E ao fim de mais de um ano e meio a Europa encontrou, obrigada pela força da mais rica Alemanha, uma espécie de saída para esta crise. Só o futuro o irá confirmar. Eu por mim, e a minha opinião aqui vale imenso, acho que isto tudo é um fiasco. Não digo que não irá resultar mas consultando o tratado de Roma, que eu não fiz, que fundou os princípios fundamentais da Europa, a palavra solidariedade está em posição de destaque. A Europa nasce para permitir que as guerras na zona do planeta mais assolada pelas mesmas termine e que, a par disso, os países mais ricos ajudem a que os menos ricos ganhem condições melhores: uma melhor educação, umas melhores infra-estruturas, um melhor nível de vida e de rendimentos. Tudo isto contribuiria para a estabilidade de um continente que viveu em toda a sua história com, pelo menos, um guerra a preencher os folhetins diários. Hoje vivemos a época mais calma da mesma mas diz o passado que isso não irá durar por muito tempo e a imposição alemã, que poderá ressurgir dores antigas, poderá ser o caldo para que tal aconteça.
A concretização da ideia do Francês Jean Monnet e do Alemão Robert Schuman permitia seguir esse ideal que sempre teve a força dos seus actores e na inteligência da acção dos mesmos a sua base fundamental. Seguiram-se Kohl ou Delors que mantiveram esse ideal ao invés do minorca Sarkozy e a ogre Merkel. Nenhum consegue ver para além das questões monetárias ou económicas. A Europa irá sobreviver? Não. A Europa inicial morreu, agora nasceu uma Europa nova, pior, que irá sobreviver menos que a anterior porque esta nova não se baseia em princípios importantes para a condição humana.
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