As faltas são como a gripe, são contagiantes, andam por todo o lado ao contrário do que se pensava há uns tempos atrás, que só tinham o seu caldinho de cultivo nas escolas...
Notícia d’hoje, entre outras: O Hospital de São João, no Porto, vai tornar públicas duas listas, de assiduidade e produtividade dos médicos que ali trabalham. “Que raio”, pensei, pública porquê? Este tipo de acções só me fazem lembrar aqueles pequenos comércios que depois de muito fiar optaram por colocar no mostruário do estabelecimento a lista dos nomes dos devedores e a respectiva divida uma vez que a sua cobrança se torna difícil ao contrário do acto moralizador, que vai sempre a tempo.
Já num hospital acho esse tipo de acção estranha. Os médicos, penso eu, têm um calendário semanal ou mensal, do mesmo modo que eu tenho o meu horário. Seja em consultas, cirurgias, acompanhamentos de diferentes tipos, como o das gravidinhas, não será muito difícil saber onde eles andam. E se isso não bastar e se a abstinência toma tamanhas proporções no “verg’á mola”, não haverá um livrinho amarelo de reclamações de utentes que ajude a confirmar as suspeitas. E que é feito dos directores clínicos? (são tipo os xerifes da secção, tal como os membros dos conselhos executivos nas escolas). Ahhhhh pois é… provavelmente aplica-se a sabedora popular de que “em casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão”, ou seja, talvez o director clínico, nomeado não por competência mas por amizade e/ou cansaço dos restantes candidatos, seja algo macio para um ou outro e logo a máxima “quando há para um, há para todos” vem ao de cima e os outros profissionais se tenham revelado contra a injustiça, a oftalmológica - vista grossa para uns e finíssima para os restantes.
Aqui reside o problema da função pública, nas chefias – talvez por isso, e dando um pulo para o meu mester, a questão dos presidentes das escolas não seja assim tão má ficando, pelo menos, tudo às claras e não nas sombras como o é hoje.
Resumindo(-me): a direcção do Hospital de São João, nomeou para directores clínicos pessoas que não se encontravam, não interessa porquê, aptas para o cargo e agora depois de, julgo eu, muita comoção e discussão interna, decidiu por tudo cá fora não se precatando de que “quando alguém cheira esquisito, se não o conseguimos identificar será porque talvez, sejamos nós”. Isto não vai dar em nada para além das azoadas típicas destes episódios – o bastonário vai dar umas papaias sobre a questão dizendo: “isto vai contra os regulamentos da ordem” ou “isso é inconstitucional, somos Médicos e toda a gente morre se nós quisermos” (esta primeira talvez esteja exagerada…) e tudo porque a fibra moral social, como em muitas outras profissões, se perdeu entre gerações ou ao longo do percurso e comer “albarrans” não corrige este defeito que se vai tornando intrínseco.
Já num hospital acho esse tipo de acção estranha. Os médicos, penso eu, têm um calendário semanal ou mensal, do mesmo modo que eu tenho o meu horário. Seja em consultas, cirurgias, acompanhamentos de diferentes tipos, como o das gravidinhas, não será muito difícil saber onde eles andam. E se isso não bastar e se a abstinência toma tamanhas proporções no “verg’á mola”, não haverá um livrinho amarelo de reclamações de utentes que ajude a confirmar as suspeitas. E que é feito dos directores clínicos? (são tipo os xerifes da secção, tal como os membros dos conselhos executivos nas escolas). Ahhhhh pois é… provavelmente aplica-se a sabedora popular de que “em casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão”, ou seja, talvez o director clínico, nomeado não por competência mas por amizade e/ou cansaço dos restantes candidatos, seja algo macio para um ou outro e logo a máxima “quando há para um, há para todos” vem ao de cima e os outros profissionais se tenham revelado contra a injustiça, a oftalmológica - vista grossa para uns e finíssima para os restantes.
Aqui reside o problema da função pública, nas chefias – talvez por isso, e dando um pulo para o meu mester, a questão dos presidentes das escolas não seja assim tão má ficando, pelo menos, tudo às claras e não nas sombras como o é hoje.
Resumindo(-me): a direcção do Hospital de São João, nomeou para directores clínicos pessoas que não se encontravam, não interessa porquê, aptas para o cargo e agora depois de, julgo eu, muita comoção e discussão interna, decidiu por tudo cá fora não se precatando de que “quando alguém cheira esquisito, se não o conseguimos identificar será porque talvez, sejamos nós”. Isto não vai dar em nada para além das azoadas típicas destes episódios – o bastonário vai dar umas papaias sobre a questão dizendo: “isto vai contra os regulamentos da ordem” ou “isso é inconstitucional, somos Médicos e toda a gente morre se nós quisermos” (esta primeira talvez esteja exagerada…) e tudo porque a fibra moral social, como em muitas outras profissões, se perdeu entre gerações ou ao longo do percurso e comer “albarrans” não corrige este defeito que se vai tornando intrínseco.
PS: E pensar que os professores eram o "bombo da festa" como a classe mais furtiva ao trabalho... pimenta, no rabinho dos outros, não sabe bem, sabe a...
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