segunda-feira, fevereiro 11

Velha, Europa, Velha.



Na Alemanha de leste as autoridades andam a demolir blocos de edifícios. Nessa região o número de nascimentos desceu mais de 60% quando em comparação com os tempos anteriores ao muro de Berlim. 20 000 Apartamentos, apenas em Halle (que como o nome indica, nem é das maiores cidade alemãs) serão demolidos num breve período de tempo. Em Portugal a natalidade tem estado a diminuir e, apesar de vivermos numa época de suspensão na curva descendente, o certo é que as causas estão a levar à quebra social em muitos níveis. E do futuro ninguém parece saber tal como as políticas que são miseráveis. Em contrapartida na Suécia e em França a natalidade aumenta o que deveria ser um case studie para muitos políticos europeus. Que será que tem a França e a Suécia que não tem Portugal ou a Alemanha?
Bom em qualquer dos casos (o bom ou o mau) não é possível encontrar muitos paralelismos. A baixa natalidade em Portugal encontra muita explicação nos índices económicos e de estabilidade laboral. As pessoas ganham pouco e, por vezes, não sabem se “existe o mês que vem”. O caso alemão tem muito a ver com o reflexo da queda do muro de Berlim.
Já a natalidade em França resulta da verdadeira política de promoção da natalidade. Esta política resultou, implementada a seguir à segunda grande guerra, de duas ideias: recolocar a população a níveis anteriores à guerra e também porque a França queria ter uma população que equivalesse à “força alemã”. Pode dizer-se que gato escaldado de água fria tem medo. A rede de creches em França é enorme, superior à alemã, mas os Franceses sente apesar disso imensa dificuldade em conseguir uma vaga. A ajuda para que as mulheres tenham facilidade em trabalhar parece explicar a situação de subida de natalidade. A licença inclui o que se quiser: dias na semana, o pai apenas, a mãe ou os dois. As mães em França são ajudadas por pessoas que vão a sua casa tratar de coisas que uma mãe trabalhadora tem dificuldade em conciliar. Monetariamente as pessoas não perdem nada. A mentalidade é a de que o país perde mais não ajudando do que criando ajudas para que o posto de trabalho não seja perdido. É possível verificar que a taxa de divórcios na Suécia é alta quando os pais optam por não aceitar as licenças, o que não deixa de ser curioso. Ou seja: todos os países que promovem a família antes do país, ficam a ganhar, os outros caminham para a extinção. Copiamos tanta coisa do norte da Europa mas por vezes parece que não copiamos o essencial e o verdadeiramente importante. É pena.
Deixo uma frase: “o que se pede às pessoas fora da Suécia, é impossível de conseguir e de conciliar” Cidadão irlandês que se mudou para a Suécia

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