segunda-feira, novembro 28

O "terrorista"


...todos os dias pela manhã...
Tenho uma relação muito próxima com a minha cama e ela comigo. É o que se diz uma relação recíproca onde nos damos com a mesma vontade, apesar de nos conhecermos à pouco tempo. Mas tudo está bem acaba depressa e logo se intrometeu esse ciumento que vêem em cima. Com ele por perto a nossa relação está condenada ao fracasso. Só de pensar no seu aroma depois de feita de novo... Não é justo!
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By Guilherme (e todos os bebés) que sofre por este terrorista.

O mundo é Fado



Faltava a homenagem merecida ao Fado.
Houve anos a fio em que dissemos que Fado é Portugal. Quisemo-lo mundial e o Fado deixou de ser Português e agora é Universal.
Nos noticiários e não só, puxaram pelos fadistas de sempre, das músicas e versos de ontem e de hoje. Já eu pego na minha fadista. Não percebo de timbres mas sendo este um género muito nosso, onde as vozes portuguesas estão geneticamente ensinadas e esta menina, minha, é uma delas. Canta bem, para mim ninguém canta melhor e representa o que é para mim o Fado.

Da poda


Atenção: ruminantes travestidos à solta.


Asno. Asno é a palavra que não me tem saído da cabeça para classificar aquela espécie de animal, ou animais, que decidiu deitar o fogo ao estádio da luz. Não morro de amores pelo clube mas há coisas que não têm cabimento em parte nenhuma, só na mente de anormais. Estendo o termo às direcções dos clubes pela inteligência demonstrada em, com a boca dizer uma coisa e em atitudes fazerem outra. Fico à espera de uma confirmação mais directa às condições dadas aos adeptos visitantes, ao modo como o acesso ao lugar foi feito para encontrar algum pingo de verdade em histórias tão contrastantes. Asnos, mas não sei se é de sofrer de clubite, parece-me que ainda assim as “orelhas” são maiores do lado Benfiquista. Uma coisa é certa, ninguém sai a ganhar com isto.
De Asnos passo para Asno. Cavaco Silva começa a meter alguma raiva, explico. Se é certo que eu não passo na ponte Vasco da Gama ou não sou atendido nos Hospitais com parcerias público-privadas (leia-se, doravante, ppp's) mas pago-as como contribuinte, também é certo que sou frequentador da auto-estrada A23 e sem ela o meu percurso, engrandeceria em tempo, qualquer coisa como uma hora e meia. Passaria para o dobro. Assim, compreendo que o contribuinte assíduo dos serviços referidos e muitos outros, como a TAP ou a RTP, precise da minha ajuda para pagar esses serviços que não usufruo mas, por outro lado, não que ache que a conta da A23 seja a dividir por todos. Assim isto do utilizador pagador tem algo que se lhe diga…
Ainda assim, retornando ao Asno, não desisto de dizer que não se entende que não se revejam os contratos destas auto-estradas (e das ppp's). Não entendo sendo isso um dos cernes da questão - o problema é financeiros não é? Não entendo como Cavaco Silva promulga o diploma e acto seguido diga que são necessárias medidas de discriminação positiva para o Interior, seja ele qual for. A que interior se referia? Minas!? Qualquer dia perco o juízo e envio um fardo de palha para Belém, talvez com alimento as besteiras deixem de ser verborreadas. Numa sociedade em que o tempo é dinheiro, em que a distância nunca se tornou tão curta como agora e convém que assim fique, venha este senhor pedir discriminação depois de discriminar, em sentido oposto, e enviar o interior para quinze ou vinte anos atrás. É de débil mental. E por falar nisso não entendo como o senhor Coelho não chama o menino Álvaro e lhe diz isso. Não precisamos de dinheiro!?
É tão complicado alterar os contratos? (eu compreendo não andaram as empresas a granjear favores para agora perder o investimento feito, estando seguramente os mesmos blindados até aos dentes, os contratos claro.) Compreendo mas como parte pagante, roubada, contribuinte exijo que se lhes ofereça assim: Querem negociar isso? E negociar como negoceia uma dona de casa na banca da fruta e não como quem vai pedir e vem sem calças, como tem sido. E se eles não quiserem, tudo bem. Mas façam o seguinte: aumentem os impostos só a essa gente, coloquem a autoridade para das condições do trabalho dia sim dia sim na empresa, multem as suas viaturas por tudo o que for possível, mandem as finanças virar tudo do avesso. Façam isso, talvez resulte, talvez depois queiram negociar, honestamente.

domingo, novembro 27

Beck(a) de boa música

É um problema de dieta

D'a bola d'ontem


Do jogo. Posso dizer que do lado do meu Sporting, tirando a entrada de Matias, a equipa era aquela que esperava. Uma equipa para discutir contra outra boa equipa o resultado do encontro. Do lado benfiquista a novidade seria só a do centro defensivo e Jardel foi realmente novidade por ter entrado de início e por não ter comprometido na sua acção ao longo do jogo (isto apesar do penalty sobre o central Sportinguista).
Jogo bem disputado, não aberto e mais táctico, com o meio campo a ser o ponto de encontro das equipas. Os passes longos, mais do lado do benfica, foi o modo como ambas as equipas optaram por construir os seus ataques. Aqui sublinhe-se os muitos passes perdidos pela linha lateral do benfica. Com pressão alta os seus centrais tremeram na saída da bola e do lado dos meus no timming correcto para arrear a bola para longe no momento do aperto. Houve chances para os dois lados sendo a mais importante a de Gaitan, numa bela jogada estudada. Ainda assim as hipóteses não sorriram mais a uma equipa do que a outra e até ao golo, nenhuma equipa merecia estar na frente do resultado. O golo, como era previsível ao fim da primeira meia-hora se viesse, viria em bola parada ou erro crasso. E assim foi. O Sporting defende em zona os cantos e se o ataque ao lance não é decidido e se a bola acerta no local certo, o golo acontece e aconteceu. Pareceu-me que ainda a perder, o Sporting até ao golo tinha estado por cima do jogo.
No segundo tempo o benfica, com um golo, entrou mais moralizado e por cima do jogo e o Sporting viveu seguramente o pior período do jogo. Bola aos trambolhões, pelo ar e esse jogo beneficia a equipa mas trapalhona que para mim é a do benfica (tirando aimar e witsel). Quando a bola assentou no chão o Sporting voltou ao jogo e aí… Cardozo expulso. Não sei se… pareceu-me algo excessivo. Daí para a frente foi autocarro benfiquista e pressão Sportinguista. Podia ter dado em empate e devia mas não deu.
Nota para o árbitro: fraco, o amarelo a Elias é ridículo e durante a primeira parte teve dualidade de critérios no mesmo tipo de lance, faltas no meio do campo, onde o apito servia sempre a estranha fraqueza ao choque dos jogadores benfiquistas. Nos cartões foi pistoleiro justificando-se apenas um dos quatro mostrados, uma clara tentativa de controlar o jogo ao sabor do amarelo. Um penalty por assinalar que deveria ter visto porque o benfica marca ao homem ao contrário do Sporting que como marca à zona não promove esse tipo de situações. Não cumpriu os tempos e fez a vontade ao benfica no intuito compreensível de perder tempo.
Na análise do jogo vejo um momento fulcral. Quando Domingos aposta em André Santos, a substituição perde-se e aí o meu treinador deveria logo ter apostado num avançado. Ao entrar, André nada trouxe, nem posse, nem dinâmica ou linha de passe ao meio terreno. E depois ao entrar Bojinov, Domingos deveria ter retirado André. Mantinha Insua (a subir sem travões) que na meia distância e lances parados já provou ser importante, mantinha Schaars no meio a criar linhas de passe pelos meandros da chuva e poderia deixar ir Onyewu ir para a frente para o jogo mais directo sem problema. Aqui Domingos, à posteriori, falhou para mim.
Para finalizar: Incidentes – de lamentar e sem mas. A rever as questões levantadas pelo vice leonino relativas às condições dadas aos adeptos Sportinguistas. De lamentar a atitude da polícia ou dos elementos que controlam o acesso dos adeptos às bancadas. Não se entende como é possível haver tanta paneleirice com a revista dos adeptos e que depois de verifiquem as tochas acesas nas bancadas. Ridícula a questão da zona de segurança. As claques do Sporting estão legalizadas ao contrário das do benfica. Compreendo que se tenha cuidado com estes senhores mas julgo ser do boas práticas ter os mesmos cuidados com uns e com outros. Para Alvalade espero que o tratamento seja digno e que apenas seja permitida a entrada de claques devidamente licenciadas à luz da lei; Umas palavras aos treinadores. Domingos sincero, bem a analisar o encontro, sem subterfúgios. J. Jesus…algo triste. Teve um discurso coerente na flash interview mas depois na sala de imprensa teve uma ejaculação precoce verbal e disse que o modelo de jogo do benfica é seguido por todas as equipas, como se o futebol tivesse sido inventado com a sua pessoa… qualquer dia as outras equipas também terão de se vergar porque, por exemplo, decerto o verde da relva também foi inventado por este poeta que cria obras-primas no passo ritmado e furioso do mascar de pastilha elástica. É pobre.
Haverá mais jogos para a desfrutar destas duas equipas. Até lá, saudações leoninas.

sexta-feira, novembro 25

quinta-feira, novembro 24

Ui... que isto ouvia-se tão bem


Flashback. E quase que acerto com o calendário :)

Para embalar o resto da semana



Que boa música que temos tido. Raios que sabe mesmo bem e enche de orgulho ter todos estes artistas cá no burgo :) E o JP Simões já andava para o colocar aqui ao tempo...

Um saber sem fim


Tanto para descobrir... tão pouco tempo... Biblioteca na Irlanda.

terça-feira, novembro 22

Assim.. do nada...

Um dia no "escritório"


Estava tudo a correr tão bem...

Fazer hamlet implica partir ovos


Estou em dúvida. Não sei se faça ou não greve. “Feliz de quem pode viver essa dúvida” dirá o assalariado do privado que leva para casa seiscentos euros. Sim é verdade, por esse prisma sou. Apetecia-me dizer “estudasses” mas não direi… Se é verdade que me cobre uma espécie de manto que me permite optar, também não deixa de ser verdade que cumpro com os meus deveres e em retorno não vejo nada.
“Ainda vai pouco tempo…” Sim é certo mas nesse pouco tempo já houve estofo para me prometerem retirar, deve começar precisamente na quinta-feira, qualquer coisa como três mil euros. Se eu não cumprisse os meus deveres, se eu viesse para casa com remorsos ou se vivesse com a mira diária em tudo menos no trabalho, não teria por certo que na minha cabeça plantada esta questão mas sim outra mais incipiente.
O pistoleiro Gaspar já não foi tão rápido no sentido de cortar subsídios vários de políticos “que de classe têm pouco” e de outros altos cargos do estado: alojamento, deslocação, de reintegração - acho este fantástico principalmente porque uma pessoa recebe uma pipa de massa, que entala no último classe E da mercedes e para arrematar a questão ainda ganha um lugar para fazer nenhum no estado – e permite que se perpetuem as nomeações tal como esclarece, de um modo quase sarcástico, o diário da república.
Será pelos oitenta euros? Não, é dinheiro, pertence-me mas não. Sem querer passar um ar superior, o que me move são outras coisas. Quero-me associar a um protesto como o de dia vinte e quatro próximo? Não tenho problemas com pessoas como Carvalho da Silva ou Jerónimo de Sousa pelos quais nutro estima e pontos em comum mas é aí o meu fim de linha. Os sindicatos, instituições fundamentais, estão embrenhados no mesmo lodo que corre nas veias políticas nacionais. Porra.

terça-feira, novembro 15

What if?


Coisas que poderiam ter mudado o mundo...

segunda-feira, novembro 14

Eusébio calado é um poeta


Eu gosto de futebol, gosto muito. É com a bola que eu procuro ligar-me “à terra”, momento no qual coloco os afazeres em stand-by e me ponho à frente das coisas. Sabe-me bem e entra seguramente nas dez coisas que mais gosto de fazer no tempo, cada vez menor, de lazer. Ora bem para quem gosta e joga haverá sempre tendência a admirar as capacidades daqueles que foram longe na modalidade. Eu sou do tempo de ainda ver jogar o Maradona na sua plenitude, não por muito tempo mas lembro-me bem do magistral golo de Diego contra o mundo inglês. Não sei se foi o melhor jogador que vi até porque considero que os bons têm sempre algo especial e inconfundível. Maradona era pequenino e de aspecto pesadote mas corria com a bola perto dos pés como ninguém, parecido com o Messi mas este último corre com mais raiva, Maradona era mais estético. Ambos com uma técnica diabólica. O Figo era um portento de força e técnica, colocava a bola e fintava bem demais para os adversários. Zidane era "o" senhor no campo. Talvez este tenha sido o jogador mais elegante que vi jogar e por isso e porque jogava futebol como quem joga xadrez, foi dos jogadores que mais me marcou. Existem muitos outros claro e iria deixar de fora muitos deles (Ronaldo, Guardiola, Mathaus, Paulo Sousa, Sergi, Romário, Rivaldo, Roberto Carlos, Raúl, Bággio, Zola e eu sei lá!).
Porque falo nisto? Bem durante a última semana li duas intervenções de Eusébio que sinceramente me deixaram desconsolado e me estão a fazer esvaziar o que ouvi dele. Penso para mim: está velhote… Mas depois penso: caramba está velhote mas não deve estar destrambelhado. Numa semana Eusébio, sem grande propósito desancou no meu Sporting sem motivo aparente e disse que o Sporting era à época, o clube dos racistas. Que odiava o Sporting e que jamais jogaria no Sporting, isto a propósito da história de que ele vinha para jogar lá mas que depois tinha sido desviado pelo Benfica. Sou daqueles que gostava de saber essa história ao certo mas já era escusado ler daquele que é considerado o melhor jogador Português, e ressalvo não um dos melhores jogadores africanos, que exerce como embaixador da selecção nacional aquela que existe também porque eu pago impostos, que odiava o Sporting. Não carecia, não lhe fica bem.
Esqueci ou melhor não fiz questão de escrever algo. Hoje veio de novo fazer declarações a propósito da polémica entre Alan e Javi Garcia. Disse que Alan era estúpido só porque este se queixa de que Javi o chamou de preto. Eusébio diz que seria caso para isso se lhe tivessem chamado branco, mas como lhe chamaram preto ele é estúpido. Compreendo que no tempo em que jogava os comentários racistas fossem “o pão nosso de cada dia” mas hoje em dia e ainda por cima neste país, queria crer que estaríamos a andar noutro sentido. Parece que não e Eusébio, preto, não se chateia com isso. Se o chamassem de Neoblanc, Javisol, Ajax só para citar algumas marcas talvez Eusébio se sentisse mais afectado na sua honra.
Pela minha parte só posso dizer o seguinte: ser jogador da bola não implica ser burro ou bruto, não é sinónimo de ser estúpido nem de que se considere menos o que saia da sua boca. Ainda assim Eusébio, o tal pantera negra, esforça-se por me contrariar e assim, para mim, este agora só lembra uma personagem que chula os meus impostos, é estúpido, burro como uma porta e devia fazer o que Romário, esse pequeno enorme jogador e que eu saiba sem instrução superior, disse em tom poético sobre Pelé: Pelé calado é um poeta.

Prometem qualquer coisa

domingo, novembro 13

Do dia



Um Requiem. Algo apropriado para um domingo.

Produção nacional



E é em tempos de desilusão colectiva que a comédia nacional pega o touro como deve ser e propõe um projecto com excelentes perspectivas. Depois de tanta e boa produção vem agora, na senda do major Alvega, o capitão Falcão - uma espécie de personagem do antigo regime que se propõe, ao que parece, arrear em tudo o que desafie o sistema num estilo Batman & Robin dos anos 60. Que alguém possibilite que isto passe para além do piloto.

Don't stop walking



Boa semana.

Live "the game"


Palavras para quê? Só não sabemos os créditos com que nascemos e as vidas que vamos ganhando. Mas todos acabamos sem moedas :)

sábado, novembro 12

Sem vergonhas!


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Filhos da puta. Mil vezes filhos da puta!
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Parece-me inadmissível e inqualificável a posição pública que a associação de bancos portugueses tomou relativamente às condições para a requisição da ajuda no âmbito resgate a Portugal. E desculpem mas estes fidalgos são uns verdadeiros chulos, facínoras, ladrões, sem vergonhas!
Alguém disse a esses camelos para recorrerem à ajuda!? Alguém os obriga!? Têm que pedir é? Estão com os tomates entalados!? Então que se lixem! (com F!) Talvez assim fiquem em sintonia com o resto do país. Tivessem ido à escola aprender a fazer contas. Como o Senhor “António” que já não consegue pagar a casa ao banco(!). Tentou negociar e queriam-lhe o rim sobrante porque o outro ficou logo do banco no dia que assinou o contrato de compra da casa. Assim teve que recorrer a outra "financiadora leonina" e apertar ainda mais o laço em volta de um pescoço já em ferida. Cabe na cabeça a alguém que uma pessoa que compre uma casa por 100 mil euros acabe por ter que pagar pelo menos o dobro! Agiotas, especuladores! Filhos da puta!
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Se eu quisesse na segunda-feira ir comprar um Porsche gostaria de saber o que alguns dos seus empregados me iriam dizer quando eu lhes pedisse o dinheiro. Se usariam a mesma bitola comigo que querem para eles. Ai deles que tivessem a tentação de me pedirem juros altos ou garantias para o dinheiro que lhes pediria. As pessoas haviam de descer, ou subir, do alto da sua educação e ir aos bancos tirar todo o dinheiro. É fazer um manguito a estes grandessíssimos filhos da puta!
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De quatro meus senhores, de quatro! E preparem-se para sofrerem aquilo que têm feito a milhares de famílias por este país fora. Preparem-se para a penetração. Gostaria que o estado aproveitasse para também moralizar esse grémio de abutres. Sempre quero ver se o ministro das Finanças tem a espinha tão direita como parece ou se será um títere nesse momento. E que não deixe para trás o palerma do governador do Banco de Portugal que ao que li se prepara para interceder a favor desses usurpadores junto do Governo a propósito desta temática.

Novo estilo musical - Fatal! = fado + metal!



A improbabilidade por vezes torna-se bem simpática :)
Venha mais!

quarta-feira, novembro 9

Como animar o dia



Pela manhã a vida é um pouco mais difícil e por isso nada melhor que apanhar umas quantas barrinhas de energia. Cem dão direito a uma vida extra! :)

terça-feira, novembro 1

Um post "tipo bom"



Hoje rapino sem apêlo nem agravo um video que vi no outro blogue de onde já devia ter sido despedido por falta de comparência... Lá sou uma espécie de "tipo participante". Vou lá agora surpreender para me redimir com eles.

Rituais



Penso que não são precisas datas especiais para qualquer coisa que seja, inclusive para lembrar quem partiu. Faço-o muitas vezes e nelas, se estou sozinho em situações semelhantes à imagem, acabo por fazê-lo com as lembranças boas que tenho e bebo qualquer coisa em homenagem. Não vou a cemitérios. Não gosto. E como dizia certo dia o curioso padre da colina so Sol - não precisamos de igreja para cultivar a religião, temos a igreja em nós próprios - Não sendo eu crente, religioso ou algo parecido, partilho do seu modo de estar para também considerar que posso bem trocar o visão do cemitério pelo sossego de uma barra com um copo por companhia. Esse é o meu ritual, assim faço esse culto e não o faço desmerecendo a sua memória. Por isso... À vossa.

Reformas "Ctrl+Alt+Del"


Procurei mas ainda não li. Procurei com vontade? Pouca. Também o condenado à morte não vai aos pinotes para o cadafalso. Terrível esta comparação...
Bom, queria ter lido a entrevista do Ministro da Educação e Ensino Superior mas a mesma escapou-se-me por entre os pedidos dos outros professores que queriam saber do futuro. Não li mas a informação ininterrupta fez o obséquio de me prendar com os pontos essenciais. Sobre as Ciências não ouvi nada. Ou não houve referência ou para os meios informativos isso são peanuts (quero acreditar mais na primeira). De interessante tudo. O que me prendeu a mente foi a questão das TIC. Ora bem antes de mais o acrónimo TIC representa Tecnologias da Informação e Comunicação, ou seja vulgarmente designado por "computadores".
Vão acabar com a disciplina no nono ano com o pretexto, fundado ou não, de que a juventude já sabe daquilo, disto onde escrevo a rodos. Sim e não. Sabe do coloquial para a idade que é: sacar filmes e músicas, andar nas redes sociais mais com menos do que mais jeito, consultar o mail, participar em sites de chats e arranham algo de word. Os que têm essa vontade já dominam o A-B-C de um blogue. E pronto.
Quem sabe o que eu acabei de descrever sabe de informática? Se assim é venha de lá esse atestado de competências com classificação superior a "conhecimentos de utilizador". A verdade é que os alunos, tal como ainda alguns muitos profissionais liberais ou do estado encontram dificuldades nesta ferramenta (até nos programas mais básicos da edição de texto ou de cálculo). E é normal que assim seja porque a escola não foi estruturada para que essa lacuna fosse colmatada e desengane-se quem julga que o que os alunos andam a aprender em TIC os ajuda a dar a volta estas temáticas. Nunca vi o programa de TIC e posso estar a laborar em erro mas não será normal que alunos com o nono ano completo não tenham visto como se faz um gráfico em Excel ou como se formata um documento em word.
Senhor Ministro, antes de mexer, coloque as acções onde antes colocava as palavras - estude. Veja o que é necessário e de que modo podem os bambinos aprender para o futuro serem letrados neste mester. Que não lhes aconteça como ao comum dos estudantes da minha e de outras gerações que apenas aprendeu em função das necessidades do momento (realizar um trabalho, um relatório, uma apresentação qualquer).
E isto é só das TIC's... que virá aí...

Equilíbrios instáveis


O seppuku ou harakiri é o ritual ancestral japonês de manter ou recuperar a honra do próprio e, por extensão, da família quando sob a mesma pende uma suspeita ou atitude indigna. Os ocidentais sempre perceberam mal este tipo de rituais autoinfligidos, brutais. E porque falo nisto: Grécia.
Depois de mais de um ano a brincar à Europa a bicefalia reinante lá conseguiu destrinçar um acordo possível para a zona euro. A bicefalia Merkozy não fez nada que imeeeeeeensa gente não tivesse já aventado como a solução possível. Ao perderem tempo, ao não trabalharem com os fundamentos europeus, de discussão, de debate, de sociedade de ideais comuns, a europa ficou com péssima reputação e a situação agravou-se primeiro para os incumpridores e respingando agora para os futuros incumpridores. Sim futuros porque os investidores e agências de rating já começam a afiar o dente à Itália tendo já brincado, qual gato com um novelo de lã, com a Espanha. A França também já foi leve, levemente visada. Pois bem a Europa está a saque. E que se fez? Nada. Podia-se ter feito? Sim podia mas para os bancos Alemães não era a mesma coisas e assim a senhora Chaceler deixo andar o burgo em lume brando.
E agora chegou o touro. A Grécia que anda a penar inter e externamente vai para mais de um ano e meio, e aqui não entro com a recessão de 2008 que há-de ser conhecida como a recessãozinha europeia
, decidiu fazer o quê. Power to the people. Se há coisas que eu não sei mas sou capaz de adivinhar é que não se deveria confiar ao povo uma decisão que os irá afectar de um modo decisivo. Já dizia Upton Sinclair: “It’s difficult to get a man to understand something, when his salary depends upon his not understanding it!"
E que temos entre mãos? A Grécia deve imenso. Foi-lhe perdoado metade mas metade de imenso é mais que muito. As negociações alinhavadas só não preveem certamente que os gregos tenham que doar rins para venda e assim aumentar as exportações para com o estrangeiro. Que terão pensado? No final disto tudo, daqui a dez anos ainda haverá gente e não emprestar dinheiro. A Europa não nos deu a mão como seria sensato. Que temos a perder? Nicles, já estamos abaixo da tona de água, vamos democratizar isto – Referendo! E assim estamos em vias de nos afundar todos, até a “banda” que toca ainda com a farpela seca.
E tudo começou nos Estados Unidos em 2008 e ninguém parece querer lembrar-se disso ou pedir qualquer coisa ao lado de lá do charco.
Assim inevitavelmente a democracia, sem a vénia, vai entrar na europa como um clister feito à bruta sem sequer o educado “posso?”.
Cenas dos próximos capítulos? Para já mudaram-se as chefias militares na Grécia? Golpe de estado? Num estado soberano europeu?? Vamos viver tempos novos. Nunca a Europa viveu tempos assim. E o emprego pá!? As pessoas para depois, vamos é arranjar maneira de recuperar o dinheiro.