sexta-feira, abril 4

Amizades



Cuidado com o défice! Cuidado com os trabalhadores em excesso! Cuidado com o desperdício! Cuidado com as normas de atribuição das bolsas de investigação! É pá mas passem lá o cheque para o Tio Mário!
Pois bem secretário de Estado da Cooperação atribuiu, no primeiro semestre de 2007, à Fundação Mário Soares um subsídio de 150 mil euros. Bem bom! Mas não fica por aqui! O apoio financeiro, atribuído segundo decisão de João Gomes Cravinho (o defensor quixotesco da OTA ou melhor dos terrenos de alguém), em 16 de Fevereiro de 2006, consta de uma lista de transferências correntes de capital, repito para não restarem dúvidas, "correntes de capital" ontem publicada em DR. Estas verbas, a fundo perdido provavelmente, destinam-se a apoiar projectos de cooperação com os PALOP. Se o Ministério das Finanças é tão afoito na recolha de facturas no que toca aos jovens casamenteiros, gostaria de saber se essa prática se estende a, como hei-de dizer se ser inconveniente, estas borlas desconhecidas e perdidas nos textos enfadonhos dos DR's. Parece que afinal os cidadãos terão que tomar o estado não como pessoa de bem, mas como uma entidade que merece pouca credibilidade e muita vigilância.
É verdade "as ajudas" vão ficar na ordem dos 600 mil euros. Já pensaram em toda a investigação científica que poderia ser feita? Dirão: "mas os PALOP necessitam de ajuda!" Talvez mas a força da nossa ajuda pode traduzir-se em investimento empresarial no seguimento da ideia "dá a cana, não dês o peixe".

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