Uma curta ainda no ramal educativo. Não quero perder demasiado tempo nisto porque eu faço a minha vida por outros valores e lavoures e para coisas destas só tenha más palavras que a minha mãe não aprecia que eu diga e porrada de criar bicho, juro que lhe partia os dentes.
Vão haver exames para professores, pude ler ontem nos jornais. Tenho os seguintes comentários a fazer. Como aluno fui eu que inaugurei provas globais, exames nacionais e fui ainda avaliado num exame à saída da quarta classe. Fala portanto quem, como aluno, só falhou o exame da próstata e tracto rectal, ainda que este último pareça que ande a ser feito ao longo do caminho... Sou da geração que saltou de provas em provas como uma borboleta se move de nenúfar em nenúfar.
Depois já dentro da universidade passei por duas remodelações curriculares uma das quais me obrigou a fazer treze cadeiras para não perder literalmente cadeiras que já havia feito e que iam perder equivalência com a remodelação em causa.
Terceiro: ando nestas andanças vai para dez anos e nunca tive a sorte de ver o meu rendimento aumentado quer seja uma besta ou bestial e a ideia de equidade e de justiça neste sistema tem feito tanto caminho em mim como a de uma galinha na Etiópia.
Por último, querem fazer exames? Façam-nos então mas se é para mim é para todos. Faça o exame quem tem um ano como professor, quem tem dez e quem tem trinta e que depois cada um seja responsável pelo seu futuro. Haver livre passes como no monopólio é que não. Não é justo, é mesquinho e revela uma tremenda falta de equidade, espero até constitucional. Não sou nem nunca serei nem menos nem mais do que o resto dos outros professores, nem sequer da merda do ministro. E já agora, que essa besta faça o exame também ou será que se serve da posição como o bastonário da ordem dos advogados para cair da verborreia de "faz o que eu digo, não faço o que tu fazes". Se um dia te vir na rua podes ter a certeza que vamos ter uma conversa, palhaço.
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