sábado, maio 19

Há que aparar a relva


Enésimo caso envolvendo um ministro e alegadas pressões, ou estranhas imiscuências, do poder político nos meios de comunicação. Quando ainda não tinha passado tempo suficiente para deixar assentar a poeira do caso relativo ao jornalista Nuno Simas, eis que ressalta para as bancas um novo caso não menos preocupante. 
Não culpo os jornalistas, pelo menos os de investigação que, e bem, fazem um trabalho insubstituível mesmo em estados de direito, mas sim as personagens que polulam entre público e privado necessitando e promovendo a relação com os jornalistas e fazem o oposto quando os seus telhados de vidro são descobertos por estes. Não me vou alongar. Se se passou como foi dito, e passarei a citar, e juntando a este outros casos que já envolveram Miguel Relvas, acho que o único caminho seria o da porta. Mas para isso era preciso personalidade. Pegando no comunicado do gabinete do ministro onde se admite que o ministro realizou os referidos telefonemas, mas desmente as ameaças. Citando: "como é óbvio, a decisão de publicar ou não uma determinada notícia compete exclusivamente aos membros da direcção editorial de um órgão de comunicação social".
Apetece dizer: como é óbvio a decisão de cumprir ou não as alegadas ameaças (boicote de todos os ministros ao jornal “Público” e divulgar na internet detalhes da vida privada da jornalista) compete exclusivamente ao Ministro o Adjunto e dos Assuntos Parlamentares.

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