sexta-feira, abril 3

London under pressure..

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Can't we give ourselves one more chance?
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Nos momentos de em que o cérebro necessita de um reboot ganho torpor e indiferença perante o que me rodeia e procuro esquecimento integral do presente a coberto de músicas como as dos Queen. É quase um lugar comum. Porque preservo o valor da informação começo, por outro lado a renovar o interesse pela falta dela e é esse sentimento que me leva de novo ao tempo de puto, de sapatilhas ruças da bola jogada na rua, do sol a bater na moleirinha, das cassetes piratadas a tocar na aparelhagem (termo que parece de outro século) a acompanhar umas cartas ou o monopólio com os amigos, da falta irreal de realidade. Da realidade de que o trabalho, a honestidade são um valor fundamental, do mérito, da felicidade, da amizade, das férias de verão com futeboladas desde a hora do almoço até à hora de jantar!
Estes dias em que retomei o contacto mais sereno com as notícias das quais, sem saber mas inevitavelmente, o bom desterro me afasta e percebi que tudo continua uma lástima. Não há por onde começar, não há sequer vontade apesar das manchetes de amanhã. Há no entanto por onde acabar e assim guardo, a par dos meus tempos de cachopo, frases como: necessitamos de ricos a sério ou o preço da grandeza é a responsabilidade.
E amanhã e durante uns dias, que se lixem as notícias, vou esticar-me no verde e aplicar-me a boa terapêutica o sol e da vida sem segundos.
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Can't we give ourselves one more chance? No we can’t, we must. No inferno não se pára, continua-se a andar mesmo under pressure.

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