segunda-feira, junho 8

Festa da democracia



E então entrados à pouco mais de cinco minutos no dia oito, sabemos que o PSD ganhou as eleições. Queria dizer algo sobre isso. Já disse. Que conclusões poderemos tirar do dia eleitoral? Algumas.
Primeira e óbvia é a abstenção e essa ganha por estrondosa maioria quer cá quer lá fora por essa Europa fora. Um sinal para quem faz que governa este continente ingovernável e mais massacrado por guerras que todos os outros todos juntos. A população europeia só esta de acordo numa coisa: pouco querem saber da Europa, no dia que quiserem saber, Deus lhes valha. Segunda: O PS perdeu, não foi o PSD que ganhou. O PS perdeu (contas por alto 600 mil votos) e eu estou contente, feliz inclusive. Adorei ver a cara de paspalhos dessa gente repugnante a começar pela senhora ministra que pouco educa, como as câmaras retrataram pela enésima vez. Não têm nível representando uma corja de descorteses que se mede muito fácil nas situações onde o Homem tem que mostrar o que vale. Assim sendo estimo bem seja o inicio de uma época até às legislativas, e para além delas, que se classifiquem como os piores das suas vidas políticas, fizeram por o merecer.
Terceira, e uma que me merece grande respeito já que uso dela a miúde: os votos em branco. (Momento rasca – 00h11 e a sicnoticias faz um directo para que Paulo Rangel abra, a custo, uma garrafa de champanhe e caia no ridículo. Por mim não sei mas acho que temos o que merecemos.) Feitas as contas foram, aproximadamente, 163 mil votos em branco que correspondem, nestas eleições, a 4,6% o que indica que se estes fossem de um partido, a eleição de um deputado estaria no papo. A juntar a esse todos os nulos que perfizeram cerca de 70 mil! Ou seja, neste país cerca de 200 mil pessoas saíram de casa e, apesar de exercerem o seu direito de voto, exerceram-no do modo mais duro, penso eu, para a democracia. Disseram chega, “vocês não me servem”. E pensemos… se estes tivessem tido a preguiça para, sabendo que assim iam proceder, não votar, os resultados da abstenção seriam… repugnantes, como os nossos políticos. A primeira parte já foi, faltam duas...
Post Scriptum - duas notas: primeira: os "cães de caça" socialistas da minha região desta vez não estiveram à porta das assembleias de voto, andavam meio escondidos nos fundos, acabrunhados. Já sabiam o que ia acontecer, o tacho está por "horas". Segunda: se fazem cá se pagam, certo dia houve alguém que não permitiu a um candidato concretar o discurso em noite eleitoral e, triunfante mas grosseiramente, entrou no ar e "obrigou" as emissões a para ele orientarem os focos. Houve deu-se o inverso. Foi bom de ver.

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