Os dois (únicos) medalhados lusos das últimas olimpíadas
foram, segundo eles, surpreendidos quando a verba a que teriam direito pela sua
prestação em Londres afinal era metade do que estavam à espera. Assim estava
combinado diz o secretário de estado e se depreende dos regulamentos, assim não
estava combinado e se depreende o contrário dizem os atletas. Em quem
acreditar? Obviamente nos atletas porque palavra de político é tão imprestável
como um punhado de areia no Sahara.
Sinceramente pouco me importa quem tem razão. Já, por outro
lado, dou grande relevância ao feito destes dois rapazes, independentemente da
razia de resultados em Londres 2012, e acho deveras rasteiro e mesquinho que
estes tenham que confirmar na comunicação social esta situação. Ao secretário
de estado, por sinal de apelido Mestre (em quê? …), o que lhe falta em honradez
e discernimento, sobra-lhe em estupidez. Para um desporto com repercussão
apenas no norte do país, e mais concretamente no rio lima, todos os apoios são
bem-vindos e necessários. O que sentirá um atleta que dá o litro, mostra a tão
propalada excelência na sua modalidade e como recompensa, dividem-lhe o prémio
monetário. Nem tudo foi mau, não vieram apenas com a palmadinha nas costas da
ordem, excentricamente trouxeram cada um com a sua medalha e tiveram boleia
para “cima” e para “baixo”. Ainda se queixam…
Que o Emanuel Silva e o Fernando Pimenta façam o que outros
têm feito, emigrem e ganhem prémios e medalhas por outros hinos, outras
bandeiras porque parece que este país, não é para velhos, novos, estudantes,
formados… E que se sintam felizes porque eles podem dividir apenas entre si os
22 mil euros. Já pensaram se fosse a equipa de futebol olímpica!? São 23 e se
ganhassem uma medalha o prémio não lhes dava sequer para uma bimbi (não que
sejam baratas mas falamos de atletas de alta competição.)
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