorde.

PS: perdoe-me o Público pela cópia integral e em reforçada ideia, o seu autor.

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