O país não vai bem e isso, toda a gente sabe. Uns tempos estranhos que teimam em não passar e que fazem questão de se arrastarem como o andar pesadão de um imenso elefante. Um elefante que não alinha num mimo em troco de um outro mimo, desta vez económico (toque da sineta), em sentido inverso. É neste espírito de contradição que está o país e o Governo. Pois bem, foi então este o espírito que levou imensa atenção e quiçá, gente, para frente da TV durante esta semana.
Prometia muito o debate do Orçamento de Estado. A constante luta por saber que é que afinal sabe somar, multiplicar, dividir e subtrair. A constante disputa por saber que vai dar a estocada na besta ou, se pelo contrário, será a besta a estocar os "jovens destemidos". Este debate tinha ainda, esperava o país interessado, um duelo mitológico já que, transpareciam os meios noticiosos em letras "néon", Sócrates ia encontrar a sua (andava doido para escrever isto) Nêmesis - Santana Lopes. (Era nesta altura que se ouviria isto). Mas no meio de tanta euforia, sentimentos mortíferos e vinganças bolorentas, alguém se esqueceu de algo muito importante: Estamos em Portugal. Resultado: O debate foi como se esperava, um interminável fiada de bocejos e pouco ajuste de contas em nome dos abusados portugueses.
O debate foi fraco e como se suspeitava ninguém "roeu a corda", isto é, ninguém teve a coragem de dar alguma emoção apesar de que, a certo ponto, o grupo açoriano prometeu mas não cumpriu. O menino ficava chateadito e então... Certo é que o documento lá foi aprovado com a maioria dos alinhadinhos, dos zombies cor-de-rosinha e o resto dificilmente fará história. Mas não desmoralizem já que apesar de se perder mais um ano, ou melhor, segundo o Sócrates, se ganhar(!?) mais um ano de boa governação, há uma confirmação cientifica mundial que foi conseguida neste país. Confirmou-se que o Inferno existe, chama-se Assembleia da República e é lá que pagamos os pecados havidos e por haver. E que faz a malta que daquilo vive? Falam, falam...
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