segunda-feira, fevereiro 18

O preço da excelência



Os dois (únicos) medalhados lusos das últimas olimpíadas foram, segundo eles, surpreendidos quando a verba a que teriam direito pela sua prestação em Londres afinal era metade do que estavam à espera. Assim estava combinado diz o secretário de estado e se depreende dos regulamentos, assim não estava combinado e se depreende o contrário dizem os atletas. Em quem acreditar? Obviamente nos atletas porque palavra de político é tão imprestável como um punhado de areia no Sahara.
Sinceramente pouco me importa quem tem razão. Já, por outro lado, dou grande relevância ao feito destes dois rapazes, independentemente da razia de resultados em Londres 2012, e acho deveras rasteiro e mesquinho que estes tenham que confirmar na comunicação social esta situação. Ao secretário de estado, por sinal de apelido Mestre (em quê? …), o que lhe falta em honradez e discernimento, sobra-lhe em estupidez. Para um desporto com repercussão apenas no norte do país, e mais concretamente no rio lima, todos os apoios são bem-vindos e necessários. O que sentirá um atleta que dá o litro, mostra a tão propalada excelência na sua modalidade e como recompensa, dividem-lhe o prémio monetário. Nem tudo foi mau, não vieram apenas com a palmadinha nas costas da ordem, excentricamente trouxeram cada um com a sua medalha e tiveram boleia para “cima” e para “baixo”. Ainda se queixam…
Que o Emanuel Silva e o Fernando Pimenta façam o que outros têm feito, emigrem e ganhem prémios e medalhas por outros hinos, outras bandeiras porque parece que este país, não é para velhos, novos, estudantes, formados… E que se sintam felizes porque eles podem dividir apenas entre si os 22 mil euros. Já pensaram se fosse a equipa de futebol olímpica!? São 23 e se ganhassem uma medalha o prémio não lhes dava sequer para uma bimbi (não que sejam baratas mas falamos de atletas de alta competição.)  

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