sexta-feira, fevereiro 29

Baptismo ecológico


(clique na imagem para aumentar)

Hoje aqui em casa fomos verdadeiramente conscienciosos. Circulou nos mails, e pela Internet em geral, um pedido, um acto simbólico a fazer com data e hora marcada. A ideia era saltar centenas de anos atrás através da utilização de uma máquina do tempo? Não, foi mais simples, para tal bastava desligar o quadro eléctrico “no geral” e com isso não pedir energia à rede, a rede não pediria recursos à natureza e então ela poderia respirar fundo como há muito não o deve fazer. O desiderato ecológico estava marcado para hoje, dia 29 (data simbólica nem que seja porque deixa a ideia que a terra só irá respirar de novo daqui a quatro anos… esperemos que não) das 19h55 até às 20h. Olhando pela janela percebi, do fundo das sombras que invadiram tudo e todos dentro de casa, que respirar respirar a Terra não deve ter respirado muito, foi mais um querer e poder mais que o normal mas mesmo assim insuficiente para tanta pancada que, por exemplo, nesses cinco minutos levou daqui, dali, lá longe, de tudo, de todos. Eu tive hoje o meu baptismo ecológico, já que durante cinco minutos, trezentos segundos inteirinhos, completos pus-me à parte e dei lugar a quem já cá estava antes de mim. E vocês já se penitenciaram ao verde?

quinta-feira, fevereiro 28

Dos fracos não reza a história!



Hoje, para mim pessoalmente, é um dia de orgulho, muito orgulho. Não sou pessoa de fazer grandes demonstrações ou pelo menos assim me revejo mas hoje senti-me orgulhoso e disse-o sem receio.
Na vida temos a sorte de encontrar e conviver com pessoas que nos marcam. Para mim até hoje havia e há uma bom punhado delas mas no topo estavam umas poucas especiais. Hoje houve outra que chegou lá acima. Diz-se que existem professores que passam por nós e não nos deixam indiferentes. O meu professor da escola primária (grande, imenso Professor Lourenço) foi o expoente máximo desse sentimento mas hoje levo para lá perto outra pessoa que sendo professora apenas a conheci como Orientadora de Estágio. Por uma questão de reserva não vou, nas suas palavras, ”fazer estrilho” mas não posso deixar passar a circunstância sem escrever algo. Vamos contextualizar…
Sabemos que a política educativa deste país está em convulsão completa e comparo-a a um incêndio massivo em absoluto descontrolo. O desagrado é tanto que os professores, corporação que não é conhecida por serem unidos em prol dos mesmos objectivos reivindicativos, espontaneamente têm-se juntado e fizeram da injustiça e cegueira ministerial, força. Esse “estado de alma” é visível nos jornais diários e nas edições televisivas de informação algo que, em termos biológicos, só tem comparação em organismos que combatem por sobreviver.
O (des) governo, em resposta a essa organização espontânea, tem-se desdobrado por todo o país em acções de expurgação de mentalidades dos professores que pertencem ao partido, de forma a conseguir apoiantes infiltrados dentro da classe. Uma dessas acções de propaganda decorreu ontem na cidade de Castelo Branco. Não estive presente mas foi-me referido que o propósito do (des) governo está a ser cumprido já que quando confrontados com a Ministra o nervoso (normal) invade e a personalidade dos participantes é tomada por um jeito zombie, sem vida ou amor próprio que apenas lhes permite verbalizar o inerte “na generalidade estamos de acordo”.
Alguns deles têm responsabilidades acrescidas no seio das escolas e por tabela, já que lhes dão a gentileza de os auscultar, uma pequeníssima com a assumpção das medidas a aplicar. Para tristeza minha e de muitos milhares de professores, os alinhados, os que continuam a votar no partido “porque sim, porque sempre votei” cuja mentalidade eu apenas encontro paralelo na minha doce avó de oitenta e muitos anos, existem, estão em lugares decisivos e o seu yes a tudo isto tem apenas significado no poder próprio que daí advirá e não num qualquer estado estupidificação.
A minha Orientadora aqui quebrou a rotina, não se alinhou, fez valer o raciocínio lógico, a vasta experiência de muitos anos de “voo”, colocou o receio para canto (só custa no início né!?) e disse o que pensava, o que pensamos muitos, olhos nos olhos. Numa plateia, que acredito composta, FOI A ÚNICA, repito A ÚNICA a chamar os “bois pelos nomes” e nem após a sua intervenção os zombies acordaram, contam os relatos. Deixo aqui a minha admiração e um novo nível de contentamento por ter podido e, ter de novo a oportunidade de poder partilhar, partes do meu caminho com ela.
Como escrevi aqui uma vez “Mais vale morrer em pé que viver ajoelhado!”.

quarta-feira, fevereiro 27

Informação


Os órgãos de comunicação social deviam ter mais atenção na criação das manchetes. Se aos que têm vícios de tablóides esse cuidado não lhes é reconhecido como necessário, fazem disso o seu código d’escrita, já aos jornais nacionais e de referência essa prática para além de justificada seria também um exemplo de bom serviço público e de cidadania. Pois bem, na primeira página de alguns jornais é feita referência “à vitória” dos professores na disputa com o Min. Educação devido às aulas de substituição. Não sei se estarei a ser picuinhas mas nestas discussões sobre questões educativas, por vezes, passam-se termos que de facto aos poucos vão sendo modificados e que no final a distância entre a realidade e a notícia, é mensurável. Os professores não estão contra as aulas de substituição e nem podiam já que a sua validação estava consagrada pela anterior lei por eles subscrita em negociação.
O problema surgiu em dois pontos: primeiro as pessoas estavam habituadas a que estas não se verificassem, havendo uma resistência normal do status quo que não se queria alterar (e mal claro). Como em tudo neste país, as leis são feitas mas depois não são correctamente aplicadas; segundo: serviu de desculpa nalguns casos mas foi a realidade em imensos sítios que as substituições ou a aplicação da regulamentação não pode ser feita do dia para a noite. Para serem bem aplicadas é preciso haver coordenação porque foi uma realidade, existiram professores de Português a substituir professores de Educação Física em pavilhões, sem que existisse uma sala de aula que pudesse ser utilizada na leccionação de uma aula de Português. Eu próprio substituí, sendo de Física-Química, aulas de Inglês, História, etc até Ed. Musical (situação que até é algo incorrecta já que se o Min não me revê capacidades para dar aulas ao 2.º ciclo, a substituição dessas turmas deveria ser feita por professores “aptos” para tal. Sou professor e esta distinção é estúpida mas a lei faz e se se cumpre num sentido terá obrigatoriamente que se cumprir no outro, tal como o código da estrada).
Não é a ideia que está mal é a aplicação “à pressa” da mesma e a concepção generalizada que se faz passar de que os professores são “uns baldas”, que faltam muito. Faltavam muito alguns mas não era certamente a maioria. Chegou-se a um valor de três milhões de euros que o estado tem que restituir e parece que todos faltaram sem justificação o que também é errado. O tal serviço público de comunicação, que se quer isento e completo, faz passar essa atoarda algo que muitas vezes me faz pensar que não são mais do que puppets do poder instituído. Todas as substituições que fiz resultaram de faltas por doença. Como sei? Sou colega das pessoas, convivi e convivo com elas diariamente. Os professores fazem de máquinas mas até a eles não estão livres de que lhes funda “um fusível”. Por isso senhores jornalistas sejam neutros, independentes e escrevam o “conto” todo e não apenas as partes sensacionalistas.

A lei do mais forte



O que acontece sempre que o estado liberaliza ou compele certas empresas, assentes em monopólios, a deixar de cobrar certos valores? Bem… elas fazem batota, dão a volta ao texto, talvez contratando os mesmos advogados que estiveram na origem da renovação legal, e assim conseguem, às custas dos mesmos de sempre, aumentar as margens do costume. Diria que é uma prática “xico-espertista” ou muito Portuguesa. Porque toco no assunto. Bom, temos tido exemplos flagrantes disso mesmo seja na questão dos combustíveis, ginásios etc. No dia de ontem o desgoverno aprovou a lei que proíbe cobrança de aluguer de contadores água, electricidade e gás.
Algo me diz que esta lei terá o peso que a comunicação lhe quiser dar, isto é, dependendo do barulho que a comunicação social faça assim o roubo que será certo com a morte, por parte dos tycon’s, vulgo monopolistas ou açambarcadores, será maior ou menor. A lei entra em vigor no dia 26 de Maio, por isso estejam atento. De acordo com a lei passa a ser proibida a cobrança “de qualquer importância a título de preço, aluguer, amortização ou inspecção periódica de contadores ou outros instrumentos de medição dos serviços utilizados e de qualquer taxa que não tenha uma correspondência directa com um encargo em que a entidade prestadora do serviço efectivamente incorra, com excepção da contribuição para o audiovisual”. O tempo dirá se terei razão ou não.

terça-feira, fevereiro 26

Reacções



O meu artigo sobre “cortar o mal pela raiz” com um political/burocratical killer parece que teve acolhimento. Não só nos comentários (nunca poderei agradecer em conformidade a gentileza de tal acto) dos fieis leitores mas, e acredito que o Eng. Belmiro Azevedo não seja leitor, também de pessoas acima de suspeitas. O Eng. Belmiro de Azevedo, pessoa empreendedora como poucas por cá por quem tenho uma certa simpatia, preferiu um tom mais consentâneo com a posição, a idade e os negócios que ostenta mas também não calou.
Transcrevo para aqui a sua posição que, na minha humilde opinião, carece de… arrojo."…que, para garantirem lucros, aumentam os preços prejudicando o cliente, que é o mesmo que o Estado faz quando não tem dinheiro quando aumenta os impostos. É preocupante a atitude dos bancos: se os custos sobem os lucros têm que subir, é um raciocínio perigoso, estatal (…) A pressão fiscal deste país é enorme, e cobra-se de qualquer jeito (…) as empresas têm tanta oferta para se localizarem ou re-localizarem, que a decisão em Portugal pode ser a de bater com a porta". Lembro que ainda esta semana um casal comerciante algures no Alentejo, pegou na tasquinha e foi fazer vida para Espanha.

segunda-feira, fevereiro 25

Oferta de trabalho


Encontrava-me sossegado, ou o mais que podia, a ouvir as notícias mudando de canal com a mesma frequência com que os membros, perdão, apêndices do desgoverno surgiam na TV quando aconteceu algo. Estava a começar a ficar alegre, porque ia deixar a irada, neurótica e cíclica mudança de canal (os apêndices iam deixar de aparecer..) quando dou de caras com a notícia dos lucros da banca. Para um país como o nosso aqueles valores, relativos aos lucros obtidos pela banca, são perfeitamente, indiscutivelmente ordinários. E dizer isso sabe-me a pouco. Já aqui havia matéria para escrever algo mas vai daí o novo administrador da CGD, tomado certamente por algum tipo de alucinogénico potente e sujeito a prescrição médica, toma a palavras e atira uma atoarda com este sentido - Existe a necessidade de aumentar a taxa de juro do banco (a margem de lucro) devido a que os empréstimos entre os bancos estão cada vez mais caros.
Ganhos na banca: dois mil milhões de euros, ou seja 2 000 000 000 euros!
Desde as palavras néscias de... do senhor Presidente da Administração da CGD até à vontade de contratar um assassíno em série foi um ápice. Existe material neste país para se ganhar uns cobres valentes às custas dos imensos assassinatos que de o país, por certo, beneficiaria. Por isso faço um apelo veemente a um assassíno ou a alguém que seja "vontadeiro", que faça o favor de vir cá e limpar este país. O país por certo arranjará maneira de fazer merecer tamanha boa vontade. Fosse eu velhinho e estaria a escrever para mim próprio...

PS: a empreitada nem será nada de estraordinário já que a polícia nada apanha, quando apanha os juizes soltam.

A ovelha com educação de lobo!


O tempo é daquelas coisas que acaba por nos ir dando razão. A prova de que afinal é um lobo e não uma ovelhinha está ali. Clicando lê-se melhor.

PS: Um Doutoramento nunca deu, nunca dá e nunca dará educação. E em Sociologia ainda menos. Mas não quero colocar todos os ovos o mesmo saco:

"Talvez fosse diferente se os políticos tivessem de responder, com os seus bens, pelas dívidas de que são responsáveis" - António Barreto, um verdadeiro Senhor.

sexta-feira, fevereiro 22

No comments . 1

Afinal o país tem vida



Pensava que era um mito, tal a espiral descendente e extrema que esta democracia tem consumado. Afinal existem neste país pessoas, elites ou não, que têm capacidade de intervenção mas têm, principalmente o poder de falar bem, de modo claro e com projecção mediática para tal. As pessoas andam um pouco fartas de discursos inertes semanais de personalidades inactivas democraticamente. Não sei quem é a SEDES, não sabia da sua existência mas, bem vinda. Deixo o link do texto completo. Devem ler.

PS: Só não entendo é a intervenção do PR que "... entende e partilha a opinião". Devia estar calado principalmente quando falamos de alguém que, apesar de bibelot político, tem mais vida do que um mero cão de louça.

Para rir . 7

Democracia enregelada



Achei muito curiosa a posição de Cavaco Silva sobre a recentemente promulgada "Lei de vínculos etc etc". O Presidente tinha muitas reservas em certos pontos mas, no final do dia, a Lei lá passou e nada mais ficará para a história. Alguns meios de comunicação afirmavam que Cavaco Silva teria ficado... algo aborrecido devido a que a Lei voltou à base (leia-se à casa da democracia que é regida pela escumalha social) e da mesma trouxe poucas alterações e nenhuma das fundamentais. Pois bem se o digníssimo Chefe de Estado ficou aborrecido o que se poderão dizer as pessoas e as suas famílias que irão sofrer na pele com a referida Lei. Já agora, vai sendo tempo do Presidente se deixar a famosa "convergência estratégica". A convergência as pessoas até entende, já a estratégia... a não ser que ela seja a inauguração de um novo ciclo em Belém - um Presidente a completar apenas um mandato.

Duas caras da mesma moeda



A sabedoria popular conta que, por vezes, o feitiço se vira contra o feiticeiro. Pois bem a António Costa este dizer assenta como uma luva. Inicialmente nas funções de ministro, António Costa decidiu dar verdade às contas das autarquias, as quais eram tratadas como se fossem uma fonte inesgotável. Ora bem estaria a Lei bem? Estaria mal? Não sei, o que sei é que o ministro decidiu ganhar vida própria (este governo dá má reputação) e orientou-se para a Câmara de Lisboa a qual se ergue, mo género autárquico, como o maior sorvedouro de recursos financeiros, lobbys, boys e afins.
Antes mesmo de chegar lá, Costa já sabia como iria “tratar da saúde” do buraco. Pois bem mas em vez de descarregar entulho, entenda-se mais uns quantos empréstimos, o ex-ministro entalou-se no parecer desfavorável do Tribunal de Contas (quem diria que Guilherme de Oliveira Martins iria fazer o trabalho isento que tem feito? Ninguém!). Ora bem e como um menino que não se sabe defender no “pátio da escola”, pátio esse com regras por si definidas, decidiu ir ter com os “primos” para ver se o resgatam da embrulhada. “Os primos” são o Professor Marcelo Rebelo de Sousa e os constitucionalistas Vital Moreira e Jorge Miranda. Pois bem toda esta história dá-me duas ideias: “A primeira é que o que não é bom para mim é bom para os outros” pensamento a vaguear na cabeça do António Costa; A segunda: Será que o Tribunal de Contas não saberá fazer contas? Ou melhor, será que estes eminentes advogados, é que irão ensinar os distintos quadros do dito tribunal a somar? Se realmente a história der um volte face de 180 graus, a política ficará bem servida? Os cidadãos ficarão a pensar: “é pá naquela tribunal também só há gente que frequentou cursos da Ministra Lurdes Rodrigues, daqueles que ganham o diploma sem nada fazerem” ou então “desde que se tenha um bom padrinho, tudo é possível” Ora bem estas últimas, por coincidência até são palavras próximas de uma proferidas por Marcelo Rebelo de Sousa num dos seus serões, quase a lembrar outros tempos… O professor disse, sobre um caso semelhante: “… dá a entender que neste país há uma justiça para pobres e outra para ricos”. A vergonha nunca tem rosto, mas acaba por ter todas as feições possíveis, até as mais conhecidas.

terça-feira, fevereiro 12

Imagem . 12


Chicago . EUA

segunda-feira, fevereiro 11

Uns são filhos, os outros enteados



E, de repente, as queixas dos utentes nas urgências calaram-se. Se o primeiro-ministro não é adepto de remodelações, a opção por ela, ainda que a medo, foi benéfica para oxigenar algumas áreas cronicamente sujeitas a críticas. Durante mais de uma semana não se ouviu nada, nicles, zerinho sobre a saúde mas as boas graças não duram sempre e… A ministra da saúde pegou no “lápis”, aproveitou a disponibilização ética de Cunha Ribeiro e despachou para parte incerta o presidente do INEM. Certo mesmo é que foi demitido. Ideias a guardar: a ministra é que deu o primeiro passo para quebrar com o esquecimento, algo que creio não lhe irá dar muitos dividendos e em segundo lugar o ex-presidente do INEM saiu calado mas algo me diz que a história não fica por aqui.
Noutra área (Justiça) o director-geral da polícia judiciária andou ligeiro nas declarações e deu uma gafe forte e feia, principalmente para quem tem que olhar, olhos nos olhos, nos seus agentes. Comparativamente ao seu ex-colega do INEM, também este devia ser “convidado a sair” mas a quantidade e principalmente a qualidade das amizades seguram uma pessoa cuja presença no cargo irá apodrecendo até cair ao chão, arrastando mais umas quantas “frutas” dessa casta. E se não recordo mal, o ainda director-geral da polícia judiciária deixou o lugar de juiz conselheiro do conselho superior da magistratura para ir para a polícia judiciária. Dá que pensar…
Outra situação incompreensível, mas que se estende no tempo e acaba por nunca se alterar, é a duração dos processos. No dia de hoje o apito deu entrada e logo se finou. “Esquecimento de uma assinatura”, alegam e bem os advogados que, aparentemente são os únicos, a par dos os seus representados, a ganhar com a situação. A Justiça diz-se cega mas é cada vez mais lenta e a cegueira move-se, aos olhos de todos, de formas particularmente misteriosas.

Velha, Europa, Velha.



Na Alemanha de leste as autoridades andam a demolir blocos de edifícios. Nessa região o número de nascimentos desceu mais de 60% quando em comparação com os tempos anteriores ao muro de Berlim. 20 000 Apartamentos, apenas em Halle (que como o nome indica, nem é das maiores cidade alemãs) serão demolidos num breve período de tempo. Em Portugal a natalidade tem estado a diminuir e, apesar de vivermos numa época de suspensão na curva descendente, o certo é que as causas estão a levar à quebra social em muitos níveis. E do futuro ninguém parece saber tal como as políticas que são miseráveis. Em contrapartida na Suécia e em França a natalidade aumenta o que deveria ser um case studie para muitos políticos europeus. Que será que tem a França e a Suécia que não tem Portugal ou a Alemanha?
Bom em qualquer dos casos (o bom ou o mau) não é possível encontrar muitos paralelismos. A baixa natalidade em Portugal encontra muita explicação nos índices económicos e de estabilidade laboral. As pessoas ganham pouco e, por vezes, não sabem se “existe o mês que vem”. O caso alemão tem muito a ver com o reflexo da queda do muro de Berlim.
Já a natalidade em França resulta da verdadeira política de promoção da natalidade. Esta política resultou, implementada a seguir à segunda grande guerra, de duas ideias: recolocar a população a níveis anteriores à guerra e também porque a França queria ter uma população que equivalesse à “força alemã”. Pode dizer-se que gato escaldado de água fria tem medo. A rede de creches em França é enorme, superior à alemã, mas os Franceses sente apesar disso imensa dificuldade em conseguir uma vaga. A ajuda para que as mulheres tenham facilidade em trabalhar parece explicar a situação de subida de natalidade. A licença inclui o que se quiser: dias na semana, o pai apenas, a mãe ou os dois. As mães em França são ajudadas por pessoas que vão a sua casa tratar de coisas que uma mãe trabalhadora tem dificuldade em conciliar. Monetariamente as pessoas não perdem nada. A mentalidade é a de que o país perde mais não ajudando do que criando ajudas para que o posto de trabalho não seja perdido. É possível verificar que a taxa de divórcios na Suécia é alta quando os pais optam por não aceitar as licenças, o que não deixa de ser curioso. Ou seja: todos os países que promovem a família antes do país, ficam a ganhar, os outros caminham para a extinção. Copiamos tanta coisa do norte da Europa mas por vezes parece que não copiamos o essencial e o verdadeiramente importante. É pena.
Deixo uma frase: “o que se pede às pessoas fora da Suécia, é impossível de conseguir e de conciliar” Cidadão irlandês que se mudou para a Suécia

segunda-feira, fevereiro 4

Imagens inéditas



Algures em meados de 2005 lá para os lados do Ministério da Educação.
Imagens inéditas enviadas por um amigo, recolhidas em fonte anónima. Um clique e far-se-á luz...