sexta-feira, julho 20

Curta visão



Não faz muito tempo que aqui discorri sobre o problema da natalidade. Por então considerei que a falta da renovação da população era um dos principais óbices para alguns dos problemas que existem em Portugal e sendo este um dos poucos que têm o dom de serem transversais a toda a sociedade. Pois bem chegaram novidades... curtas, no meu entender, e muito pouco realistas. É notícia da edição online do diário Público que o governo, na pessoa de José Sócrates, anunciou durante o debate da nação, um programa de apoio à natalidade e às famílias mais carênciadas. Bom relativamente a essas famílias, não estou contra, no entanto veja-se ou estude-se alguns itens como o comportamento escolar dos filhos, caso tenham, o dinheirinho gasto em bens de consumo não essenciais (telemóveis, tv cabo, etc), a situação de emprego do agregado e depois decida-se. Por aqui me fico. Relativamente à questão da natalidade. Acho que vou ser repetitivo mas... De acordo com Sócrates, destina-se a apoiar as famílias mais numerosas nos segundo e terceiro anos de vida das crianças - "período em que o acréscimo de despesas é mais relevante e onde o actual abono de família é substancialmente mais baixo". Bom resumindo, voltamos às famílias mais carênciadas porque nos dias de hoje só elas é que põe filhos no mundo "à desgarrada". O problema não está só nas famílias numerosas, aliás fiz questão de frisar há uns tempos atrás que as ajudas não têm que ser necessariamente monetárias. Existem outros tipos de carências que os JOVENS CASAIS têm e que não lhe permite a empreitada que é um bambino. Não tem somente a ver com dinheiros, nem com o número de bocas a alimentar, porque nos dias de hoje já é herói quem se decide por uma gravidez. Problemas, e apesar da letra da Lei, no que concerne ao posto de trabalho, problema de infantários (listas de espera de loooooooooongo meses), a inexistência de horários flexíveis, que em alguns casos em que isso seria possível e que faz a diferença para as empresas com boas práticas e muitas outras coisas. E claro os dinheirinhos nalguns casos. O problema, senhores, não se cinge apenas aos "probrezinhos" e aos "muitos" mas sim a todos. Mas cego é aquele que não quer ver ou que tem vista curta.

1 comentário:

Sea Spirit disse...

Caro Adamastor, muito se fala nesta questão! Mas conclusões...são mais dificeis :)

Ao promover a natalidade geram-se problemas a nivel de recursos... Ao não promover a natalidade, os paises ficam com populações cada vez mais velhas e os problemas graves no futuro avizinham-se!Não é fácil!

Uma coisa é certa, quem decidir pela gravidez neste pais é quase um heroi...

A visão curta dos "apoios" monetários tem sido regra neste país! Querem dar o peixe em vez de ensinar a pescar!

Ninguém decide ter rebentos porque existe subsídio para tal!!! E muito menos neste montante... é atirar areia aos olhos das pessoas, enfim, a politica que temos. Será um apoio apenas aos mais carenciados e esses já promovem a natalidade :))
Impactos no futuro, vejo muito pouco ou nenhuns.