© Chappatte in "International Herald Tribune"
Hoje é daqueles dias difíceis de classificar, de caracterizar com um título ou um mote, ilustrar com uma imagem ou um cartoon. Talvez seja uma daqueles dias do tipo “onde estavas tu no vinte cinco de Abril? Apesar de ser difícil eu não sou desistir e assim…
Olhando, principalmente para os meios de comunicação e para as imensas transmissões nota-se uma enorme alegria, esperança, fé, vontade popular em contribuir para uma nova democracia, um novo tempo, uma nova era. É como se globalmente o mundo estivesse atingindo o “estado orgásmico óptimo” conseguido, em certa forma, com Roosevelt, Kennedy ou Mandela. Era como se hoje, ao sair de casa, tudo tivesse mudado, os pobres deixassem de o ser, os acidentes não acontecessem, as guerras terminassem, os alunos estivessem sossegados J mas afinal… estava tudo na mesma e, algo me diz que assim vai estar por uns tempos.
A aspiração mundial, assente numa alegria colectiva sem precedentes, mostra muitas coisas, por exemplo, a falta, em cada país, de liderança capaz, de uma defesa determinante de valores compatível com os anseios das pessoas baseados em critérios éticos, morais, de justiça ou empregabilidade e prosperidade. É como se o mundo procurasse o giant leap for mankind. Será este dado com Obama? Estou ou sou meio céptico. Dos dois candidatos, este era definitivamente o que me nutria mais consideração, o que me deu mostras de mais capacidade mas… coisas surgem-me na mente: “Muita areia para a sua camioneta”, “Uma andorinha não faz a Primavera” entre outras. A tarefa ou tarefas, surgem-se colossais – “tempos extremos requerem medidas extremas” e logo aí será feita uma bifurcação do caminho. A primeira preocupação será sempre a política interna deixando a política externa, provavelmente, não para segundo plano mas, certamente, não estará no foco inicial da sua atenção.
Outra situação interessante e uma lição para muitos países centra-se na capacidade de resolver, não completamente é certo, a problemática racista em apenas quarenta anos. Desde o dia que Rosa McCauley, mais conhecida por Rosa Parks, decidiu em 1955 completamente sozinha num acto desgarrado e contra as convenções estabelecidas, não ceder às mesmas e ocupar um lugar para “brancos”, que este movimento se iniciou e agora tivesse tido um daqueles momentos determinantes. Merecem também referência as palavras de John McCain que acolheu para si a tarefa utópica de assumir as cores do Bush, provavelmente, o pior chefe de estado do mundo ocidental desde a alvorada dos tempos – “Foi uma eleição histórica. Para os afro-americanos, principalmente, e compreendo o orgulho que sentem hoje. Não há melhor prova de que os EUA percorreram longo caminho do que a eleição de um afro-americano para presidente.” (…) “Nós discutimos as nossas diferenças e ele prevaleceu. Vivemos tempos difíceis e eu ajudá-lo-ei a enfrentá-los. Temos de descobrir caminhos para nos unirmos.” Palavras dignas de um grande Homem. Resta agora viver um dia de cada vez até ao dia da tomada de posse e depois dele… logo se verá. O Sol nasce todos os dias por algum motivo, certo?
Olhando, principalmente para os meios de comunicação e para as imensas transmissões nota-se uma enorme alegria, esperança, fé, vontade popular em contribuir para uma nova democracia, um novo tempo, uma nova era. É como se globalmente o mundo estivesse atingindo o “estado orgásmico óptimo” conseguido, em certa forma, com Roosevelt, Kennedy ou Mandela. Era como se hoje, ao sair de casa, tudo tivesse mudado, os pobres deixassem de o ser, os acidentes não acontecessem, as guerras terminassem, os alunos estivessem sossegados J mas afinal… estava tudo na mesma e, algo me diz que assim vai estar por uns tempos.
A aspiração mundial, assente numa alegria colectiva sem precedentes, mostra muitas coisas, por exemplo, a falta, em cada país, de liderança capaz, de uma defesa determinante de valores compatível com os anseios das pessoas baseados em critérios éticos, morais, de justiça ou empregabilidade e prosperidade. É como se o mundo procurasse o giant leap for mankind. Será este dado com Obama? Estou ou sou meio céptico. Dos dois candidatos, este era definitivamente o que me nutria mais consideração, o que me deu mostras de mais capacidade mas… coisas surgem-me na mente: “Muita areia para a sua camioneta”, “Uma andorinha não faz a Primavera” entre outras. A tarefa ou tarefas, surgem-se colossais – “tempos extremos requerem medidas extremas” e logo aí será feita uma bifurcação do caminho. A primeira preocupação será sempre a política interna deixando a política externa, provavelmente, não para segundo plano mas, certamente, não estará no foco inicial da sua atenção.
Outra situação interessante e uma lição para muitos países centra-se na capacidade de resolver, não completamente é certo, a problemática racista em apenas quarenta anos. Desde o dia que Rosa McCauley, mais conhecida por Rosa Parks, decidiu em 1955 completamente sozinha num acto desgarrado e contra as convenções estabelecidas, não ceder às mesmas e ocupar um lugar para “brancos”, que este movimento se iniciou e agora tivesse tido um daqueles momentos determinantes. Merecem também referência as palavras de John McCain que acolheu para si a tarefa utópica de assumir as cores do Bush, provavelmente, o pior chefe de estado do mundo ocidental desde a alvorada dos tempos – “Foi uma eleição histórica. Para os afro-americanos, principalmente, e compreendo o orgulho que sentem hoje. Não há melhor prova de que os EUA percorreram longo caminho do que a eleição de um afro-americano para presidente.” (…) “Nós discutimos as nossas diferenças e ele prevaleceu. Vivemos tempos difíceis e eu ajudá-lo-ei a enfrentá-los. Temos de descobrir caminhos para nos unirmos.” Palavras dignas de um grande Homem. Resta agora viver um dia de cada vez até ao dia da tomada de posse e depois dele… logo se verá. O Sol nasce todos os dias por algum motivo, certo?
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