...muito bem, atingimos o objectivo inicial: quartos-de-final. Sensações até agora? Bem estava com muito poucas perspectivas, sou português de gema e só via o copo meio vazio, explico-me: Alemanha - uma selecção com bons jogadores que cumprem o desígnio germânico de fazer bem, de modo limpo e eficaz; Dinamarca: sinceramente não os via com peso futebolístico mas sim como uma selecção vontadeira onde dez trabalhadores servem um jogador acima da média, até em altura. Medo deles? Não mas ganharam o nosso grupo e isso punha as ideias em reboliço? Poderíamos com eles? Sim mas dependia da nossa entrega; Por fim a Holanda... vice-campeã do mundo, das selecções com melhor score na fase de grupos, com um futebol muito atractivo e mecânico.
E nós? Bem... a normal dificuldade de marcar golos, uma selecção dada a humores vários e a um estranho empenho. Eles dizem que se empenham e eu, pelo menos, acho que podiam mais. Esperava que passassem? Sinceramente tudo era possível mas achava pouco provável. O jogo com a Alemanha mudou as minhas sensações ainda que tenha visto apenas um jogo de grande entrega, alguma falta de sorte e uma pitada a mais de respeito pelos panzers. Contra a Dinamarca jogamos bem e era desnecessário sofrer como sofremos. E hoje? Bem... bom jogo de bola onde vieram ao cimo as virtudes das duas selecções e os empenos só da Holanda. A Holanda joga à bola como nós só que o fazem de um modo pouco matreiro, muito mole apesar daquela besta do De Jong. São muito macios e o seleccionador holandês por quem nutro simpatia, foi holandês de gema e atirou a laranja à máquina Tuga quando se decidiu pelo 3-4-3. Chamamos-lhes um..a laranja mais doce. Podíamos ter trucidado a malta das tulipas mas até nisso somos boa gente ou pouco determinados.
Bom mesmo é que a selecção tem estado sempre em crescendo nas exibições e isso é positivo. Outra coisa positiva é que tem tido o moral para virar os resultados, agora isso não pode entrar na rotina. Malta, é melhor marcar primeiro do que ter que dar a volta, sou sportinguista sei do que falo...
O futuro traz a Rep. Checa. Sinceramente creio, pelo que vi, que temos selecção para indicar o caminho para casa das gentes de Kafka mas... haja humildade, dedicação, sacrifício e a sorte dos audazes. E a gente cá do burgo não pede mais a estes rapazes. Força juventude!
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