quarta-feira, abril 9

Impressão dos tempos



Dá que falar por estes tempos o acordo ortográfico assinado por Portugal com os países de língua e expressão Portuguesa. Um acordo que acaba, principalmente, com as “revienga” técnicas que a nossa língua ainda abraça desde os tempos em que Eça, ele que ia comprar um analgésico a uma tal pharmacia, aquela que passou a melhores dias. Pois bem de todos os países que acordaram colocar em acção o acordo apenas Portugal, Brasil e Cabo Verde (creio) acabaram por levar esse solene acto adiante. Poderá isso indicar que o resto e até nós, não esqueçamos que Portugal demorou 6 anos a rectificá-lo, não quer saber muito da língua? Talvez, que será este acordo senão uma posição algo reaccionária ao que a língua tem vivida ao longo dos anos seja em Portugal sejas nos restantes PALOP’s? Para mim é isso.
Nunca fui a uma phamacia mas não seria nada que me desgostasse, tem uma áurea poética, um “cheiro” antigo que gostaria de experimentar. Como se o tempo voltasse para trás e nos levasse com ele. A Língua Portuguesa será sempre aquilo que os milhões que a falam façam dela e não o que é decidido entre quatro paredes. E porque há coisas intemporais, da minha poltrona não irei voltar a escrever pharmacia talvez, no que me resta de vida mas, até que ela se finde, acredito que me será impossível esquecer a língua tal como a aprendi e assim a irei preservar como aCtor da mesma.

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