segunda-feira, novembro 28

Atenção: ruminantes travestidos à solta.


Asno. Asno é a palavra que não me tem saído da cabeça para classificar aquela espécie de animal, ou animais, que decidiu deitar o fogo ao estádio da luz. Não morro de amores pelo clube mas há coisas que não têm cabimento em parte nenhuma, só na mente de anormais. Estendo o termo às direcções dos clubes pela inteligência demonstrada em, com a boca dizer uma coisa e em atitudes fazerem outra. Fico à espera de uma confirmação mais directa às condições dadas aos adeptos visitantes, ao modo como o acesso ao lugar foi feito para encontrar algum pingo de verdade em histórias tão contrastantes. Asnos, mas não sei se é de sofrer de clubite, parece-me que ainda assim as “orelhas” são maiores do lado Benfiquista. Uma coisa é certa, ninguém sai a ganhar com isto.
De Asnos passo para Asno. Cavaco Silva começa a meter alguma raiva, explico. Se é certo que eu não passo na ponte Vasco da Gama ou não sou atendido nos Hospitais com parcerias público-privadas (leia-se, doravante, ppp's) mas pago-as como contribuinte, também é certo que sou frequentador da auto-estrada A23 e sem ela o meu percurso, engrandeceria em tempo, qualquer coisa como uma hora e meia. Passaria para o dobro. Assim, compreendo que o contribuinte assíduo dos serviços referidos e muitos outros, como a TAP ou a RTP, precise da minha ajuda para pagar esses serviços que não usufruo mas, por outro lado, não que ache que a conta da A23 seja a dividir por todos. Assim isto do utilizador pagador tem algo que se lhe diga…
Ainda assim, retornando ao Asno, não desisto de dizer que não se entende que não se revejam os contratos destas auto-estradas (e das ppp's). Não entendo sendo isso um dos cernes da questão - o problema é financeiros não é? Não entendo como Cavaco Silva promulga o diploma e acto seguido diga que são necessárias medidas de discriminação positiva para o Interior, seja ele qual for. A que interior se referia? Minas!? Qualquer dia perco o juízo e envio um fardo de palha para Belém, talvez com alimento as besteiras deixem de ser verborreadas. Numa sociedade em que o tempo é dinheiro, em que a distância nunca se tornou tão curta como agora e convém que assim fique, venha este senhor pedir discriminação depois de discriminar, em sentido oposto, e enviar o interior para quinze ou vinte anos atrás. É de débil mental. E por falar nisso não entendo como o senhor Coelho não chama o menino Álvaro e lhe diz isso. Não precisamos de dinheiro!?
É tão complicado alterar os contratos? (eu compreendo não andaram as empresas a granjear favores para agora perder o investimento feito, estando seguramente os mesmos blindados até aos dentes, os contratos claro.) Compreendo mas como parte pagante, roubada, contribuinte exijo que se lhes ofereça assim: Querem negociar isso? E negociar como negoceia uma dona de casa na banca da fruta e não como quem vai pedir e vem sem calças, como tem sido. E se eles não quiserem, tudo bem. Mas façam o seguinte: aumentem os impostos só a essa gente, coloquem a autoridade para das condições do trabalho dia sim dia sim na empresa, multem as suas viaturas por tudo o que for possível, mandem as finanças virar tudo do avesso. Façam isso, talvez resulte, talvez depois queiram negociar, honestamente.

2 comentários:

Fujiko disse...

Acho uma moral ruim
trazer o vulgo enganado:
mandarem fazer assim
e eles fazerem assado.

Esta mascarada enorme
com que o mundo nos aldraba,
dura enquanto o povo dorme,
quando ele acordar, acaba.

António Aleixo

Eu-génio - Passaro disse...

Também sou a favor do utilizador pagador, mas... Os Governantes pagam a gasolina do carro do estado onde andam? que telemoveis utilizam pagam as chamadas? e pagam os pneus dos carros? Acho que nao pelo exemplo da renda de casa que recebem. Por isso nao venham ca com essa para mim, isto Chama-se INJUSTIÇA. Ja agora não me importo de pagar portagem como no norte, mas quero metro de superficie da Guarda-Covilha-Castelo Branco e ofereço ao norte e ao sul os aeroportos pagos por todos nós.