É evidente que existem situações de maior urgência e, como tal, com maior relevo nos meios informativos. O crédito mal parado, a situação da Quinta da Fonte, o caso Mc Cann entre outras. É aqui, na minha opinião, que mostramos o que somos. Vivemos uma crise económica permanente e só a cunhagem, no Zimbabué, de notas de milhões de dólares locais terão um maior ridículo do que o motor económico deste país. Quando penso “como será ele? O motor económico, claro” lembro-me de um hamster na roda estático do seu exercício diário. É assim que o vejo e porque falo nisto?
O jornal Público de hoje traz um artigo sobre a criação ou o desenvolvimento, por um grupo da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, de transístores em papel! Se houve material revolucionário do século XX um deles foi, sem dúvida, o transístor. Permitiu e permite o mundo como hoje o temos, na palma da mão por exemplo. O que tem de revolucionário este trabalho científico de ponta no nosso país? Logo, à partida, permite uma diminuição dos custos o que leva a que tudo o que se reja por códigos binários veja substancialmente reduzido o seu custo de fabricação. É evidente, penso eu ou talvez não, que os computadores não serão feitos de papel mas poderemos comprar um dia um jornal digital e receber, invariavelmente, dia após dia, as notícias fresquinha como se o jornal se renovasse na hora. Isto é só uma aplicação e talvez a mais insignificante. Sendo descartáveis poderão ter um impacte decisivo na indústria dos cuidados de saúde. Isto sim, para mim e não desmerecendo as outras, é uma notícia digna de registo.
Sem comentários:
Enviar um comentário