segunda-feira, maio 17

Seguramente: nem correcto ou errado


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O Presidente da República acaba de anunciar a promulgação da lei conhecida por "lei do casamento homossexual". Referiu, e sublinhou, que Portugal tem outras coisas com que se preocupar. Não que esta seja uma questão de somenos mas que, por isso mesmo, deveria ser discutida quando o foco de todas as forças e atenção se desviassem um pouco dos problemas económicos e sociais, que são sérios.
Já outrora aqui escrevi sobre o assunto. Do meu fundinho, não sei se sou a favor ou contra. Por um lado sou a favor, porque acho que faz parte da liberdade de cada um a sua autodeterminação sexual. Por outro lado.. não me é muito agradável ver dois homens, por exemplo, de mão dada. É-me estranho. Talvez seja a minha formatação, isto é, como isso sempre foi uma realidade não próxima (longe disso mesmo, não creio conhecer ninguém homossexual) talvez seja essa a causa da minha, em parte, não relutância mas incerteza. Em caso de dúvida digo convicto que promulgue-se.
Mas há coisas que não entendo e, ainda hoje pelo almoço, se cometava sobre isso mesmo, como as leis colidem umas com as outras. Esta lei não permite a adopção de casais homossexuais mas por outro lado a lei da adopção permite que alguém que perfaça as condições de adopção, e uma delas não é a orientação sexual, possa adoptar sem qualquer problema. Quem faz leis não as sabe fazer. Outra coisa que me oferece alguma incoerência é que os homossexuais afirmaram querer, inclusive mais do que o casamento, seria a equiparação aos direitos dos casais heterossexuais, isto é, por exemplo em questões fiscais entre muitas outras. Acho que, neste assunto não se está correcto ou errado.
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Não posso deixar de fazer uma graçola a um senhor pelo qual não tenho a mais minima pinga de respeito, o senhor primeiro-ministro. A frase do dia pertence-lhe e, como dizia o outro, as verdades são para serem ditas: "Como se diz em espanhol para dançar o tango são precisos dois. Durante muitos meses não tinha parceiro para dançar." Cuidado Dr. Passos Coelho... que eles "andem" aí, alguns ainda dentro dos armários de casas, palácios..

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