“…pede-se o descanso por curto que seja
apagam-se duvidas num mar de cervejae vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida…”
Escrevo de véspera (já passa da meia noite… lá se foi a véspera) numa tentativa de cruzar o presente e o futuro próximo. Falo do livro do ex-Inspector Gonçalo Amaral sobre o caso dos Mc Cann. Contam os meios informativos que com o livro de amanhã será dada mais luz aos acontecimentos de Vila que vive no escuro, vai para quinze meses. Um dia é tempo de mais, uma hora sequer é tempo que não tem fim. É a segunda vez que escrevo sobre o caso e ao relê-lo vejo que apenas uma das teorias ganha força, apesar de recém arquivamento: a teoria da morte em contraponto há do rapto. Ao reler verifico também que, por aquele então, já não encontrava muita credibilidade à versão dos progenitores. O futuro ditaria a entrada em cena dos cães do nariz de ouro, a retirada estratégica dos pais, a assumpção das ligações privilegiadíssimas do casal ao, à época, Primeiro-ministro Tony Blair e o aparecimento do técnico ou facilitador de Comunicação Social de quem não guardo o nome, apenas a face marmórea e imperturbável; um tipo estranho mas talvez seja esse o seu encanto.
Acredito que muitas coisas falharam. Acredito que muitas outras foram conduzidas subliminarmente para ir dar ao vazio. O vazio mais penoso encontro-o nos olhos da menina, destilados de vida. Conclusões, minhas: Um - a menina morreu por negligência e quando os pais deram por isso optaram pela ocultação do cadáver; Dois – sem corpo não é possível verificar a hora da morte, logo não se sabe concretamente a hora do sucesso; Terceiro – não se sabendo a hora só se pode concretizar/conjecturar através de depoimentos sendo que, para mim, o dado mais relevante é a chamada ao local dos meios informativos ingleses antes mesmo das autoridades (acho este dado… massivo); Quatro – uma questão de coerência, se eu quiser sabotar, por exemplo um carro, sem dar nas vistas, contrato um mecânico. Junte-se-lhe a frigidez do ofício, da nacionalidade e do aperto et voilá! Que melhor para fazer desaparecer uma corpo que dois médicos e os seus amigos com a mesma arte? Cinco – a menina terá falecido no quarto onde se encontravam os seus irmãos. Com eles, um dia, ganhar-se-á um pouco de lucidez do sucedido e pegando na sabedoria popular: “zangam-se as comadres, sabem-se as verdades”, isto é, talvez o livro, o tempo, a vergonha e uma “pata na poça” devolva luz à Vila que pende na escuridão.
“…e vem-nos à memória uma frase batida, hoje é o primeiro dia do resto da tua vida”
Acredito que muitas coisas falharam. Acredito que muitas outras foram conduzidas subliminarmente para ir dar ao vazio. O vazio mais penoso encontro-o nos olhos da menina, destilados de vida. Conclusões, minhas: Um - a menina morreu por negligência e quando os pais deram por isso optaram pela ocultação do cadáver; Dois – sem corpo não é possível verificar a hora da morte, logo não se sabe concretamente a hora do sucesso; Terceiro – não se sabendo a hora só se pode concretizar/conjecturar através de depoimentos sendo que, para mim, o dado mais relevante é a chamada ao local dos meios informativos ingleses antes mesmo das autoridades (acho este dado… massivo); Quatro – uma questão de coerência, se eu quiser sabotar, por exemplo um carro, sem dar nas vistas, contrato um mecânico. Junte-se-lhe a frigidez do ofício, da nacionalidade e do aperto et voilá! Que melhor para fazer desaparecer uma corpo que dois médicos e os seus amigos com a mesma arte? Cinco – a menina terá falecido no quarto onde se encontravam os seus irmãos. Com eles, um dia, ganhar-se-á um pouco de lucidez do sucedido e pegando na sabedoria popular: “zangam-se as comadres, sabem-se as verdades”, isto é, talvez o livro, o tempo, a vergonha e uma “pata na poça” devolva luz à Vila que pende na escuridão.
“…e vem-nos à memória uma frase batida, hoje é o primeiro dia do resto da tua vida”
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