Os políticos europeus andam com medo. Não querem fazer feio perto dos outros meninos fora UE mas mesmo assim não conseguem acertar de uma vez por todas o dito tratado. Passam algumas ideias preocupantes... Se é certo que o alargamento era inevitável, também é certo que o mesmo foi feito como o primeiro amor feitinho ou tentado, isto é, muito atabalhoadamente, sem saber o que se vai passar - "onde ponho esta mão" e tal - e com uma sensação final mais de desconforto do que de uma longa vontade saciada. Dizem que tinha que ser feito! Hmmmmm, isso é como a OTA tem que ser feita... agora noutro sítio de noutros moldes. O "tem que ser" tem sempre muito que se lhe diga. O alargamento podia ter passado por uma entrada a duas velocidades dos pretendentes mas optou-se, por ser assim, "à maluca". E depois ganha razão esta ideia com a posição da Polónia no final da semana com o argumento do extermínio de milhões de polacos durante a WWII. Se é certo que foi numa perspectiva de "antes ele que eu" mas houve muitos polacos que para tal desfecho contribuiram. Mas o meu conhecimento deste assunto é livresco e numa questão desta envergarura o melhor que faço é colocar a viola no saco, mas que o pretexto polaco é duvidoso e a destempo isso ninguém me tira. Por outro lado surge agora, que os meninos conseguiram dividir os "berlindes", a questão de se vai existir referendo ou não nos 27 estados membros. E nesta questão fico-me por Portugal apesar de ser uma jogada de pouco risco tantar adivinhar o que irão fazer a maior parte dos membros europeus. Em Portugal a questão é simples; logo a abrir houve promessas eleitorais! O que elas valem? NAAAAAada, mas que as houve, houve. Durante o dia de hoje ouvi o antigo Ministro dos N.E. Martins da Cruz dizer na TSF num tom que me soube, a mim e aos demais ouvintes pela sua posterior reacção, de atestado de ineptidão, que:
"Portugal tem a presidência da União Europeia e recebeu em Bruxelas um mandato muito claro para negociar um tratado simplificado. Portanto, Portugal tem responsabilidades acrescidas no plano externo, no plano europeu. Não pode estar amarrado desde já a uma posição referendária no início deste processo, porque isso seria limitar a sua margem de manobra e poderia ter repercussões negativas junto de alguns dos nossos 26 parceiros europeus" Resumindo: miúfa, o tal medinho do início.
Noutra leitura "vamos lá fazer boa figura com os outros meninos para nos deixarem brincar com eles! E os cromos lá da terrinha? É pá eles são feios!" Acresce a isto que se este fosse um país responsável, a discussão europeia estaria, não no topo da agenda, mas seria uma questão que estaria presente e promovida, e bem, pelo poder político. Mas como é normal, e mal, os políticos, os nossos ou os de alguém, porque eu já nem sei o que defendem ou de quem são ao certo, já sabemos o que gastam. Faça-se um debate sério porque "quem não deve não teme".
PS: Este ex-Ministro recordo foi o mesmo que tachou (e não taxou) a entrada da filha na Faculdade de Medicina durante o governo de Durão Barroso. Sempre negou mas a sua demissão na altura não tem outra leitura.
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