segunda-feira, janeiro 24

Verdades à Monsieur "La Palice"


Ponto de ordem, o meu.
Após o suplício das campanhas aconteceu o que se sabia. Ganhou o melhor dos piores. Confesso que esperava que a divisão dos papéis levasse a que a segunda volta acontecesse. Queria a segunda volta. Com candidatos tão fracos e raquíticos teria sido um mal menor ouvir as alarvices por mais uns tempos. Vencedores só um, o eleito. Nem os partidos apoiantes se podem outorgar qualquer lustre que seja. Ganhou porque a população é sensata e tem pouco espírito "forcado". Mais vale este touro manso que qualquer um dos outros que ali ruminam no campo. Vencedores? Uns quantos. O sr. Coelho foi vencedor. O ataque à ilha, mesmo com o jardim a precisar de cuidado, será sempre uma perda de tempo mas se a mira se virar para o continente..será interessante e colorido ver o sr. Coelho nos debates quizenais, se o tempo não o levar.
O senhor Nobre, com muitos paios lançados ao longo da campanha, obteve um resultado que me parece bem simpático. É uma pessoa que merece todo o respeito mas como político não consegue fazer passar nada mais do que simpatia. E as suas intervenções só serviam para dar bagagem a essa ideia. De resto... o camarada "xico" não teve mais que uma menção honrosa por ser o candidato com o nick mais castiço. Manuel Alegre só se pode rir de Mário Soares, de mais ninguém. Defensor...ponta de lança socialista com jeitos de Fernando Couto nos bons tempos do Porto, obteve mais do que seria suposto. Não era suposta era a sua falta de educação mas...quem sou eu para criticar, a cada imagem dos políticos nacionais a quantidade de impropérios que enche a sala é enorme por isso... O que sobra? Nada, hoje diz-se que é o dia mais triste do ano. Coincidência com a recente eleição? Há-de voltar a falar-se dos juros, do crime novaiorquino, das medidas "anti ou soma" crise. É segunda-feira e pior que isto tudo junto só se o meu sporting hoje levar um bailinho à moda madeirense. Vá-la... saiu o Sol mas ele há dias...

sábado, janeiro 22

Um pouco de bocage


Não sei se este excerto é fidedigno de algum acontecimento relativo ao grande poeta e vivant português mas... vamos querer que sim, tem o seu pedigree :)

Conta-se que Bocage, ao chegar a casa um certo dia, ouviu um barulho estranho vindo do quintal. Chegando lá, constatou que um ladrão tentava levar os seus patos de criação. Aproximou-se vagarosamente do indivíduo e, surpreendendo-o ao tentar pular o muro com os seus amados patos, disse-lhe:
-Oh, bucéfalo anácrono! Não te interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes, mas sim pelo acto vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa. Se fazes isso por necessidade, transijo... mas se é para zombares da minha elevada prosopopeia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com a minha bengala fosfórica bem no alto da tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à quinquagésima potência que o vulgo denomina nada.
E o ladrão, confuso, diz:
-Doutor, afinal levo ou deixo os patos?

Sem novidades



Depois de muito reflectir... a cabeça falou - road to nowhere, mas isso também não é novidade.

"Hhmmmmm..."


Diz-se: uma imagem vale mais por mil palavras... amanhã é dia de eleições, ou seja, hoje é dia de... reflexão.

quinta-feira, janeiro 20

Dois em um



Faço neste post um "dois em um". A música merece e o meu Sporting anda a precisar de qualquer coisa... Um senhor sério que seja poupadinho mas que perceba de futebol e de descanso. Trabalhem rapazes, a malta anda triste, chateada mas não desiste. Esforço, dedicação e devoção até ao fim.

Curta d' ofício

terça-feira, janeiro 18

O tempo nesta desiste de passar

Pelas imagens, pelo som inconfundível de uma guitarra das margens do mississipi. Música da minha infância. Fui tendo sorte :)

Poesia . 23




Tenho sonhos cruéis; n'alma doente
Sinto um vago receio prematuro.
Vou a medo na aresta do futuro,
Embebido em saudades do presente...

Saudades desta dor que em vão procuro
Do peito afugentar bem rudemente,
Devendo, ao desmaiar sobre o poente,
Cobrir-me o coração dum véu escuro!...

Porque a dor, esta falta d'harmonia,
Toda a luz desgrenhada que alumia
As almas doidamente, o céu d'agora,

Sem ela o coração é quase nada:
Um sol onde expirasse a madrugada,
Porque é só madrugada quando chora.


Camilo Pessanha

...procurando o sono nas pequenas coisas...



A esta hora o pão que vou comer está a ser feito... ele sem saber e eu aqui sem saber qual será ele.
A esta hora o gasóleo que eu colocar no carro está na gasolineira... mas em qual e, mais importante, a que preço?
A esta hora a água que eu irei beber amanhã está a caminho de Castelo de Bode... quantas moles serão as minhas?
A esta hora 90% dos meus amigos já dorme... quando eu dormir qual será a sua percentagem?
A esta hora estará algum músico a escrever uma música que me irá arrebatar... qual será o seu título?
A esta hora o Michael J. Fox do passado já foi e voltou do futuro e voltou a ir e a voltar e eu... "A esta hora o..."
A esta hora os meus alunos devem estar todos a dormir... e alguns só amanhã se lembrarão que não têm os trabalhos feitos.
A esta hora estão mais pessoas acordadas do que aquelas que estão a dormir... acho eu :)
A esta hora alguém morreu e alguém nasceu.
A esta hora tocam os clash e eu devia estar a dormir, ou a ler algum daqueles livros ali ancorados à mesa...
A esta hora o ponteiro dos segundos bateu 2940 vezes, 2941, 2942... e ele não sabe mas vai bater 86400 vezes, só hoje.
A esta hora eu troquei o Português pelo English and from here till the end i'm gone write in english.
At this time someone it catching a wave for fun and another needs to be rescued... i hope so.
At this time a tunafich is being catch to my lunch... but no tomorrow.
At this time all my this are where i lefl them... i think...
At this time, in the past year i was here doing... i don't know what, probably sleeping.

At all time many people is thinking in the past, many more in the present and many many more in the future.
Learn with the past, enjoy the present and be prepared to the future.

Planos em contramão...

(alguém deixou a janela aberta, corre aqui um arzinho)...não levantar muito cedo. Comprar o jornal, dar uma volta pela cidade e ver o movimento vectorial das gentes para as grandes superfícies, quais felinos famintos na savana (isto se o sol der o seu alto patrocínio). Para a semana há eleições... hmmm vou pensar noutra coisa melhor antes que esta pausa cerebral me atire da realidade abaixo. Talvez almoçar...

domingo, janeiro 16

Arriscar ou arrepender?

Nada serve de lição de vida... unless life it self.

Um dia como os outros.. ou não

E ainda dizem que a má música não é prejudicial à saúde.

sábado, janeiro 15

Já lá vai a época do magusto mas...

...convidaram-me para um gostoso S. Martinho musical. Recomenda-se, como sempre por estes tempos, em Português.

segunda-feira, janeiro 3

Futuro slogan do FMI?


Ao cuidado de: Fernando Teixeira dos Santos



Já todos fomos catraios. Já todos fizemos mais ou menos birras, arrastámos pedinchices, do prisma menino, por este ou aquele lego, a última bola, do novo carrinho da majorette ou da burago, pela bicicleta. Em mais velhos com as motas, as saídas nocturnas, as férias com os amigos num campismo "rústico" a milhares de anos-luz de distância mas onde a praia e a companhia davam sentido à romaria. Bons anos, boas histórias :)
Vinha hoje viajando de mansinho em direcção ao "pic'ó boi" quando esta música me entrou pelos ouvidos e me trouxe à lembrança uma pessoa. Parente meu? Nahhh. Músico? Sim, o seu timbre faz lembrar outro músico mas... a letra, para além das memórias do pedinchar "pai"trocínios, fez lembrar Fernando Teixeira dos Santos e o resto dos sequazes governamentais.
É necessário dinheiro e, nas não muito sábias palavras de um dos pais do "monstro", é preciso não molestar os mercados porque assim eles não nos emprestam o dinheirinho. Digo não sábias porque isto não seria preciso se durante os últimos trinta anos, principalmente no tempos dos pastos verdes e das vacas gordas, não se tivesse optado por desbaratar o capital disponível. Agora a rapaziada tem que pedinchar.
Dou dois conselhos ao cuidado de, pelo menos, o Ministro de Estado, das Finanças e Administração Pública: primeiro, aprendam esta letrinha e façam uma coreografía, venderá mais e melhor certamente a intrujice que querem passar. E que não haja medo do ridículo, pois essa marca já se ultrapassou há muito (relembro a venda "agressiva" das "torradeiras" magalhães na cimeira IberoAmericana por parte do senhor Socas); segundo, nos hipers já se racionalizam, ou pagam-se mesmo, os saquinhos de plástico. Aqui que ninguém nos...lê, num hiper daqueles senhores do norte que estão por todo o lado menos onde trabalho porque isto é meio fim-de-mundo... façam olhinhos a uma menina gira que ela desbloqueia uns quantos, mas levem uma máscara que a vossa fronha já não serve para libertar sequer uma gota numa torneira com a rosca moída. Atentamente, um inevitável pagador de impostos.

Mais produção nacional



Desta vez uma menina :)