quarta-feira, março 23

Só se devia sentar quem souber para onde olhar


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Quando o demissionário subiu ao poleiro apareceu um indivíduo que verborreou um número: 6,81%. Fez-se eco. Este número foi arma de arremesso, base de chantagem, deu área à vitimação entre muitas outras coisas. Passados seis anos e mesmo com uma crise dura pelo meio o ponto atingido pelas nossas contas é deplorável. Dizem os entendidos que não se sabe de tudo... onde é que eu já vi este filme? Daqui a sensivelmente 6 meses virá o Banco de Portugal, essa instituição historicamente tão...fiável, indicar que afinal o poço é mais fundo. Tudo pelos negócios ruinosos em que os sucessivos governos foram cavando para instalar o país. Se não tivesse havido a crise, esses "lobbys maus" não teriam feito "diferença" na medida em que o que estes desviavam era encoberto pela espuma dos impostos. Surgindo a crise, todo o dinheiro foi, é, será pouco e serão essas negociatas a acabarem com tudo o resto.
E o estado, é grande? Sim. O estado tem empresas que em vez de pouparem sustentam ex-ministros, ex-secretários de estado, ex-vereadores, ex-governantes nacionais ou locais? Sim, imensos e nada disto é atacado. Ataca-se o que é mais fácil na medida em que o não renovar de contractos, o corte pensões, o aumentar impostos seja directa ou indirectamente pela diminuição das deduções, não dá resposta de volta, não faz cobrança de favores políticos ou arrisca fugas de informação comprometedoras. É assim a política nacional. O que virá? Mais do mesmo, a troca de caciques bafientos infectados de pura, bolorenta e, por esta altura, poeirenta partidarite. Porque me alegro da queda do governo? Porque já não serviam, nunca serviram, jamais servirão. Só existe remorso por não ter sido chutado delá para fora. Mas desengane-se quem pensa que o futuro virá melhor. Será igual o pior mas até nesse agravamento poderá surgir no horizonte a resposta, a limpeza do sistema. Se o FMI, ou outro qualquer conjunto de siglas tão enigmáticas quanto determinado, vier a Portugal tratar da "saúde" ao país, não estará atida aos partidos e cortará a direito e será desta vez que o país trabalhador, pagante de impostos verá feita alguma justiça. Que venha ela, como uma vacina no braço: custa mas cura.

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