quarta-feira, junho 20

Curtas

Vamos numas curtas...

1. Já havia lido sobre mas só hoje me deu para deixar aqui qualquer coisa sobre o tema. A ministra da justiça defende a celeridade dos procedimentos, nomeadamente, com a introdução efectiva aplicação (não sei se este se encontra já consagrado nos nossos volumes legais) do julgamento ou processo sumário. Coloriu esta ideia com a situação hipotética de flagrante delito, por exemplo, numa situação de homicídio. Ora era julgamento sumário e 25 anos de pena. Caso fechado, venha o próximo. Bem...isto nem na teoria faz grande sentido, a não ser segundo a lei de Talião, porque sabemos ou já passámos sobre situações em que asneiramos mas fazêmo-lo porque somos sujeito a algum tipo de pressão que nos leva a agir de modo irreflectido. Ora existem atenuantes e convém que nos procedimentos isso seja tido em conta. Aplique-se a lei e não se cai na retaliação.
Também na questão da transposição para o organograma legal nacional da lei de Megan me parece que não esteja a ser bem pensada. É grave sim a questão da pedofilia mas... as liberdades são colocadas em causa e isso não é compatível com um sistema democrático. O problema da pedofilia prende-se com a questão de se a mesma é uma patologia incontrolável ou não. Aí sim se devia estudar e chegar a algum tipo de conclusão e depois proceder em função de resultados inequívocos. E ainda assim cada caso é um caso. Não é fácil e não se deve aligeirar esta questão. A lei de Megan não me parece ser a solução.

2. Cheguei a "casa" e ouço a bem amada TSF mas...porra, será que é possível que eu esteja a ouvir o aborto da Maria de Lurdes Rodrigues!? Fujo direito para outra frequência. Irra ele há amores que não morrem (perguntem ao Romeu) e ódios que nunca esmorecem, jamais! Detesto esta senhora desde o meu mais intimo e até há quem diga que sou bom rapaz - a minha mãe. Um beijinho para ela.

3. Creio ser informação emanada pelo INE resultante de um inquérito feito às famílias portuguesas. Do inquérito ressaltam imensos dados interessantes mas há um resumo curtinho que dá muito que pensar: famílias gastam mais em hotéis, cafés e restaurantes do que em educação e saúde. Caramba. Já agora ao cuidado do JN. A palavra "hotéis" não tem acentuação no "o" mas sim no "e".

4. E o tribunal de contas continua a escarafunchar sobre as obras da Parque Escolar e não é que se continuam a encontrar violações graves? Pois... custos excessivos e para além do previsto, equipamentos dignos de hotéis de cinco estrelas (e eu que só queria algo parecido com um laboratório dos anos setenta aqui...) entre muitas outras "desconformidades" constatadas. E as senhoras ex-ministras responsáveis não deviam ser chamadas "à pedra"? Para mim podiam usar a lei de talião nelas. Até acho que era pouco...

5. Para finalizar... deixei há pouco tempo aqui a minha visão sobre como o homem é um bicho que aprende pouco e, como esta época recessiva, se aproxima perigosamente de outros tempos que deixam os europeus certamente envergonhados. Deixo o comentário de Ewald Nowotny, membro do conselho de governadores do BCE, que versa assim: "A concentração exclusiva na austeridade (nos anos 1920 e 1930) conduziu a um desemprego em massa, a um colapso dos sistemas democráticos e, no final, à catástrofe do nazismo." O Homem é certamente o único animal que consegue tropeçar na mesma pedra mais do que uma vez.   

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