quarta-feira, agosto 1

Abertura oficial


Hoje um sindicato dos professores veio a terreiro dizer que para o próximo ano lectivo 20 000 professores do quadro ficarão a olhar uns para os outros aos quais não se juntarão 5 000 contratados (os da casa às costas) que serão despedidos. Isto quer dizer que abriu a época dos incêndios na educação, algo que só se vai sossegar lá para o meio ou final do primeiro período. A questão põe-se: A ser verdade quem é o culpado? É que tem que haver, ainda pensei que não mas... esqueci-me logo! Vamos por partes.
O primeiro problema é a falta de alunos. As gerações não se renovam por motivos que a minha moleirinha está brilhante e ligeira de tanto o referir aqui neste espaço. Depois seguem-se as Universidades e Politécnicos que nasceram como cogumelos e que por esta altura torturam os estudantes em filas à espera de concretizar a matrícula na mesa do único funcionário que ficou de castigo na instituição.
As Universidades dão um miserável serviço ao país no que se refere à gestão dos recursos humanos já que perpetuam cursos que estão condenados ao desemprego. No mesmo plano os pais e os estudantes. Quer uns quer os outros deviam ter melhor juízo crítico e escolher outras saídas profissionais. Como não o fazem, como querem ter um filho licenciado e o mesmo já interiorizou esse discurso, a atitude a tomar já se avidinha e conferer-se no futuro.
Não menos que tudo o resto, a culpa do ministério (e faço notar que não me fui logo a eles). Sim o ministério quer gastar menos, pouco ou nada e então vai colocando numa sala de aulas 28 alunos e espera pelo milagre. 28 almas numa sala de aula já era muito no tempo da outra senhora quanto mais hoje e esta orientação apenas serve para permitir poupar nos recursos humanos e sobrecarregar as famílias com tutores externos (explicações). Sim os mesmos que são bestas quando estão na escola mas que são bestiais na aulas privadas. O problema muitas vezes não está neles, o problema é no número de petizes e no dinheiro. Sim o dinheiro, porque como o pai ou a mãe têm que pagar "à hora" mais ao professor mais do que à emprega da limpeza (e às vezes...) para o menino estudar.
Não devia ser assim. E não digam os encarregados de educação que 28 alunos não é muito já que a maior parte tem 1 ou 2 filhos e nem sequer conta deles dão, passando essa responsabilidade para as escolas, as explicações apercebendo-se que o menino afinal é que não quer saber das coisas já que não tem retorno devido mesmo pagando e é aí que o pai se sente enganado e, tarde, sacode-lhe o pó. A par do excessivo número de alunos as mudanças nos currículos que se orientam pelo mesmo diapasão financeiro ao ponto de retirar as disciplinas técnicas de disciplinas com grande carácter prático, enxertando a responsabilidade dessas mesmas actividades práticas em outras disciplinas sem a premente reforma horária.
Relembro o exemplo da escola de Braga de um artigo passado. Quantos alunos acham que existe em cada sala? A culpa nunca fica solteira neste caso a desresponsabilidade parece-me geral.

PS: Mais um arquivamento. Eu não digo...

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