Não fiquei saciado no passado artigo sobre os problemas alheios que, ao serem muitos, concretizo, bebés. Andei a divagar nas horas impostas, e pouco aproveitáveis, passadas ao volante e… a entrevista bebiana (?) assim não terá cabimento, ora vejamos. No futuro (o futuro foi ontem) os papás já poderão escolher tudo do bebé como se de um carro se tratasse (para a maior dos homens, é!). Poderão escolher a cor do cabelo, dos olhos, da pele, a raça e porque não escolher logo que tipo de conhecimentos, capacidades físicas e mentais o mesmo possui?
Entra o mesmo bebé na reunião, e entra porque apesar de ter um ano já anda, corre, salta, é medalhado olímpico de triatlo e faz sky diving. Apesar disso não pode com a resmas de conhecimento que possui, materializado nos volumes de papel que os papás não babados, suados e arqueados trazem consigo. Já não só dorme, come, baba ou suja a torto e a direito, faz tudo em uníssono e escreve com as duas mãos simultaneamente até em línguas diferentes, sabe calcular os primeiros mil algarismos dos números pi e neper, consegue prever com a antecedência de um ano a evolução dos mercados bolsistas até à milésima de ponto base, é fluente em mais línguas e dialectos que Indiana Jones e consegue ler mais livros numa noite que o Professor Marcelo Rebelo se Sousa durante um ano. Pelo sim pelo não os pais perderam a cabeça, venderam dois rins, e instalaram o último grito: uma entrada usb que permite fazer quaisquer upgrades no futuro e uma placa wi-fi, não vá o diabo tecê-las. Não houve dinheiro para um esqueleto em liga leve…
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