Apanhei, como que por acaso, o programa do provedor da televisão e acabei por ficar por me ter deparado com imagens de um programa que me é simpático – liga dos últimos. Sou relativamente assíduo deste programa por mera questão de horários porque o considero uma lufada de ar fresco na televisão portuguesa. Dá uma imagem real do que é o país, principalmente, fora da mais povoada faixa litoral sendo que algumas pérolas se encontram por todo o lado. Serve para passar um período agradável, bem disposto, para ajudar a perceber as diferenças sociais e como ainda persiste ou subsiste o desporto amador com um sentimento de “amor à camisola” já pouco visto. Tudo bom menos a análise que estava a ser feita pelos intervenientes chamados a comentar o dito programa. Pessoas menores, considero eu, em virtude de falarem com um ar incomodado com realidades que o são, e o eram, mesmo antes delas próprias terem saído da província e se tivessem convenientemente esquecido do que por lá existe. Pessoas que pretendem que, estas personagens sejam formatadas segundos os padrões “metropolitanos”, quando a sua realidade é outra. E, no entanto, é essa mesma realidade “rasteira” e “suja” que as permite sobreviver, de um modo equilibrado em locais esquecidos, envelhecidos, desertificados, afastados de shoppings e desconfortos citadinos. São também as mesmas pessoas que preferem deitar para trás das costas tudo aquilo que as envergonha e que não está ao seu nível, qualquer que esse seja e sem que tentem perceber o porquê das coisas ou contribuam para alterar esse modo de estar. São as que visitam a Rep. Dominicana, dizem maravilhas mas não saem do resort, que trocam o substantivo velho pelo mais limpo rústico. E o que mais irrita é que lhes dão ouvidos…
domingo, setembro 21
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