quarta-feira, janeiro 15

"Recalibração" à hora da refeição


Hoje que é como dizer... ontem, chegou a notícia da "vingança do chinesinho" ou o que é o mesmo que dizer que o mais pequeno se tornou maior. Não pequeno em depreciação mas porque em Portugal a maior parte dos empresários são-no, de facto, de mini ou micro empresas. Aos factos. Uns certos comensais entraram num estabelecimento na mealhada para degustar o famoso leitãozinho que tanta gente já fez divergir da A1 ou estadas das redondezas. O empresário com faro para o negócio mas também para distinguir sabujos à distância apercebeu-se que os clientes provinham do congresso do partido do táxi. 

Incomodado pelo modo como a dita camarilha governa, a bem dizer desgoverna, o país procedeu à chamada taxa "zé povinho" ou "toma que já almoçaste!". Uma espécie de mimética à ideia da taxa robin que em devido momento a história europeia viu a luz do dia tão rápido como ela se fundiu. 

Em França o Presidente da dita República, anteriormente conhecido como socialista recentemente confirmado na primeira pessoa como acelerado socialista - vá-se lá saber o que isso significa - pretende levar com tal ideia avante. O passar incessante do tempo dirá se a ideia passa a facto da vida, a verdadeira letra de lei. Certo é que a maleita das terras gaulesas parece ser a mesma que por cá - o remédio será o mesmo. Não deixo de pensar... um socialista acelerado será um social-democrata aquele que hoje é um neo-liberal ou simplesmente liberal? Bem... onde ia?

Então o empresário incomodado pela referida presença e com os festivaleiros já no seu poiso e com uns quantos nacos de leitão a meio caminho do estômago lembrou-se da referida taxa, da dita vingança, da imemorial justiça popular. Ou o que é o mesmo que dizer que o dito empresário munido da cartilha propalada pelos partidos da governação arreganhou a “ livre iniciativa”, as “leis do mercado”, a relação existente entre a oferta e a procura, o empreendedorismo e reformulou-se nos ditos comensais. 
 Reformulou-se ou recalibrou a contribuição normal pelo porquinho para uma contribuição extraordinária aos ditos convivas – carregou a conta.     

Sinceramente só encontro apreço pela sua iniciativa. Como já disse vezes sem conta, se fossemos mais exigentes com esta gente talvez tudo não estivesse assim. É pena não se poderem identificar mais facilmente. O Tarantino nos “bastardos” deu uma ideia…

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