sexta-feira, junho 29

Censura ou excessos


Não creio que seja a 1ª vez que, neste espaço, divago sobre as competências das figuras do estado. No últimos tempos tem surgido uma série de situações em que, do meu ponto de vista, essas mesmas figuras não se têm comportado ao nível de aquilo que se lhes é exigido. Desdes os vários deslizes verbais do Ministro das Obras Públicas e do Ministro da Saúde, passando pela birra do PR no 10 de Junho pela retransmissão da RTP e terminado com esta, que me parece, perseguição à liberdade de expressão. Todos parecem estar, independentemente de onde façam valer as suas opiniões, sob uma grande lupa "azul" que manda e desmanda sempre e quando a música não é do seu agrado. Blogues, conversas privadas parecem estar a ser escrutadas por alguma espécie de cruzados de outros tempos que pertendem formatar tudo pela mesma cartilha. Ora isso é artimanha de quem só se pode ter deslumbrado pelo poder, deixando para outras núpcias, talvez as eleitorais, a questão dos deveres. Ao comum cidadão é-lhe reconhecido e conferido o dever de cidadania o qual se estende por inúmeras facetas seja de responsabilidade, honestidade, profissionalismo, ética etc. Mas também o direito à crítica, não burlesca, moralizadora, salutar e esclarecedora. Bom e é assim por aqui, no meu entender, que o estado parece perder o norte e onde parece arrastar-se para um perigoso, pantanoso e mesquinho vício mandante.
As situações da exoneração da directora do Centro de Saúde de Vieira do Minho; do afastamento do funcionário da Direcção Regional da Educação do Norte (DREN); o professor bloguista que se encontra no meio de um processo judicial despoletado pelo próprio (e agora escrevo engenheiro? que faço!? Ajudem-me "óh ninfas do tejo" ou será melhor recorrer ao Procurador Geral da República?)!! Não será que têm outras coisas em que perder tempo? Pois já sei, os acessores não podem passar o tempo nos sofás... Mas até a nível local se verificam casos, que os há, de perseguição ao direito opinativo e é assim por aqui que me surge uma questão: Não poderão ser punidos estes paladinos da moral e da ética sempre e quando não cumprem o que lhes é de dever? Não digo punição à "Francisco de Assis" (neste momento encontro-me numa encruzilhada moral! Por que não? "Uma bolachada bem dada e na hora certa endireita" diz o povo) mas uma simples avaliação de objectivos não numa base eleitoralista, porque aqui já sabemos que existe muita gente neste país que não devia nem ter nas... mas numa base judicial. Para que serve a jura aquando da posse? Para que serve o compromisso, sob a forma de promessas ou de programa eleitoral, que é assumindo perante o portugueses? Serão piores as outras "faltas" aos olhos do governo do que os seus incumprimentos perante toda a população?
No meio de tudo e o que é mais grave... a perpétuação do directora da DREN, dos Ministros confusos sem que nada ou ninguém acaba o que me parece ser uma situação hipócrita. Como dizia uma personagem de Ricardo Araújo Pereira... "Um banano, homem!!!" é o que parece ser preciso.

1 comentário:

Great Houdini disse...

Palavras, para que? É o gito do Ipiranga, a revolução chegou e o povo está farto e vai dar a volta a isto.

Mas ... depois vejo as sondagens de Lisboa Carmona em 2º???? Para não falar de Felgueiras e outros do género ... se calhar este povo tem o que merece.

Pois infelizmente a estupidez não requer inspiração das musas do Tejo é algo que brota por aí a potes, debaixo de um qualquer calhau.