É useiro dizer-se que o futuro está nas crianças, nos mais novos e talvez seja por isso que investimos e insistimos na sua educação e formação mas... Se existe a necessidade da transmissão desses conhecimentos e valores de umas gerações para as outras também é ou será correcto dizer-se que, só isso, não basta. Assim concluí, numa investida de loucura ou pura e destilada sensatez que se o futuro será dos mais novos não será de somenos pensar que o caminho para chegar lá depende quase em exclusivo dos mais velhos, os velhotes, os anciãos ou avós e explico.
O que fazemos aos nossos idosos? Empandeiramo-los em lares e confiamos que a vida siga o seu curso sem necessidade de que nos preocupemos com isso. Há gente paga para tratar desse assunto, que o não era, e que do nada se transformou numa espécie de problema. Um dia seremos um problema... Mas nesse fazer estamos a desperdiçar um bem imenso e incalculável de conhecimentos, sabedorias várias mas mais importante, descaramento e o poder supremo de fazer o que apetece e não querer saber, sabendo muito bem o que se fez... Uma espécie de criança malandra só que mais velha. Exemplifico. É costume eu dizer quando vejo um político a governar mal que era a minha avó que podia ter mão naquilo. Não que a minha avó seja uma espécie de super-mulher, pelos menos aos olhos menos informados. Foi-o à sua maneira no seu tempo de plena actividade como o são todos os avós, pais e mães mas hoje em dia não lhe veríamos essa capacidade. Então o que é que eu vejo que vocês não? Simples, se uma coisa está mal um idoso, a minha avó por exemplo, pode chegar e a coberto do manto dos anos resolver as coisas. Não há televisão porque a Anacom e o governo fizeram um negócio da china para o bolso da PT. A minha avó podia, farta de não ver o Jorge Gabriel ou a Sónia Araújo, pegar numa pistola e dizer: Senhor (presidente da PT ou da Anacom), bom dia. Faça o favor de me ligar a televisão lá no lar. Mas minha senhora é que bla bla bla whiskas saquetas e pum! Chumbo no senhor do fato.
Agora estão a pensar: Txii, então mas assim a tua avó, com a profícua idade de 86 anos iria de cana! Não sei porquê mas duvido mas duvido de tal modo que tenho a certeza que isso não sucederia. O que sim sucedia era que o assunto era tema de conversa e de solução. A única coisa que a minha avó fez um dia que mereceu a reprimenda da autoridade foi passar a estrada fora da passadeira, no tempo da outra senhora, em que os "guardas" passavam multas a esses comportamentos "desviantes". Ainda hoje podem mas... não estão para isso. Agora imaginem que este exemplo se passava em muitas outras coisas injustas que vivemos todos os dias: Bom dia senhor primeiro-ministro. Então o senhor vai continuar a deitar dinheiro para o BPN ou para as PPP's enquanto não me aumenta a pensão para a qual eu trabalhei durante mais de sessenta anos e que dá a módica quantia de pouco mais de duzentos euros? Sabe minha senhora é todo o edifício económico do país que pode estar em causa se assim não fizermos bla bla bla...pum!!! Imaginem o poder que os nossos avós têm no futuro do país. É tudo uma questão de os convencermos. Vou já tratar disso e começar a dar formação aos meus pais, pelo sim pelo não...
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