sexta-feira, abril 24

Sempre defronte ao mar.


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Mais do que a um país
que a uma família ou geração
Mais do que a uma passado
Que a uma história ou tradição
Tu pertences a ti
Não és de ninguém
Mais do que a um patrão
A uma rotina ou profissão
Mais do que a um partido
que a uma equipa ou religião
Tu pertences a ti
Não és de ninguém
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Vive selvagem
E para ti serás alguém
Nesta viagem
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Quando alguém nasce
Nasce selvagem
Não é de ninguém
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Quando alguém nasce
Nasce selvagem
Não é de ninguém
De ninguém

2 comentários:

sunraiser disse...

Resistência ao vivo no armazém 22... Foi durante a minha adolescência que ouvi vezes sem conta esta música e outras escritas por alguns Senhores que viveram e fizeram o dia 25. No entanto viviam-se tempos de acalmia em meados dos anos 90 tudo era brilhante vivíamos com o futuro à distância de um paço.

Talvez o trecho transcrito pelo meu bom amigo, não se aplique aos dias de hoje. Hoje não temos que ser selvagens e viver o presente como se o amanhã fosse algo para pensar depois. Nos dias que correm devemos ser audazes, meticulosos, coerentes e acima de tudo conscientes do que as nossas atitudes irão provocar quando o Sol se levantar no dia seguinte.

Foi todo esta falta de 'Step-by-step procedure' que nos conduziu ao caos em que vivemos hoje. A forma de viver selvagem no seu sentido mais directo da palavra, i.e. viver para comer, que muitos dos nossos representantes adoptaram conduziu-nos a um ponto de discutível mas esperado retorno.

Foram Homens de Cabeça, Audazes, educados que marcaram o dia da libertação. Muitas destas características estão incluídas na definição da palavra Gentleman. Estes próprios senhores definiam selvajaria como as pessoas que não tinham regras e que se comportavam de forma apenas obedecer aos seus instintos.

De uma forma algo generalista podemos afirmar que esses que que tiveram a possibilidade de conduzir o Povo e de elevar os seus standards de vida apenas viveram apenas para eles e para tribo deles (e são tantos por todo o lado).

Acabo por dizer que Hoje é dia para ser audaz, para ser ferido apenas pela frente, para caminhar a paço certo sem olhar à dor ou ao suor.

Parecem-me caro amigo que as tuas palavras no post-anterior "apesar de não ter vivido na época" não irão fazer sentido durante muito mais anos. Pois nós vamos viver possivelmente algo que os nossos pais felizmente não viveram. Esperemos que esse dia seja feito por Cavalheiros e não por Selvagens.

@ Bradford with a nice shining day

O Adamastor disse...

Ora um abraço com destino a Bradford.

Coloquei o poema de "nasce selvagem" porque acredito que teremos que voltar, em parte, às origens para resgatar essa audácia de que falas. Teremos que ser positivos mas activos, teremos que recolocar o foco mais nas pessoas e não em valores que sejam resultantes da revolução social que vivemos. Imensa posse, desejo material por mais e melhor sem olhar ao custo, aos valores.

Nascemos folhas brancas, "selvagens" e é a sociedade que nos afasta, em parte mas efectivamente, daquilo que não nos serve como indivíduos em sociedade. Pensa, para mantermos o nosso estilo de vida ocidental quantos milhares de pessoas são escravizadas a diferentes níveis. Não seremos nós próprios conduzidos pelas intensões de outros mais a cima de nós nesta torre de babel impostora?

HNG