O passado intimidou a noite lisboeta durante o início da semana. Um incêndio numa das avenidas principais e mais emblemáticas do “monopólio” da capital do país ameaçou reduzir a cinzas mais do que um prédio, num instante dejá-vu, com mais de quinze anos. Concordo com as palavras do arquitecto paisagista Ribeiro Telles, que afirma há anos, que a construção selvagem da periferia da cidade de Lisboa era um erro bestial só possível devido ao altíssimo patrocínio de bestas políticas e empresários de ocasião.
4600 Habitações livres, no seio da maior cidade de Portugal, é algo que me faz relembrar duas coisas. Primeiro, quem for a uma qualquer cidade europeia verá que os edifícios semelhantes aos que estão ao abandono em Lisboa são os mais acarinhados e os mais reluzentes. Segundo, relembro uma reportagem sobre o vereador bloquista da câmara em questão da cadeia Al-Jazeera, que na sua introdução dizia que a capital Portuguesa, outrora famosa pela sua construção vanguardista (pós 1755) e pela pujança proveniente dos tempos dos Descobrimentos, revelava, sem muita dificuldade, o passo dos anos e a decadência de uma ida potência mundial.
Curiosas também não deixam de ser as declarações de um tal representante de uma Associação de Proprietários Imobiliários de Lisboa, salvo erro que a verificar-se, no nome e não na substância, eu me penitencio. Dizia o senhor que se o Governo ou a Câmara quiser que os prédios não se degradem, o Governo “terá que dar subsídios”. A gargalhada espontânea, com alguma mágoa, apoderou-se de mim. Vou tentar metaforar, sobre a estúpida tirado do senhor, em prol da minha pessoa. Eu tenho um mini de 1974 e ele está a necessitar de um trabalhito de bate-chapas. Eu vou abandoná-lo na estrada e se o governo ou a câmara, que eu não sou esquisito, quiser que o retire ou arranje, que me patrocinem a empreitada.
Um conselho ao governo de quem quer uma casa daquelas, não tem como uma comprar mas que arrendaria de bom grado: Criem um Decreto-lei que exija que imóveis desses, existentes pelo país fora, sejam reparados ou, na impossibilidade monetária de que isso suceda, que os proprietários sejam forçados a vendê-los ou a arrendá-los. Quem não quiser vender que se sujeite ao cumprimento da Lei (limpeza, emparedamento, etc) e fique obrigado, no exercício voluntário dessa opção, a satisfazer esse sua vontade a poder de impostos obscenos, em virtude de magnificência dos edifícios em questão. Algo me diria que essas casas não ficariam ao abandono por muito tempo.
4600 Habitações livres, no seio da maior cidade de Portugal, é algo que me faz relembrar duas coisas. Primeiro, quem for a uma qualquer cidade europeia verá que os edifícios semelhantes aos que estão ao abandono em Lisboa são os mais acarinhados e os mais reluzentes. Segundo, relembro uma reportagem sobre o vereador bloquista da câmara em questão da cadeia Al-Jazeera, que na sua introdução dizia que a capital Portuguesa, outrora famosa pela sua construção vanguardista (pós 1755) e pela pujança proveniente dos tempos dos Descobrimentos, revelava, sem muita dificuldade, o passo dos anos e a decadência de uma ida potência mundial.
Curiosas também não deixam de ser as declarações de um tal representante de uma Associação de Proprietários Imobiliários de Lisboa, salvo erro que a verificar-se, no nome e não na substância, eu me penitencio. Dizia o senhor que se o Governo ou a Câmara quiser que os prédios não se degradem, o Governo “terá que dar subsídios”. A gargalhada espontânea, com alguma mágoa, apoderou-se de mim. Vou tentar metaforar, sobre a estúpida tirado do senhor, em prol da minha pessoa. Eu tenho um mini de 1974 e ele está a necessitar de um trabalhito de bate-chapas. Eu vou abandoná-lo na estrada e se o governo ou a câmara, que eu não sou esquisito, quiser que o retire ou arranje, que me patrocinem a empreitada.
Um conselho ao governo de quem quer uma casa daquelas, não tem como uma comprar mas que arrendaria de bom grado: Criem um Decreto-lei que exija que imóveis desses, existentes pelo país fora, sejam reparados ou, na impossibilidade monetária de que isso suceda, que os proprietários sejam forçados a vendê-los ou a arrendá-los. Quem não quiser vender que se sujeite ao cumprimento da Lei (limpeza, emparedamento, etc) e fique obrigado, no exercício voluntário dessa opção, a satisfazer esse sua vontade a poder de impostos obscenos, em virtude de magnificência dos edifícios em questão. Algo me diria que essas casas não ficariam ao abandono por muito tempo.
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