terça-feira, fevereiro 8

Um dia como os outros


Antes de nada e de tudo, as minhas desculpas pelo meu desaparecimento cibernético. Tenho tanta folha a meu cargo que me sinto como uma resma de caderno espiral A4, folha lisas de 100 gramas… E no fim de tudo há que ir vivendo...ou seria pelo meio? Ou não seria essa a ideia fundamental? Bem, as minhas desculpas aos sôfregos (e aqui ouvi o uivo de um lobo…) que aqui vem beber as minhas ideias e/ou absurdos.

Ele há dias em que este se arrastam como se o ritmo dos ponteiros fosse um tremendo martelar no céu da mente, vagaroso, espesso ao ponto de se tornar pegajoso ao juízo. Outros há, que escorregam como… tanta coisa boa, uma boa música, uma boa esplanada, uma boa noite largado, na companhia adequada, num local ouvindo o bater do mar e as convulsões rockeiras nas cordas de uma guitarra, com infinito obscuro a entrar pelos “zóios”.
Hoje deparei-me com um dia misto. Começou e não se arrastou mas acabo num farrapo. Que raio se passa com a cadência do tempo que parece nos encurtar os dias como se fossemos camisolas a 60 graus?
Soube especialmente bem hoje uma “visita” que tive de uns alunos de uma turma porreira do ano anterior que tenho alguma pena de não continuar comigo. C’est la vie. Preparava-me para me atirar a uns teste de avaliação ainda morninhos quando, eis que, o bater na porta me elevou à potência da dúvida: Sim? Têm dúvidas? Nops… estavam sem aula e com rumo incerto mas a navegar à bolina. Inicialmente pensei: daqui a nada fartam-se. Pois bem a conversa fluiu, foi curiosa e soube muito bem. Sabe bem vê-los ponderados, ajuizados, cada um há sua maneira, educada, equilibrada e jovial, e isso, a escola, não deve estragar.
Passado horas fugi de lá, eram quase vinte horas e encontrei um miúdo lá da escola sentado na penumbra perto do campo de futebol cá da terra à espera de…transporte? Dos pais? Por que raio está ali e porque ninguém parece preocupar-se? Há coisas que não percebo… Levantou-se e percorreu a rua, comigo ao telefone que a minha vida continua mesmo quando eu não lhe dou atenção, e parou perto do pavilhão onde futebolistas de final de dia se digladiavam como se o mundo fosse aquele couro de ar. Amanhã há mais… deixo um som aos shining happy people de hoje e espero, de amanhã.

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