Hoje, e passados seis anos do início de tudo, confisquei a minha primeira arma a um aluno. Não é nada que me apraz assinalar, no entanto a situação, não deixa de dar direito a uma reflexão, principalmente numa altura não muito famosa em termos educativos, ao invés do que se quer propagandear a coberto e conivência da comunicação social.
Não dou aulas num local como Lisboa ou Porto em que a propiciação e a proliferação desse tipo de situações serão parte do dia-a-dia de colegas meus. Dou aulas num sítio pacato e não seria aqui que eu esperava, se é que algum dia esperei, vir a fazer tal apreensão! Não fiquei orgulho, fiquei mais bem triste. Mas porque é que uma arma branca andaria nas calças daquele rapaz?
Não é nenhum garoto para não saber que isso era um objecto proibido em todo o lado, nem falo no perímetro escolar. Mas mesmo que fosse, o que nos lavaria a cair na virginal ideia da Ministra de que uma mudança no Estatuto do Aluno iria ajudar a que situações dessas se esgotassem à medida do passar do tempo. Que acham? Bom, eu questionei os alunos (dessa turma de “amorosos” adolescentes) sobre se sabiam o que era o Estatuto do Aluno. Zero respostas certas, aliás profundo silêncio apenas rompido por um “o quê!?” pelo totó da turma. De que serve haver um Estatuto se ninguém, que devida, está a par dele? Nem Encarregados de Educação, nem alunos a quem esse estatuto diz, capital, respeito. Influências, pensei.
Perguntei sobre a incompreensivelmente famosa série da TVI, principalmente no que toca às técnicas usurpação, ameaça, intimação, conluio, arranjinhos usadas no argumento da dita série e aí o resultado é outro. Acrescem os problemas de sempre sobre as vidas das famílias, que hoje em dia, não têm solução fácil e se perpetuam no tempo. O Pai está longe a trabalhar (50km, 100 ou na Suiça) e a mãe “não tem mão neles”. Ou então pura e simplesmente ninguém se chateia ou lembra do menino. No entanto esperam que, deixando-o na alcofa ainda bebé à porta das escolas, os Professores eduquem (cientifica e familiarmente) os meninos e os entreguem já consumados e, de preferência, com o canudo na mão de novo à procedência. Caricato mas infelizmente muito mais real do que seria lógico.
Em função disto tive uma ideia grotesca e que já havia circundado a minha mente. Qual é o Currículo da Ministra? Pois bem, é Socióloga. Aqui deixo o link que aconselho a ver. Aulas que é bom só na Universidade e em “Paleio Soviético”. Não tenho nada contra ou aliás tenho tudo contra esta disciplina e estes formados. Filosofia, acho importante e classifico uma aberração que até se tenha pensado em retirá-la dos currículos escolares. Já no que toca à Sociologia… Não se pode gostar de tudo. Acho que no dia em estes senhores e as suas técnicas educacionais irromperam pelas escolas, Direcções de Educação ou no Ministério e obtiveram “tempo de antena”, a escola nunca mais foi a mesma e para pior. E os pais com uma vida exigente deixaram-se contagiar disso. Posso com toda a certeza afirmar que com a Sociologia nunca aprendi nada e recordo, fez seis anos em Setembro, a minha primeira aula em que a Sociologia não me serviu de nada quando aquela milícia irrompeu a sala de aula como se de um estampido se tratasse. O que resultou? A força bruta.Que fazer à escola? Se estivesse aqui um sociólogo, a debitação de teorias e axiomas seria de tal modo célere que deixaria as pás de uma ventoinha envergonhadas. Eu fui aluno uma série de anos, sou professor há seis e só sei que assim isto não serve ninguém e que quando eu era aluno a canção era outra. Já agora um estoiro bem dado, na hora, certa nunca fez mal a ninguém, nem a mim. Faltam Professores de primeiro ciclo “à antiga”. “É de pequenino é que se torce o pepino”
Não dou aulas num local como Lisboa ou Porto em que a propiciação e a proliferação desse tipo de situações serão parte do dia-a-dia de colegas meus. Dou aulas num sítio pacato e não seria aqui que eu esperava, se é que algum dia esperei, vir a fazer tal apreensão! Não fiquei orgulho, fiquei mais bem triste. Mas porque é que uma arma branca andaria nas calças daquele rapaz?
Não é nenhum garoto para não saber que isso era um objecto proibido em todo o lado, nem falo no perímetro escolar. Mas mesmo que fosse, o que nos lavaria a cair na virginal ideia da Ministra de que uma mudança no Estatuto do Aluno iria ajudar a que situações dessas se esgotassem à medida do passar do tempo. Que acham? Bom, eu questionei os alunos (dessa turma de “amorosos” adolescentes) sobre se sabiam o que era o Estatuto do Aluno. Zero respostas certas, aliás profundo silêncio apenas rompido por um “o quê!?” pelo totó da turma. De que serve haver um Estatuto se ninguém, que devida, está a par dele? Nem Encarregados de Educação, nem alunos a quem esse estatuto diz, capital, respeito. Influências, pensei.
Perguntei sobre a incompreensivelmente famosa série da TVI, principalmente no que toca às técnicas usurpação, ameaça, intimação, conluio, arranjinhos usadas no argumento da dita série e aí o resultado é outro. Acrescem os problemas de sempre sobre as vidas das famílias, que hoje em dia, não têm solução fácil e se perpetuam no tempo. O Pai está longe a trabalhar (50km, 100 ou na Suiça) e a mãe “não tem mão neles”. Ou então pura e simplesmente ninguém se chateia ou lembra do menino. No entanto esperam que, deixando-o na alcofa ainda bebé à porta das escolas, os Professores eduquem (cientifica e familiarmente) os meninos e os entreguem já consumados e, de preferência, com o canudo na mão de novo à procedência. Caricato mas infelizmente muito mais real do que seria lógico.
Em função disto tive uma ideia grotesca e que já havia circundado a minha mente. Qual é o Currículo da Ministra? Pois bem, é Socióloga. Aqui deixo o link que aconselho a ver. Aulas que é bom só na Universidade e em “Paleio Soviético”. Não tenho nada contra ou aliás tenho tudo contra esta disciplina e estes formados. Filosofia, acho importante e classifico uma aberração que até se tenha pensado em retirá-la dos currículos escolares. Já no que toca à Sociologia… Não se pode gostar de tudo. Acho que no dia em estes senhores e as suas técnicas educacionais irromperam pelas escolas, Direcções de Educação ou no Ministério e obtiveram “tempo de antena”, a escola nunca mais foi a mesma e para pior. E os pais com uma vida exigente deixaram-se contagiar disso. Posso com toda a certeza afirmar que com a Sociologia nunca aprendi nada e recordo, fez seis anos em Setembro, a minha primeira aula em que a Sociologia não me serviu de nada quando aquela milícia irrompeu a sala de aula como se de um estampido se tratasse. O que resultou? A força bruta.Que fazer à escola? Se estivesse aqui um sociólogo, a debitação de teorias e axiomas seria de tal modo célere que deixaria as pás de uma ventoinha envergonhadas. Eu fui aluno uma série de anos, sou professor há seis e só sei que assim isto não serve ninguém e que quando eu era aluno a canção era outra. Já agora um estoiro bem dado, na hora, certa nunca fez mal a ninguém, nem a mim. Faltam Professores de primeiro ciclo “à antiga”. “É de pequenino é que se torce o pepino”
2 comentários:
EhEhEhEh!
Adamastor isto não é caso para rir, é bem grave por sinal! Mas não pude deixar de o fazer...tu fizeste uma apreensão de arma na tua sala de aula??
Eh Eh Eh
Alguma vez te deram formação para agir em situações destas??
Eu sei que isto acontece lá para as cidades maiores, mas assim contado na primeira pessoa..
A nossa escola de facto precisava de uma volta de 180º. Enfim, não há quem a dê...e isto não caminha para tempos melhores!!
Sim fiz uma apreensão como nós filmes :). Formação? E tu achas que se recebe alguma formação? Sei o mesmo que tu sabes nestes casos. Nem formação tenho para lidar com miúdos com necessidades educativas especiais.
O que sei aprendi com os colegas de ensino especial e com a legislação.
As formações são outra discussão valente. Só para deixar uma dica. No futuro para se progredir, segundo a avaliação que o ministério já aprovou, é preciso fazer 75% de formação na tua área. Agora adivinha ao longo de seis anos quantas formações eu vi em FQ?
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