terça-feira, setembro 23

Dêem-lhe uma arma, por favor.



Estou a ouvir, neste preciso momento, o Reitor da Universidade de Lisboa que clama, com alguma dor na voz, pelo apoio financeiro em falta e com os cortes sistemáticos que as Universidades têm sofrido. Gostaria imenso de ainda ter na voz a capacidade de explanar as minha ideias com calma e ponderação e de transmitir ainda o sentimento de confiança sobre o assunto que me diz mais respeito, o ensino dito regular, mas sinto que já não consigo e, por isso também, vergo-me à intervenção que... agora termina. Venho de mais uma interminável reunião sobre o modo como aplicar de modo efectivo o modelo de avaliação do ensino Básico e Secundário e, de lá chego com a seguinte ideia: No futuro, as pontes irão cair, acidentes vários acontecerão, seremos mal servidos nos diferentes serviços públicos ou privados, correremos perigo quando formos actualizar o cartão das vacinas, formos ser operados, levantar dinheiro ou pedir uma tosta mista. Estamos seriamente a caminhar para o descalabro como sociedade porque é no ensino que se erguem muitos valores futuros e se o meu caro Reitor acha que bateu fundo... espero um par de anos. Diz-me quando estudaste e dir-te-ei o tamanho da tua ignorância.
Por conselho do meu advogado é preferível não atentar contra a vida de ninguém, até mesmo no que concerne às afirmações que aqui exprimo. Por isso não vou publicitar, que tenho há muito em mente, um concurso para a contratação de um serial killer internacional para atentar violentamente, sem remorsos, com requintes extensívos no tempo e na malvadez, contra a vida quer do primeiro ministro quer da ministra da educação. Não posso publicitar, como alguém me disse que seria melhor fazer, mas se os sonhos se tornassem realidade... eu era Engenheiro encartado e não via candonga e cavava daqui para longe.

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