quarta-feira, março 26
Início de campanha! Status = 1%
Domínio Actualidade, Podia ter ficado para depois, Política
terça-feira, março 25
"Recorte" de jornal e não só
Este vai ser um artigo exemplificativo do usualmente "do oito para o oitenta".
Domínio Actualidade, Portugal, Video
domingo, março 23
sábado, março 22
Mais uma... cócega
UE generalizada
Escrevo porque a EU vai tornar-se verdadeira união não tarda, isto porque Confederação Intersindical Galega fez saber que irá desenvolver acções de luta duras se os seus direitos não se alargarem aos seus colegas portugueses. Como é sabido o país só, e digo só com aquela pitada lusitana de ironia, tem quase 8% de desemprego porque o desenrascanso genético do ser luso fez com que a necessidade os levasse para lá da fronteira buscar o que o país cá não oferece, principalmente na área da construção civil. Pois bem os nuestros hermanos que não advogam, e ainda bem, pelo lusitano dizer “de Espanha nem bons ventos nem bons casamentos” comportam-se como verdadeiros manos mais velhos e ajudam os picolinos nesta contenda de direitos. Também lhes interessa é claro porque qualquer dia o patronato espanhol enevoado e mal habituado por tanta facilidade no confronto com o portuga, iria lançar-se aos seus, algo que os trabalhadores espanhóis estarão a prever e querem combater.
Em qualquer dos casos a posição tomada é de louvar, de trazer ao blogue e abrirá um novo e meritório pragmatismo dentro da união, ou assim penso eu “o idealista”. Trabalhadores somos todos, tal como os direitos a todos pertencem. Esta posição devia fazer escola dentro do nosso Portugal mas… ainda tem muito que aprender esta nação com quase novecentos anos de história (diz-se rápido…) e que, supostamente ou talvez não, fez em Lagos o primeiro comércio de escravos.
"Não é a primeira vez que denunciamos a situação dos portugueses que estão a trabalhar em Espanha, sobretudo na Galiza, em condições inferiores às exigidas pelo Convénio Colectivo. E as autoridades portuguesas e espanholas nada fizeram para alterar a situação, o que não pode continuar a acontecer", Xoan Melon da Confederação pela imigração ao DN.
sexta-feira, março 21
Poesia . 17
quinta-feira, março 20
Obviamente...
Ao menino que se serviu das novas oportunidades que as tecnologias oferecem, agradeço do fundo do coração visto que aos professores, este tipo de documentação, está vetada legalmente.
Fico na expectativa também para verificar quais serão as desculpas congeminadas para justificar o injustificável. E não pensem as pessoas que isto é caso único, muito pelo contrário. O dado novo resulta de que esta não é uma escola qualquer, dizem os rankings, mas adiante lá iremos. Depois do vídeo não haverá azo à proliferação das maiores palermices, sejam as da tutela que são muitas, sejam elas confapianas. O bem que fazia àquele rebento uma “correcção manual”.
Faço questão de salientar também que, segundo os magníficos rankings, a escola em causa é uma das escolas que lideram a popular tabela o que não deixa de ser curioso. E deixo o raciocínio: Se esta é uma escola referência, o que será que se vive por esse tresmalhado Portugal fora?
Aqui sentado, confortável esperarei por ver que medidas, acções e repercussões irá dar este vídeo amador para o mal formado rebento, os seus papás e por arrasto para todos os rebentos e papás que vivem no país, os mesmos que pedem a cabeça e a correcção dos professores malandros. O mais certo é servir apenas para gastar latim...
terça-feira, março 18
Simbolismos
Para rir . 9
Tenho pena que os incorrigíveis tenham terminado. Eram uma fonte inesgotável de humor...
sábado, março 15
Línguas à solta
Deparei-me há instantes na Tv. com as imagens do plenário do PS e contemplei, estupefacto, como o pavilhão estava cheio da espécie lambe-botas! E sem controlo! Depois desta manifestação, contida, é certo que o ministro da agricultura estará em maus lençóis e por horas, depois das suas afirmações para acabar com as raças potencialmente perigosas. Não é justo para o comum cidadão não poder ter o seu animal de estimação, enquanto outros, os exibem às claras em plena luz do dia.
O lambe-botas é uma espécie que surge onde menos se espera. Desde a sua descoberta que o seu número tem vindo a aumentar o que tem colocado em causa a fauna e a flora no território português, uma situação que só tem paralelo sempre que os gafanhotos africanos atacam, sem o aviso que a lei estipula, as plantações algarvias e alentejanas. O lambe-botas não é uma espécie requintada e é possível encontrá-los nas planícies coloridas das hostes partidárias escondendo-se e atacando com poder bajulador, com sucessivo “roçamento língual” sobre a vítima levando-a, conforme enumerado pelos peritos, a um profundo estado afirmativo e catatónico.
E que dizer do governo? Coitados! O primeiro-ministro e demais ministros foram completamente lambuzados, acariciados, afagados a tal ponto que a QUERCUS e a SOS Animal estarão a considerar fazer queixa às autoridades competentes, às não competentes e ao Rei de Espanha para que a ordem seja reposta. Sabe-se que as profissionais libertinas e liberais do canal 18, depois de tal deboche público, enviaram uma queixa formal para a Autoridade da Concorrência por o que dizem ser uma “conduta pública e desleal para a classe que merece mais respeito e melhores salários, compatíveis com os que os lambe-botas auferem por quilómetro em cada exposição pública”.
Nota:
O Tony Carreira teve no atlântico 17 mil pessoas. Acho isso, uma afronta ao PS! Esse senhor devia ser disciplinado e imediatamente enviado para a longe… para professor numa escola em vinhais! O PS indicou que estiveram presentes 10 mil pessoas, falta agora saber o número da PSP e do governo…
quarta-feira, março 12
Democracia sem sentidos
Vivemos uma altura complicada. Uma maioria deu em autismo, prepotência e a uma oposição de estimação que, com ela se dá numa lógica de alterne, a qual se encontra imersa num vórtice extremamente confuso. Crises internas resolvidas, como sempre que a pequena oposição carece, na praça pública. Não digo que é bom ou mau apenas constato esse facto.
Numa das alturas mais rasteiras do governo, o PSD dedica-se a brincar aos partidos políticos o que é mau mas torna-se pior visto que os barões se desmarcaram e, quer de um lado quer do outro, não existe nenhum, ninguém, zero personalidades com carisma para pegar nos barcos. É como a nossa filha se quisesse casar mas a casa apenas levava pelintras. Ser pelintra não é automaticamente uma característica indesejável, para a filha do vizinho. Mas aqui não se esgotam as forças partidárias ainda temos o PCP, o BE e o PP. Ora bem… sou adepto dos debates mensais e políticos em geral e é minha opinião que o PCP parece um doente comatoso, isto é, às vezes dá sinais de vida mas… O PP é outro caso complicado já que as suas intervenções são por vezes interessantes mas, mal nos descuidamos, encontramos logo uma nódoa. O BE tem sido a lufada de ar fresco ao parlamento seja pelas tiradas de Francisco Louça ou pela dinâmica do partido, são “novos” e isso nota-se.
Não faço aqui um manifesto político bloqueano apenas quero chegar ao seguinte ponto. Se Sócrates é mau, se Menezes não tem ou demonstra o necessário savoir fare, se Portas já mostrou não ser de confiança sobram dois: o PCP e o BE. Pois bem daqui não vai resultar nada de bom e o mais caminho mais certo será um de três: Saramago-nos-emos, ou seja, mandamos os boletins de votos às malvas e aproveitamos o sol, no dia assinalado, aumentado o tal partido vencedor; ou caímos no erro de votar Sócrates (ainda há pessoas que votam na mãozinha porque sim, aqueles que eu chamo alinhados) ou caímos noutro erro e votamos Menezes.
É um sinal dramático para um país quando os salvadores são cegos ou surdos ou mudos ou tudo junto, o que parece ser cada vez mais o caso.
Domínio No sossego..., Sociedade... em ensaio
domingo, março 9
Não quis ver Lisboa por um “canudo”
Não sou adepto de nenhum partido e os sindicatos não me dão confiança a tal ponto de que hoje teria ido com o meu carro não fosse o previsível e comprovado STOP às viaturas particulares e a prioridade aos autocarros da organização. Ressalvo também que, apesar desta ter sido a maior mobilização de uma classe de que há memória em Portugal (para cima de 50% da classe), as pessoas não teriam boa vontade suficiente para, em tempo útil, organizar os meios e as necessidades que uma demonstração destas requer.
Guardo também o apoio que fomos recebendo de viaturas que connosco se cruzaram na A1, Professores? Cidadãos em geral? Nunca saberei mas foi bom receber os polegares levantados, as buzinadelas, os “quatro piscas”. Nas ruas pessoas anónimas bateram palmas e deram força. Para quem atrapalhou a vida de muitos Lisboetas em resposta à trapalhada que têm provocado na sua, foi bom de ver, de sentir. De qualquer modo a maior imagem que trago é a saudação que uns se fizeram aos outros, professores para professores. A Ministra realmente alcançou um facto digno de registo, colocou a maioria dos professores norteados pelos mesmos objectivos e isso parecia impossível há pouco mais de… dois, um ano?
O autocarro onde seguia foi deixar-nos (e não “despejar-nos” como ouvi na TSF) mesmo no local e, logo aí, foi impressionante o número de pessoas que saíram de todos os lugares, portas, escadarias e becos adereçados, prontos e que acenavam à nossa passagem, se alegravam de ver o grupo engrossar, não augurando “um dia que viverá para a infâmia” como disse certa vez Roosevelt mas sim um dia que perdurará na memória pessoal e colectiva.
Não vou comentar as palavras da Ministra. Eu sou da opinião de que a sua troca não ia alterar os objectivos do Primeiro-Ministro (porque é ele que decide) e, ao cabo de três anos, dever-se-ia aproveitar o que a Ministra por esta altura deve saber de educação se a mesma se lembrasse que, antes dela, está uma imensa percentagem de docentes que saberão algo do assunto. A prepotência de uma reforma que ou se faz comigo ou contra mim é pura… poderá ser suicídio, político de uma Ministra de um tal Engenheiro e de um partido e isso sim seria um facto relevante. A democracia Portuguesa poderá viver algo que só tem precedente com o Maio de ’68 e se isso acontecer não sei bem qual será a vantagem que todos retiraremos disso. O povo talvez tire já que a confiança na classe política é diminuta e o aproveitamento dos mesmos tem sido descarado.
Domínio Actualidade, Política, Portugal
quinta-feira, março 6
Curta de mau gosto
Outra situação miserável acontece com os familiares das pessoas que perderam a vida na ponte de Entre-os-rios em 2001. Optaram por matar o processo de modo a obter descanso. Que merda de país este onde tudo o que é contra o pobre, pequeno e privado é levado às últimas consequências e tudo o que mexe com interesses públicos ou instalados cai no esquecimento dos tribunais e na prescrição ou no arquivamento que parece ser o sujo truque judicial para compactuar com as injustiças. Justiça vadia.
Domínio Actualidade, Assim não, Mãos no ar isto é um assalto
A ver vamos...
Guardo as palavras, estas sim sábias, de António Lobo Antunes ou de Vilaverde Cabral no Prós e Contras desta semana. O primeiro por dizer uma verdade insofismável - “A escola fácil não prepara para a vida difícil”; o segundo porque a ideia do livro branco da educação parece ser uma grande ideia. É sempre preferível dar um passo para trás para dar dois ou três para a frente e aqui Portugal poderia deixar de ser seguidor a ser seguido, explico. O mal da escola é um mal Europeu, quiçá, global. Pois bem, em vez de irmos copiar modelos específicos e talvez irrealizáveis, porque as especificidades são muitas, porque não, através do tal Livro Branco da Educação criar um modelo educativo de raiz e centrado em nós e não na… Finlândia.
Os professores vão sair à rua, eu vou sair à rua. Não tenho noção ainda com três dias de distância se a manifestação vai ser decisiva, sinceramente não creio mas de uma coisa estou certo: Portugal irá ver sem dúvida a maior manifestação de uma única classe, de sempre. A manifestação pode mostrar muitas coisas díspares mas uma será universal: é necessário parar e dar ouvido a quem se encontra nas escolas, a quem nunca se manifestou e desta vez optou por fazê-lo, em desânimo, com agastamento entre a espada e a parede porque em situações extremas nunca se sabe a “força” de um indivíduo e, muito menos, a de uma multidão.
É o tipo de políticos lamentáveis que temos.
quarta-feira, março 5
Imagens . 13
Domínio Imagens, Indicadores, Recreio in ciência
Poesia . 16
Ganhei um gosto especial por este poema e isto apesar do mesmo se vestir com um inglês rebuscado e entrelaçado, como que a querer dizer “não me leiam!”. Uma confusão para uma mente com raízes linguísticas procedentes mais das narrativas da terra do Tio Sam e do que da pátria de Shakespeare. Até o modo como o poema se me surge é curiosa já que resulta da magnífica, admirável, estrondosa série dos Simpsons, o que acho que lhe deu um toque especial, essencial e permita talvez ver neste o que não consigo ver em outros escritos do género e época. Basta de conversa, deixo uma parte e uns links do poema, da tradução do Mestre Pessoa e da animação que originou tudo.
Once upon a midnight dreary, while I pondered, weak and weary,
While I nodded, nearly napping, suddenly there came a tapping,
As of someone gently rapping, rapping at my chamber door.
Only this, and nothing more."
(…)
Open here I flung the shutter, when, with many a flirt and flutter,
In there stepped a stately raven, of the saintly days of yore.
Not the least obeisance made he; not a minute stopped or stayed he;
But with mien of lord or lady, perched above my chamber door.
Perched upon a bust of Pallas, just above my chamber door,
Perched, and sat, and nothing more.
Then this ebony bird beguiling my sad fancy into smiling,
By the grave and stern decorum of the countenance it wore,
"Though thy crest be shorn and shaven thou," I said, "art sure no craven,
Ghastly, grim, and ancient raven, wandering from the nightly shore.
Tell me what the lordly name is on the Night's Plutonian shore."
Quoth the raven, "Nevermore."
(…)
"Be that word our sign of parting, bird or fiend!" I shrieked, upstarting--
"Get thee back into the tempest and the Night's Plutonian shore!
Leave no black plume as a token of that lie thy soul spoken!
Leave my loneliness unbroken! -- quit the bust above my door!
Take thy beak from out my heart, and take thy form from off my door!"
Quoth the raven, "Nevermore."
And the raven, never flitting, still is sitting, still is sitting
On the pallid bust of Pallas just above my chamber door;
And his eyes have all the seeming of a demon's that is dreaming.
And the lamplight o'er him streaming throws his shadow on the floor;
And my soul from out that shadow that lies floating on the floor
Shall be lifted--- nevermore!
Edgar Allan Poe
Link1 . versão original
Link2 . versão traduzida (Fernando Pessoa)
Link3 . versão imperdível
sábado, março 1
Decisions decisions...
É certo é que aqui não existe lado, o que existem são alunos que merecem ter um ensino de qualidade, com um carácter geral ou técnico ou profissional honesto e apropriado, com condições, diferenciado em certos aspectos mas onde se lhes possa exigir a excelência. O que acontece hoje está algo longe disso. Um jovem professor na passada segunda-feira fez afirmações polémicas que têm por base esse ruir do sistema. Já se veio retractar não porque o que disse, ou o espírito do que disse, seja falso, mentira ou uma inverdade (palavra muito utilizada pela classe política e pelas pessoas que gravitam nesse meio mas que não existe) mas sim porque a distância entre o que se ouve e sabe e o que se pode provar é muito, demasiado grande. Sempre a aprender caro colega… Quem não viveu situações dessas que atire a primeira pedra. Essa política facilitista pode não estar descriminada de modo claro em decreto mas a realidade, importada para a escola por quem se cruza com os decisores, é essa.
Para acabar: acredito piamente que as famílias têm um papel preponderante para a escola na educação em falta que deveria ser dada em casaaos meninos. Tenho jovens que andam na rua até à 1h da manhã e depois vão cair de sono dentro da sala de aula. O tempo de antena que um certo senhor, representante e “projecto a político” tem é exagerado. E o que digo é tão mais verdade quanto as afirmações, posições e exaltações que esse senhor propala para a comunicação social. Se esse senhor é o modelo tipo de encarregado de educação eu serei certamente a Madre Teresa de Calcutá. Caro senhor primeiro os deveres e depois os direitos, não subverta o raciocínio escudando-se na juventude e passe a palavra: eduquem os meninos.